terça-feira, 31 de março de 2020

A blasfêmia contra o Espírito Santo

Esta fala de Jesus é bem famosa e também mal entendida por muita gente.

E as interpretações equivocadas desse trecho do evangelho geralmente acontecem por dois motivos: o primeiro, é que as pessoas não entendem o que é  "falar contra o Espírito Santo", ou  não entendem o significado da palavra "blasfêmia" (que consta nas versões mais tradicionais da Bíblia), já que no dia-a-dia não usamos essa palavra nas conversas; e o segundo, é que as pessoas não entendem em que contexto essa afirmação de Cristo está inserida, pois normalmente ela é interpretada de forma isolada.

Ao lermos as escrituras bíblicas devemos sempre ter o cuidado de verificar o contexto dos trechos que estamos analisando, e também verificar o significado de certas palavras e expressões, pois, muitas delas, além de não fazerem parte do vocabulário de conversação cotidiano, também não fazem parte da nossa cultura local e atual.

A Bíblia, especialmente nas versões mais tradicionais, como a João Ferreira de Almeida por exemplo, contém muitas palavras eruditas, além de expressões com os costumes judaicos da época em que Jesus iniciou seu ministério, e que, atualmente, não são conhecidos por quem não é judeu ou não é estudioso de cultura judaica antiga.

Por este motivo, sempre é bom estudar as escrituras bíblicas usando pelos menos duas versões diferentes dela, além de um dicionário de língua portuguesa e um dicionário de cultura judaica antiga.

As "Bíblias de estudo" são boas por trazerem em anexo as informações extras para facilitar o entendimento, mas, no entanto, também trazem pré-interpretações que podem não ser aquilo que realmente as escrituras estejam comunicando. O ideal é que façamos um esforço para estudar e meditar na palavra de Deus por nossa própria iniciativa, sem usar de interpretações de terceiros.

Agora, voltando ao raciocínio inicial do nosso texto, vamos ver o que significa a palavra "blasfêmia":


Tendo o entendimento correto do significado da palavra blasfêmia, podemos seguir analisando o contexto em que o Rei Jesus Cristo fez sua famosa afirmação. A situação encontra-se no trecho que vai do vigésimo segundo ao trigésimo sétimo versículo do décimo segundo capítulo do evangelho de Mateus (veja na sua Bíblia: Mateus 12:22-37).

Na postagem anterior a esta, aqui neste blog, há uma explicação sobre a primeira parte do discurso de Cristo na referência que está no parágrafo anterior, onde Ele fala que "todo reino dividido contra si mesmo será arruinado".

De posse de mais este entendimento, podemos analisar a segunda parte do discurso do Rei Jesus, onde Ele prossegue dizendo que "quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na era que há de vir". Só lembrando, antes de prosseguirmos, que falar contra o Espírito Santo também é o mesmo que blasfemar contra Ele.

Observamos, portanto, lendo todo o trecho bíblico referido aqui, que a situação pela qual o Senhor foi levado a falar da blasfêmia contra o Espírito Santo foi o momento onde os fariseus disseram "é somente por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios".

No momento em que os fariseus fizeram a afirmação acima, eles estavam conscientes de que aquilo que disseram não era verdade. Eles sabiam que o Diabo não podia se levantar contra si mesmo, e que demônios só se dobram à autoridade de Deus. O que aqueles homens queriam, na verdade, era manipular o povo para que se levantasse contra o Cristo (ainda que Ele estivesse correto) a fim de que continuasse dando a eles o prestígio e o status que tinham na sociedade.

No entanto, o Senhor Jesus, sabendo suas intenções, imediatamente falou-lhes a verdade diante de todo o povo, para que todos pudessem julgar a situação. Ao dizer "se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus", Cristo apontou de que maneira aqueles homens haviam se colocado contra o Espírito de Deus.

Logo, entendemos que a blasfêmia contra o Espírito do Senhor acontece quando, pessoas que tem o conhecimento de que Ele existe e como Ele age, negam propositalmente sua ação, integridade e autoridade, para satisfazerem seus desejos pessoais, assim como os fariseus decidiram fazer.

Para concluir o raciocínio, é importante entender que no momento em que o Rei Jesus libertou o endemoniado e deu a ele cura, o fez pela ação do Espírito, com um único propósito: PROCLAMAR O SEU REINO.

