VOCÊ ESTÁ SOFRENDO??? Você não está sofrendo sozinho(a), e Deus também não deseja que você permaneça assim.
Leia este testemunho/depoimento, e pense melhor sobre si mesmo(a):
"Descobrir que sou portadora de Síndrome de Asperger (autismo de grau leve) já adulta, não me devolveu as oportunidades que eu perdi na vida. Perdi um monte de oportunidades maravilhosas, e dentre elas muitos bons empregos, e alguns estavam acessíveis e eu não enxergava por causa da limitação neurológica e da falta de ajuda.
Meus pais nunca souberam da minha condição, e fui tratada como uma pessoa neurotípica por todo o tempo que vivi com eles. Nasci com muitos talentos, mas o autismo me impediu de usá-los corretamente. Descobrir minha condição depois dos 40 não restituiu os anos perdidos tentando entender muitos dos meus problemas; no entanto, me ajudou a entender o porquê do meu comportamento diferente, das minhas reações diferentes, da minha interpretação diferente da vida, enfim.
Me ajudou também a lidar melhor comigo mesma e com os outros. Me ajudou a entender coisas que antes eu não entendia.
Eu sempre me sentia frustrada por não CONSEGUIR TER UMA VIDA NORMAL como as outras pessoas... Tudo o que é muito fácil para uma pessoa neurotípica (pessoa neurologicamente dentro do padrão), para mim é muito difícil, como por exemplo: trabalhar em equipe, fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo sem me atrapalhar (eu tenho um foco restrito), conversar besteiras, interpretar textos e certas brincadeiras (pois tenho tendência a interpretar tudo literalmente), socializar, ficar em locais com som muito alto ou com muita luz piscando (e isso sempre me faz desistir de ir a muitos eventos), dentre outras limitações.
Mas, em todos esses anos, eu não posso negar uma coisa: Deus tem me livrado e me guardado do mal até agora. Guardou a minha vida: me livrou da morte muitas e muitas vezes. Ele me guardou na minha inocência diante de situações perigosas para mim, pois a interpretação literal muitas vezes me impede de ver a maldade por trás das atitudes de pessoas mal intensionadas.
E mais: Ele não me deixou faltar absolutamente NADA, apesar de eu não ter tido sucesso em nenhum dos trabalhos que consegui (fui rejeitada nos empregos muitas vezes, sem saber o porquê), e em outros, desisti de continuar por causa da minha limitação. Muitas pessoas, sem saber da minha condição, me desprezaram, me interpretaram mal, começando pelos meus próprios pais (e depois de conhecer a Cristo eu os perdoei, pois não sabiam da minha situação).
Sofri muito, até o dia que descobri o que eu tinha. Hoje não sofro mais como antes. Estou aprendendo a lidar com minhas limitações, e procurando recomeçar minha vida, botar as coisas no lugar. Não está sendo fácil, mas também não é impossível.
Eu só agradeço a Deus por ter uma família que me ama, e por meu marido continuar casado comigo por 26 anos(!), me suportando nas minhas crises de ansiedade com depressão; essas crises são decorrentes da sobrecarga mental advinda das pressões que passo de vez em quando, tentando SER UMA PESSOA NORMAL, TENTANDO NÃO MACHUCAR OS OUTROS E NÃO PARECER ESTRANHA.
Deus realmente me guardou. Hoje sei o quanto Ele me ama, e sei que não foi da vontade dele que eu nascesse assim: e, de fato, tenho recebido dele muitos livramentos sempre, e muitas curas de enfermidades e de sintomas bem chatos que esta condição me traz. E foi com a ajuda dele que consegui descobrir o que tenho, pois nenhum dos profissionais especializados que procurei em minha cidade foram capazes de fazer o diagnóstico da minha condição.
Só agradeço a Ele por tudo. E vamos em frente... 😉
Oriana Costa - Aspie, filha, mãe, casada há 26 anos com um "anjo da guarda", formada em Farmácia pela UFRN, artista plástica, escritora, poetiza, cantora, apresentadora do programa cristão Sala Gospel e, especialmente, seguidora de Jesus Cristo.
