Dando continuidade ao nosso estudo, prosseguiremos com a análise dos fatos ocorridos durante o tempo que antecedeu a escolha dos Apóstolos por Jesus. Neste texto vamos estudar o momento em que o Senhor deixa a sinagoga de Carfanaum e segue rumo à casa de Simão e André.
Vejamos o trecho abaixo:
"Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e falaram a respeito dela a Jesus. Então ele se aproximou dela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se. A febre a deixou, e ela começou a servi-los. Ao anoitecer, depois do pôr-do-sol, o povo levou a Jesus todos os doentes e os endemoninhados. Toda a cidade se reuniu à porta da casa, e Jesus curou muitos que sofriam de várias doenças. Também expulsou muitos demônios; não permitia, porém, que estes falassem, porque sabiam quem ele era. De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando. Simão e seus companheiros foram procurá-lo e, ao encontrá-lo, disseram: "Todos estão te procurando!" Jesus respondeu: "Vamos para outro lugar, para os povoados vizinhos, para que também lá eu pregue. Foi para isso que eu vim". Então ele percorreu toda a Galiléia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios. (Marcos 1:29-39)
No Evangelho de Lucas também encontramos um trecho similar (Lc 4:38-44), que traz algumas informações complementares.
Após a leitura desse trecho, sabemos que a febre que a sogra de Simão tinha era alta, e que Jesus repreendeu a febre antes de ajudar aquela senhora a se levantar. Esse trecho também mostra que Jesus estava curando os enfermos impondo as mãos sobre eles, e que quando os demônios saiam após a ordem do Senhor, alguns gritavam anunciando "Tu és o Filho de Deus", pois sabiam que Ele era o Cristo.
Nesse trecho também observamos que não foi somente Simão e seus companheiros que saíram à procura de Jesus, mas, na realidade, as multidões saíram à procura dEle, após Ele ter se afastado para um local deserto a fim de orar. As pessoas estavam ansiosas por cura e libertação, coisas que os médicos daquela época, os fariseus e mestres da lei, tampouco o império romano poderia lhes dar.
No entanto, nesse episódio podemos notar que, apesar de poder curar as pessoas e libertar os endemoniados, esse trabalho não era a prioridade de Jesus Cristo. O Senhor não estava sendo insensível ou ficou muito cansado, por ter se afastado previamente das multidões que iriam lhe procurar ali.
Ele sabia da necessidade das pessoas e do sofrimento delas, mas tinha uma tarefa ainda maior e mais importante a realizar, que era a anunciação das boas novas de Seu Reino e, depois disso, entregar seu corpo em sacrifício pela justificação de todos espiritualmente.
De fato, quando alguém se arrepende de seus pecados e entra no Reino de Deus pela fé em Jesus Cristo, passa a ter manifesta em sua vida a realidade desse lugar: saúde, paz, provisão, segurança, alegria, liberdade no espírito, ou seja, a vida abundante que há nesse lugar se manifesta no indivíduo; e isso o Senhor Jesus ensinava sempre, apesar de que a maioria não entendia bem o que Ele dizia.
O Senhor Jesus deixou claro que tinha sido para "pregar" que Ele tinha vindo ficar entre nós naquele momento. Os milagres e prodígios que aconteciam, portanto, eram para testificar que a mensagem anunciada por Ele era verdadeira, e que o Pai estava realmente cumprindo sua promessa com relação à salvação da humanidade.
Missionária Oriana Costa.