Assim sendo, quem nega deliberadamente o agir do Espírito de Deus, especialmente SABENDO O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE ELE, está rejeitando a obra redentora de Cristo e também o Seu Reino, visto que todo o trabalho do Espírito da verdade é CONVENCER O MUNDO DO PECADO, DA JUSTIÇA E DO JUÍZO (João 16:8-11) ou seja, apontar que precisamos de uma justificação que nos é concedida gratuitamente pelo sacrifício de Cristo, a fim de que possamos entrar no  Reino de Deus.

Missionária Oriana Costa.



sexta-feira, 27 de março de 2020

Todo reino dividido contra si mesmo é devastado.

As palavras ditas por Jesus nessa afirmação são fato. Realmente, um lugar onde as pessoas estão divididas, onde cada uma quer uma coisa diferente e terminam brigando entre si por causa disso, não pode continuar: os indivíduos desistem de conviver e vão cada qual para um lado.

E quando o convívio é forçado, as pessoas ficam lutando para se livrar uma da outra, ou ficam tentando dominar sobre a vontade uma da outra; e essa situação vai gerando muitos conflitos que podem terminar de uma forma violenta.

Mas, voltando a afirmação de Jesus, suas palavras não foram ditas por acaso. Elas foram uma resposta às afirmações mentirosas que os fariseus disseram a respeito dele, após o terem visto fazer mais um de seus milagres.

Neste episódio, um homem endemoniado tinha sido levado a Jesus, e o mal se manifestava no corpo do homem bloqueando sua visão e sua voz. Jesus, então, curou aquele homem expulsando o demônio que o impedia de ter uma vida normal.

No entanto, mesmo sabendo que a ação de Jesus naquele caso não podia vir de outro lugar, senão de Deus, os fariseus decidiram se levantar contra Ele. Então, eles simplesmente disseram que Jesus estava agindo com a autoridade do Diabo ao expulsar demônios das pessoas, e não com a autoridade de Deus.

Essa atitude dos fariseus foi movida por inveja, e pelo medo de perder suas regalias na sociedade se caíssem em descrédito aos olhos do povo. Como eles eram bem vistos na sociedade, resolveram usar suas influências para manipular os pensamentos do povo contra o Cristo (e vejam que, até os nossos dias, é desta mesma forma que o Diabo tem agido, usando muitas pessoas influentes e poderosas em todo o mundo!)

Eis o trecho completo:

"Então levaram-lhe um endemoninhado que era cego e mudo, e Jesus o curou, de modo que ele pôde falar e ver. Todo o povo ficou atônito e disse: "Não será este o Filho de Davi?" Mas quando os fariseus ouviram isso, disseram: "É somente por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios". Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, subsistirá seu reino? E se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam os filhos de vocês? Por isso, eles mesmos serão juízes sobre vocês. Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus." (Mateus 12:22-28)

Os fariseus não chegaram a falar a Jesus o que estavam dizendo entre si sobre ele, mas o Cristo sabia o que estava acontecendo, e falou a verdade diretamente a eles e ao restante do povo.

Na sua resposta, o Rei Jesus lembrou algo importante aos fariseus: "Se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam os filhos de vocês? Por isso, eles mesmos serão juízes sobre vocês." - Jesus expõe aqui uma informação interessante sobre os filhos dos fariseus, dizendo que esses também expulsavam demônios.

Cristo os confrontou, dizendo a eles que, se estavam sugerindo que os demônios só obedeciam à autoridade do Diabo, os próprios filhos deles também se enquadravam na mesma situação de Jesus, visto que também estavam agindo da mesma maneira que Ele. E, sendo assim, os filhos daqueles homens iriam julgá-los por suas palavras incoerentes, pois todos sabem que os demônios se dobram somente ao nome de Deus.

Então, Jesus Cristo completa seu raciocínio: "Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus."

Dizendo essas palavras, o Rei Jesus expôs que era pelo Espírito de Deus que estava expulsando os demônios das pessoas, e que ele estava fazendo isso para demonstrar a todos A GLÓRIA DE SEU REINO (onde não existe maldade) e a autoridade suprema que tinha, e que lhe fora dada pelo Pai; e este poder não era somente para expulsar demônios, mas, antes de tudo, para julgar todas as coisas.

Missionária Oriana Costa.







sexta-feira, 20 de março de 2020

Série meditando no Salmo 119: versículos 71,72 e 73.

No versículo 71 no trecho dessa postagem, vemos repetir-se o mesmo raciocínio do versículo 67 deste mesmo salmo: sem o "castigo" de Deus não conseguimos viver plenamente sua reta justiça (leia a explicação de como se dá o castigo de Deus aqui no blog, no texto de título: "Série meditando no Salmo 119: versículos 67 e 68").