Leia este testemunho/depoimento, e pense melhor sobre si mesmo(a):
"Descobrir que sou portadora de Síndrome de Asperger (autismo de grau leve) já adulta, não me devolveu as oportunidades que eu perdi na vida. Perdi um monte de oportunidades maravilhosas, e dentre elas muitos bons empregos, e alguns estavam acessíveis e eu não enxergava por causa da limitação neurológica e da falta de ajuda.
Meus pais nunca souberam da minha condição, e fui tratada como uma pessoa neurotípica por todo o tempo que vivi com eles. Nasci com muitos talentos, mas o autismo me impediu de usá-los corretamente. Descobrir minha condição depois dos 40 não restituiu os anos perdidos tentando entender muitos dos meus problemas; no entanto, me ajudou a entender o porquê do meu comportamento diferente, das minhas reações diferentes, da minha interpretação diferente da vida, enfim.
Me ajudou também a lidar melhor comigo mesma e com os outros. Me ajudou a entender coisas que antes eu não entendia.
Eu sempre me sentia frustrada por não CONSEGUIR TER UMA VIDA NORMAL como as outras pessoas... Tudo o que é muito fácil para uma pessoa neurotípica (pessoa neurologicamente dentro do padrão), para mim é muito difícil, como por exemplo: trabalhar em equipe, fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo sem me atrapalhar (eu tenho um foco restrito), conversar besteiras, interpretar textos e certas brincadeiras (pois tenho tendência a interpretar tudo literalmente), socializar, ficar em locais com som muito alto ou com muita luz piscando (e isso sempre me faz desistir de ir a muitos eventos), dentre outras limitações.
Mas, em todos esses anos, eu não posso negar uma coisa: Deus tem me livrado e me guardado do mal até agora. Guardou a minha vida: me livrou da morte muitas e muitas vezes. Ele me guardou na minha inocência diante de situações perigosas para mim, pois a interpretação literal muitas vezes me impede de ver a maldade por trás das atitudes de pessoas mal intensionadas.
E mais: Ele não me deixou faltar absolutamente NADA, apesar de eu não ter tido sucesso em nenhum dos trabalhos que consegui (fui rejeitada nos empregos muitas vezes, sem saber o porquê), e em outros, desisti de continuar por causa da minha limitação. Muitas pessoas, sem saber da minha condição, me desprezaram, me interpretaram mal, começando pelos meus próprios pais (e depois de conhecer a Cristo eu os perdoei, pois não sabiam da minha situação).
Sofri muito, até o dia que descobri o que eu tinha. Hoje não sofro mais como antes. Estou aprendendo a lidar com minhas limitações, e procurando recomeçar minha vida, botar as coisas no lugar. Não está sendo fácil, mas também não é impossível.
Eu só agradeço a Deus por ter uma família que me ama, e por meu marido continuar casado comigo por 26 anos(!), me suportando nas minhas crises de ansiedade com depressão; essas crises são decorrentes da sobrecarga mental advinda das pressões que passo de vez em quando, tentando SER UMA PESSOA NORMAL, TENTANDO NÃO MACHUCAR OS OUTROS E NÃO PARECER ESTRANHA.
Deus realmente me guardou. Hoje sei o quanto Ele me ama, e sei que não foi da vontade dele que eu nascesse assim: e, de fato, tenho recebido dele muitos livramentos sempre, e muitas curas de enfermidades e de sintomas bem chatos que esta condição me traz. E foi com a ajuda dele que consegui descobrir o que tenho, pois nenhum dos profissionais especializados que procurei em minha cidade foram capazes de fazer o diagnóstico da minha condição.
Só agradeço a Ele por tudo. E vamos em frente... 😉
Oriana Costa - Aspie, filha, mãe, casada há 26 anos com um "anjo da guarda", formada em Farmácia pela UFRN, artista plástica, escritora, poetiza, cantora, apresentadora do programa cristão Sala Gospel e, especialmente, seguidora de Jesus Cristo.
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