Muitas vezes precisamos ser confrontados pelo nosso Criador para entender que estamos errados, e, desta forma, finalmente enxergar que viver conforme a justiça dele é o melhor para nós, pois nos livra da ação da maldade e nos mantém em paz.

O salmista, nesse trecho, relata que para ele os decretos ou mandamentos de Deus (Sua Justiça) são mais valiosos que prata e ouro. E ele não diz isso à tôa: pois foi por esses decretos que Deus criou todas as coisas em nosso universo material, incluindo a prata, o ouro, e a nós mesmos.

Então, obviamente, a reta Justiça de Deus é muito mais valiosa do que tudo o que há no universo, visto que é por causa dela que ele existe e funciona.

E, existe ainda um detalhe sobre a Justiça de Deus, apontado também aqui nesse trecho do salmo 119, que talvez pouca gente tenha conseguido perceber: os "mandamentos" da Justiça de Deus aos quais o salmista está se referindo não são os "mandamentos que foram entregues a Moisés"! É isso mesmo que você está lendo!

Os mandamentos da Justiça de Deus são aqueles pelos quais Deus criou todas as coisas e que foram devidamente revelados por Cristo. Essas leis e regras são geradoras de vida, e não de condenação; do contrário, o apóstolo Paulo de Tarso não teria dito estas palavras:

"Sabemos que tudo o que a lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à lei, pois é mediante a lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado. Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem." (Romanos 3:19-22)

A Lei dada por Deus através de anjos a Moisés era para que o povo de Israel se mantivesse consciente, com passar do tempo, de que precisava de uma justificação (santificação) que só o seu Criador poderia lhe dar.

Logo no início dos evangelhos, no sermão da montanha, observarmos que Jesus Cristo expõe algumas diferenças entre os mandamentos da Lei de Moisés e os mandamentos da justiça eterna:

"Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado". "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos." (Mateus 5:38-45)

Então, para nós cristãos, é muito importante ter consciência dessa realidade, pois é de posse desse conhecimento que somos livrados de pensamentos equivocados acerca do nosso Criador e também somos capacitados a anunciar as boas novas de Seu Reino com clareza.

Missionária Oriana Costa.


quarta-feira, 18 de março de 2020

Aviso importante...

Tenho visto muita gente falando que esses males que ultimamente tem acometido as nações é um "castigo de Deus" ou é "a mão de Deus pesando sobre elas".

Porém, pessoas que falam essas coisas não tem entendimento de como funciona a Justiça de Deus, que foi revelada ao mundo pelo ensino de Cristo, e também por suas próprias morte e ressurreição.

É muito importante que tenhamos consciência de quem Deus realmente é e, especialmente, como Ele age hoje com relação a humanidade, depois da morte e ressurreição de Cristo, para que não fiquemos à mercê de informações equivocadas sobre Ele.

Definitivamente, se o Criador enviou seu próprio Filho para pagar o preço pelas nossas transgressões diante dele, a fim de nos disponibilizar uma justificação que nos faz herdeiros da vida eterna, não pode ser Ele o responsável pela destruição e pela morte que vem sobre as nações!

Deus não é bom e mal ao mesmo tempo. Ele não pode abençoar e amaldiçoar. Deus é somente bom, segundo diz a sua própria palavra, e sua vontade é sempre BOA, AGRADÁVEL E PERFEITA! Se Cristo não veio para condenar o mundo, mas, para salvá-lo, como pode Ele agora condenar milhares de pessoas, e algumas delas que nem ao menos ouviram falar claramente dele, ao sofrimento e à morte?

Quando Jesus disse "está consumado" antes de morrer na cruz e ressuscitar em seguida, Ele não estava brincando. Deus ali estava disponibilizando o perdão dos pecados para qualquer um que creia nessa obra redentora, e estabelecendo com toda a humanidade uma ALIANÇA DE PAZ até o dia da segunda vinda de Cristo.

Então, neste momento, o nosso Criador está CURANDO, LIBERTANDO, LIVRANDO, RESSUSCITANDO, PROVIDENCIANDO, CONSTRUINDO, RESTITUINDO, mostrando a todos que Seu Reino é verdadeiro, e dando a todos tempo de ouvirem a mensagem de salvação e optarem pelo seu perdão para si.

Assim sendo, quem deseja anunciar o Reino de Deus precisa ter esse conhecimento e estar convicto dele, para que, ao anunciar a mensagem do evangelho, possa ser ouvido e entendido com clareza pelos outros.

Deus é realmente bom. Ele é realmente misericordioso, e é totalmente LUZ! E então, quem é ou quem são os responsáveis por todas essas desgraças que acontecem sobre a terra? Adivinhem... Somos nós.

Há quem coloque a culpa de todo o mal que acontece no Diabo. Realmente, a palavra de Deus nos revela que ele veio para matar, roubar e destruir; no entanto, ele não faz isso sozinho, precisa de "instrumentos" para agir. E esses instrumentos são os seres humanos...

Se deixarmos, se não impedirmos, o inimigo das nossas almas agirá sim através de nós, usando a nossa ignorância da Justiça de Deus, como de fato é o que ele tem feito usando as vidas de muitas pessoas; porém, elas não se dão conta disso.

A palavra de Deus mostra que a terra está sob o domínio do homem. Ele é quem tem feito e acontecido sobre ela. É a humanidade, movida por suas competições, vaidades e desejo de poder, a responsável pela degradação da terra e por fazê-la adoecer, e isso será cobrado com juros aos que não estiverem justificados no dia da vinda de Jesus Cristo.

Que nós pensemos sobre isso, tenhamos um mínimo de senso e busquemos nos aproximar do nosso Criador e entendê-lo por Sua palavra, enquanto Ele está acessível.

Missionária Oriana Costa.

segunda-feira, 16 de março de 2020

O Filho do homem é Senhor do sábado.

Um dos mandamentos da Lei de Moisés está relacionado ao dia de Sábado. Este mandamento pode ser encontrado no Livro de Êxodo, nos trechos seguintes:

"Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou. (Êxodo 20:8-11)

"Disse ainda o Senhor a Moisés: Diga aos israelitas que guardem os meus sábados. Isso será um sinal entre mim e vocês, geração após geração, a fim de que saibam que eu sou o Senhor, que os santifica. Guardem o sábado, pois para vocês é santo. Aquele que o profanar terá que ser executado; quem fizer algum trabalho nesse dia será eliminado do meio do seu povo. Em seis dias qualquer trabalho poderá ser feito, mas o sétimo dia é o sábado, o dia de descanso, consagrado ao Senhor. Quem fizer algum trabalho no sábado terá que ser executado. Os israelitas terão que guardar o sábado, eles e os seus descendentes, como uma aliança perpétua. Isso será um sinal perpétuo entre mim e os israelitas, pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, e no sétimo dia ele não trabalhou e descansou." (Êxodo 31:12-17)

Porém, em alguns momentos de seu ministério terreno, Jesus Cristo (sendo um judeu, descendente da tribo de Judá) se comportou de uma forma que "parecia estar quebrando esse mandamento", aos olhos dos fariseus e mestres da Lei. Segundo o conteúdo dos evangelhos, a primeira situação foi a seguinte:

"Naquela ocasião Jesus passou pelas lavouras de cereal no sábado. Seus discípulos estavam com fome e começaram a colher espigas para comê-las. Os fariseus, vendo aquilo, lhe disseram: Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido no sábado." (Mateus 12:1,2)

E, então, Cristo lhes disse:

"Vocês não leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam com fome? Ele entrou na casa de Deus, e juntamente com os seus companheiros comeu os pães da Presença, o que não lhes era permitido fazer, mas apenas aos sacerdotes. Ou vocês não leram na Lei que, no sábado, os sacerdotes no templo profanam esse dia e, contudo, ficam sem culpa? Eu lhes digo que aqui está o que é maior do que o templo. Se vocês soubessem o que significam estas palavras: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’, não teriam condenado inocentes. Pois o Filho do homem é Senhor do sábado". (Mateus 12:3-8)

A segunda situação, nesse mesmo capítulo do evangelho de Mateus, foi esta:

"Saindo daquele lugar, dirigiu-se à sinagoga deles, e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. Procurando um motivo para acusar Jesus, eles lhe perguntaram: É permitido curar no sábado? Ele lhes respondeu: Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá? Quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Portanto, é permitido fazer o bem no sábado. Então ele disse ao homem: Estenda a mão. Ele a estendeu, e ela foi restaurada, e ficou boa como a outra. Então os fariseus saíram e começaram a conspirar sobre como poderiam matar Jesus. Sabendo disso, Jesus retirou-se daquele lugar. Muitos o seguiram, e ele curou a todos os doentes que havia entre eles, advertindo-os que não dissessem quem ele era." (Mateus 12:11-16)

De fato, ao observarmos bem o conteúdo do Antigo Testamento, vemos que uma informação complementar à Lei dada por Deus a Moisés foi acrescentada. Por este motivo é que devemos ter o cuidado de lembrar de não interpretar um conteúdo da Bíblia Sagrada com base em um só trecho dela, pois existem outros trechos complementares, e que esclarecem a vontade de Deus para todos nós.

Um profeta israelita foi usado para falar do significado da guarda do sábado pelo povo que Deus havia escolhido para representá-lo na terra:

"Assim diz o Senhor: Mantenham a justiça e pratiquem o que é direito, pois a minha salvação está perto, e logo será revelada a minha retidão. Feliz aquele que age assim, o homem que nisso permanece firme, observando o sábado, para não profaná-lo, e vigiando sua mão, para não cometer nenhum mal." (Isaías 56:1,2)

"Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, então você terá no Senhor a sua alegria, e eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai. " Pois é o Senhor quem fala." (Isaías 58:13,14)

Muitas pessoas que acreditam em Jesus entendem que devem guardar o sábado assim como está descrito no livro de Êxodo. No entanto, o próprio Jesus revelou qual era o verdadeiro sentido da guarda do sábado em si mesmo.

É muito importante que, ao lermos o Antigo Testamento, tenhamos em mente que todo o seu conteúdo aponta para uma realidade: o homem foi criado perfeito e sem nenhuma mácula, mas, no entanto, se separou de Deus, e mesmo assim este não o condenou à destruição para sempre; e essa circunstância fez com que o homem passasse a necessitar de uma "justificação" para a transgressão que cometera contra o Pai, justificação essa que obviamente lhe devolveria a posição de justo, e que só o seu próprio Criador poderia lhe dar.

Até que esta situação de justificação se concretizasse plenamente, o povo teve que obedecer a um conjunto de "regras" especiais por muito tempo, a fim de que um dia estivessem "prontos" para receber o cumprimento dessa promessa. E essas regras estão expressas exatamente na Lei que foi entregue a Moisés. Por isso, sabemos que o cumprimento dessa Lei não justifica ninguém diante de Deus, mas somente lembra aos indivíduos que os tais precisam ser justificados diante do Pai para serem salvos da condenação no Dia do juízo.

Na Lei, conforme citamos no início deste texto, está escrito que a guarda do sábado é um mandamento perpétuo entre "Deus e os israelitas" somente, e que o "deixar de trabalhar" nesse dia era um "sinal" que apontava para uma necessidade de JUSTIFICAÇÃO diante do Criador (ou de santificação): portanto, a guarda do sábado era uma forma de fazer o povo de Israel se lembrar sempre de que necessitava de um JUSTIFICADOR para si, e também lembrar que esse justificador era Deus quem iria providenciar para eles, e quando essa providência chegasse ISSO SERIA O SEU DESCANSO PARA SEMPRE!

Vejamos o que está escrito na carta aos Hebreus sobre esse descanso:

"Visto que nos foi deixada a promessa de entrarmos no descanso de Deus, temamos que algum de vocês pense que tenha falhado. Pois as boas novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles; mas a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi acompanhada de fé por aqueles que a ouviram. Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso, conforme Deus disse: "Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso" — embora as suas obras estivessem concluídas desde a criação do mundo. Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: "No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara". E de novo, na passagem citada há pouco, diz: "Jamais entrarão no meu descanso". Entretanto, resta entrarem alguns naquele descanso, e aqueles a quem anteriormente as boas novas foram pregadas não entraram, por causa da desobediência. Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração". Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia. Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus; pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas. Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência." (Hebreus 4:1-11)

Portanto, vindo o Messias, que é aquele que foi escolhido para se sacrificar pelas transgressões de toda a humanidade, justificando (santificando) diante do Pai a todos os que crerem em sua obra redentora, a guarda do sábado assim como está descrita na Lei deixa de ser uma exigência a se cumprir.

Cristo agora é o nosso "sábado" e é nele que devemos descansar: por causa do que Ele fez em nosso favor, cumprindo em si mesmo a promessa de santificação dada por Deus para a humanidade através do povo israelita, sabemos que nele somos justificados de nossas transgressões contra o Pai Criador e assim somos livrados da condenação no juízo eterno.

Desta forma, quem crê em Jesus Cristo assim como está nas escrituras bíblicas, não tem mais necessidade de se lembrar que precisa de justificação ou de santificação diante do Pai a partir do cumprimento das regras da Lei.

Missionária Oriana Costa.


Atenção: se você é adventista ou professa uma fé que ensina a "guardar o sabado", entenda que o intuito desse texto não é ir contra qualquer religião, mas apenas esclarecer a todos de que se trata esse mandamento, e em qual contexto ele estava inserido. 


quinta-feira, 12 de março de 2020

O meu fardo é leve.

Essa é mais uma das frases famosas de Jesus Cristo. E nela, Ele deixa bem claro que tem algo muito bom para nos oferecer, algo que qualquer outra pessoa desse mundo não poderá nos proporcionar da mesma forma: o seu governo perfeito sobre nós.

E, pensando bem nesta afirmação de Cristo, chegamos à conclusão de que, realmente, tudo o que nós mais precisamos é de um governo bom e justo sobre nossas vidas, que nos compreenda e atenda as nossas necessidades.

Neste mundo as pessoas criam muitas expectativas em seus governantes, mas, estes são pessoas comuns, que podem falhar a qualquer momento em seus trabalhos, e não há como impedir isso.

Não há seres humanos perfeitos na terra. O único totalmente bom e perfeito é Deus. Portanto, se colocarmos todas as nossas esperanças em pessoas falhas assim como nós mesmos somos, fatidicamente iremos nos decepcionar com elas, por um motivo ou outro.

De fato, a famosa frase desta postagem é o fechamento da seguinte fala do Rei Jesus: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho o quiser revelar. Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". (Mateus 11:27-30)

Então, podemos perceber que o nosso Criador não nos fez existir nesse mundo para simplesmente nos abandonar aqui, nos deixando à mercê de muitos sofrimentos, tristezas, frustrações e confusões. Ele realmente quer que tenhamos vidas cheias de satisfação, paz e alegria, e Ele está nos oferecendo seu governo sobre nós para que possamos usufruir dessa realidade.

Só que devemos atentar para um detalhe dessa fala de Cristo, que, certamente passa desapercebido para a maioria das pessoas: não poderemos usufruir do jugo suave nem do fardo leve que o Rei Jesus está nos oferecendo sem APRENDER o que Ele ensina, pois Ele diz "aprendam de mim" para assim podermos tomar o seu jugo sobre as nossas vidas.

Cristo revela informações sobre seu Reino e sobre a Justiça de Deus que precisamos acessar e entender para, dessa forma, podermos usufruir do conforto que Ele disponibiliza para nossas almas. Deus deseja compartilhar conosco a realidade perfeita de seu Reino glorioso, que este mundo mal não conhece e não pode nos proporcionar.

Missionária Oriana Costa.


quarta-feira, 11 de março de 2020

Série meditando no Salmo 119: versículos 69 e 70.

O Salmo 119 é mesmo incrível, não por ser o maior de todos os salmos da Bíblia, mas por conter informações sobre a Justiça de Deus que são muitíssimo importantes para nós, que buscamos entendê-la.

Aqui o salmista fala de uma situação adversa em que se encontrou, onde estava sendo difamado por pessoas que não gostavam dele. Ele chamou essas pessoas de "arrogantes"; o sinônimo da arrogância é a soberba.

Uma pessoa arrogante ou soberba é aquela que sempre quer se sobressair aos demais, que se acha superior e mais sábia ou inteligente que os outros. É alguém que não é humilde.

E, segundo o que relata o salmista, uma pessoa arrogante irá se achar muito superior aquelas que escolhem colocar a Justiça de Deus em primeiro lugar em suas vidas, e fará o possível para diminui-las, nem que para isso precise mentir. É por isso que ele diz: "Os arrogantes mancharam o meu nome com mentiras".

E em seguida, o salmista pontua: "mas eu obedeço aos teus preceitos de todo o coração". Isso significa que o escritor desse texto não tentou se justificar diante dos outros por causa das mentiras que estavam sendo ditas a seu respeito, mas continuou firme em cumprir o que aprendeu sobre a reta Justiça de Deus: pois ele tinha plena certeza de que quem anda conforme esse conhecimento "não pratica o mal" (Salmos 119:3)

E assim sendo, ele tinha convicção que seu próprio comportamento iria desmentir todas as palavras falsas que estavam sendo ditas a seu respeito.

O salmista também explica que tais pessoas soberbas tem o coração insensível, isto é, o coração delas é endurecido para as coisas de Deus, e por isso elas não conseguem entender a existência e funcionalidade da Justiça eterna nem se satisfazerem com ela.

Quem busca entender a verdade (os princípios da Justiça eterna), no entanto, consegue encontrar prazer no conhecimento de Deus e se satisfaz com os resultados maravilhosos que andar segundo seus preceitos sempre traz.

Comparando essa situação relatada no salmo com o comportamento de Jesus Cristo, vemos que Ele agiu exatamente como o salmista, mantendo-se firme em viver conforme a reta Justiça de Deus sem se preocupar em se justificar publicamente pela difamação que sofria da parte dos fariseus e mestres da Lei.

O foco de Cristo era cumprir sua missão, que era executar tudo o que estava escrito na Lei sobre aquele que deveria ser sacrificado pelas transgressões de toda a humanidade, e realmente Ele fez isso com máxima excelência.

Missionária Oriana Costa.




quarta-feira, 4 de março de 2020

Não é Cristo quem está lhe fazendo sofrer.


Muitas pessoas acreditam que seus sofrimentos provêm de Deus, para lhes provar e moldar seus caráteres, a fim de lhes transformar em pessoas melhores.

Porém, isso não é verdade. Deus não age dessa forma, nem com aqueles que não creem em Jesus tampouco com aqueles que nele creem. E nós sabemos disso pelo conteúdo das escrituras bíblicas, mais precisamente pelas informações constantes no Novo Testamento.

O próprio Cristo revela em seu ensino qual é a vontade de seu Pai para todos os seres humanos: Ele quer nos dar a vida eterna. E a vida eterna não pode ser adquirida através de obras, segundo o que nos revela o Cristo! Nada do que façamos vai nos fazer alcançar a herança da vida eterna, a não ser acreditar e aceitar a obra redentora de Jesus Cristo em nosso favor.

Essa obra redentora tem a finalidade de nos justificar, a fim de que possamos entrar no Reino de Deus. Foi para isso que o Filho de Deus, Jesus, foi enviado: para nos dar a chance única de reavermos nossos lugares em Seu Reino.

Ao ser sacrificado em nosso favor e depois ressuscitado, Cristo levou sobre si todo o castigo sobre a maldade que está agindo dentro  dos corações dos homens, castigo esse que era executado especialmente sobre o povo de Israel, como podemos observar no Antigo Testamento; isso acontecia com eles porque aquela nação tinha um acordo especial com o Criador, que era regido por um conjunto de regras específicas, que era A Lei de Moisés.

Então, até antes da vinda de Cristo, Deus precisou punir a maldade que havia na carne dos israelitas com base nas regras da Lei que entregou a Moisés, a fim de manter aquele povo separado para a vinda do Messias. 

Como o povo de Israel não tinha o conhecimento e o entendimento da Justiça de Deus dentro de seus corações, que é o único meio pelo qual podemos rejeitar a operação da maldade que está na nossa carne e também aquela que provém do mundo, Deus lhes entregou mandamentos e regras para que, obedecendo-os, aquelas pessoas:
1- Focassem no arrependimento de seus pecados e lembrassem sempre de que, por causa deles é que estavam separados de Deus e fora de seu Reino. 
2- Lembrassem que Deus lhes prometeu uma redenção, ou seja, que Ele iria lhes enviar um justificador a fim de perdoar definitivamente suas transgressões contra a Justiça de Deus e restituir seus lugares dentro de Seu Reino de glória para sempre.

Vindo o Messias e tendo cumprido toda a sua missão, estabelecendo o acordo de paz entre Deus e os homens, agora o Criador não está mais punindo os indivíduos como antes, para lhes manter em temor com o intuito de lhes fazer rejeitar à força as obras da carne.

Após o sacrifício de Cristo, Deus colocou toda a humanidade num mesmo patamar: "todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus" (leia Romanos 3:21-24), a fim de que todos possam alcançar o favor da justificação de suas transgressões contra a Justiça dele tão somente CRENDO NA OBRA REDENTORA DE JESUS.

Então, agora, toda a humanidade está submissa a esta lei: "o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. (Gálatas 6:7,8)

Quando alguém crê em Jesus Cristo como seu JUSTIFICADOR e aceita se submeter às regras da Justiça de Deus reveladas por Ele, tal pessoa se torna herdeira da vida eterna, mas, no entanto, não está livre da lei da semeadura, citada no parágrafo anterior, e precisa conhecê-la e entendê-la para que possa ser livrada de "colheitas ruins", às quais Deus não deseja para seus filhos. A vontade de Deus para todas as pessoas é que elas entrem em seu Reino e herdem a vida eterna; e esta vontade é "boa, agradável e perfeita para nós" (leia Romanos 12:2)

Deus revelou por meio de Cristo como funciona a Sua reta Justiça, instituída antes da criação do universo, exatamente para que, aprendendo-a, possamos usufruir da realidade de Seu Reino ainda neste mundo.

Então, muitas vezes, por não conhecermos bem a justiça de Deus revelada por Cristo, não conseguimos discernir e rejeitar a operação da maldade, o que nos leva a agir segundo suas sugestões e impulsos; consequentemente, sem o arrependimento sincero exigido pela reta justiça de Deus, colheremos mais tarde dos seus frutos, que são advindos DO JUÍZO DECRETADO PARA ELA (a maldade) e não diretamente para nós, que é a destruição. 

E, por seguirmos as sugestões da maldade sem arrependimento, essa destruição se manifestará em nós com muitos sofrimentos, como perdas muitas vezes irreparáveis, doenças, angústia, desespero, depressão, ansiedade, prejuizos materiais e psicológicos, divórcio, inimizades, violência, guerras, confusão, medos, dúvidas, e, por fim, a morte.

Deus nunca desejou nada disso para o homem que criou a sua imagem e semelhança. O desejo dele para toda a humanidade é que ela desfrute sempre da maravilhosa realidade de Seu Reino glorioso, porém, conscientes de que Ele não tolera a maldade e antes de criar o homem já havia decretado uma condenação severa para ela. 

É por este motivo que precisamos conhecer os princípios da Justiça de Deus a fim de rejeitar o mal dentro de nós e aquele proveniente do mundo, para que assim possamos ser livrados de tal condenação e possamos desfrutar da vida plena que Deus planejou para nós! E vale lembrar que esse mal não tem como ser discernido pela aparência que demonstra ter, pois no mundo todas as informações estão misturadas de uma forma sutil e isso confunde nossos conceitos do que realmente é bom ou mau.

A fé verdadeira em Deus precisa estar alicerçada nessas informações, ou fatidicamente o sujeito se deixará levar por sentimentos e pensamentos equivocados advindos da influência e do poder da maldade, os quais estão totalmente fora da realidade do Reino e da justiça eternos.

Missionária Oriana Costa.


terça-feira, 3 de março de 2020

Feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa.

Nesse trecho do evangelho, Jesus estava falando com os mensageiros que o seu primo João Batista havia lhe enviado; o profeta João, que naquele momento estava preso, queria confirmar se Jesus era mesmo o Messias (aquele que o Pai Criador havia de enviar ao mundo a fim de justificar a todos de suas transgressões diante dele).

João Batista, apesar de ter batizado a Jesus no rio Jordão, ter falado profeticamente a respeito dele durante o evento e ainda ter tido uma visão do Espírito de Deus pousando sobre Jesus em forma de uma pomba no momento (leia João 1:29-37), acabou FICANDO COM DÚVIDAS a respeito da procedência de Jesus!

Por causa disso, enviou até ele alguns de seus discípulos para pedir confirmação: "João, ao ouvir na prisão o que Cristo estava fazendo, enviou seus discípulos para lhe perguntarem: És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?" (Mateus 11:2,3)

Mas, como foi possível o profeta João duvidar de Jesus, depois de tudo o que vivenciou? - Essas dúvidas surgiram na mente do profeta por causa dos boatos advindos da agitação que os feitos de Cristo estavam provocando nas pessoas, especialmente nos fariseus, que tinham inveja de Jesus.

Por causa do tipo de pergunta que fez a Jesus, observarmos que João Batista muito provavelmente estava começando a se escandalizar com as notícias distorcidas que estavam chegando aos seus ouvidos sobre o que Jesus estava fazendo.

Então, o Rei Jesus lhe enviou a resposta: "Voltem e anunciem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: os cegos vêem, os mancos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas novas são pregadas aos pobres; e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa." (Mateus 11:4-6)

Foi para advertir o profeta João Batista que não acreditasse em tudo o que estava sendo dito sobre ele, portanto, que Jesus fechou sua resposta com a frase "feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa".

O profeta, pelo conhecimento que tinha das escrituras e pela experiência que já tinha tido pessoalmente com Jesus, sabia que Ele era o Cristo e qual era a sua missão, e não tinha motivos para acreditar mais no falatório confuso das pessoas do que naquilo que já sabia com exatidão.

Missionária Oriana Costa.