sábado, 30 de janeiro de 2021

Jesus em Jericó

Seguindo viagem para Jerusalém, Jesus e seus discípulos passaram pela cidade de Jericó. E lá, com toda a certeza, o Cristo prosseguiu dando testemunho de Seu Reino. 

Então, ao saírem daquela cidade, uma grande multidão, maravilhada, seguia o Senhor, na expectativa de ver e receber d'Ele as curas e libertações que necessitava, e também ouvir o que Ele tinha a declarar acerca do Reino de Deus.

Em um determinado momento, dois cegos que estavam à beira do caminho, ao saberem que Jesus ia passando por ali, começaram a chamá-lo e, gritando alto, pediram a Ele que tivesse misericórdia de suas situações.

Ao saírem de Jericó, uma grande multidão seguiu a Jesus. Dois cegos estavam sentados à beira do caminho e, quando ouviram falar que Jesus estava passando, puseram-se a gritar: "Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!" A multidão os repreendeu para que ficassem quietos, mas eles gritavam ainda mais: "Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!" (Mateus 20:29-31)

Provavelmente as pessoas que seguiam Jesus achavam que Ele era um profeta e não entendiam o poder e a autoridade que tinha, também não entenderam que aqueles dois homens cegos sabiam que podiam ser curados pelo Senhor, pois estavam crendo que Ele era o Messias – isso podemos ver pela forma como eles chamaram a Jesus, gritando: "Senhor, Filho de Davi" –, o que fez com que Cristo notasse a fé deles e fosse atendê-los.

Jesus, parando, chamou-os e perguntou-lhes: "O que vocês querem que eu lhes faça?" Responderam eles: "Senhor, queremos que se abram os nossos olhos". Jesus teve compaixão deles e tocou nos olhos deles. Imediatamente eles recuperaram a visão e o seguiram. (Mateus 20:32-34)

O pedido daqueles dois homens foi prontamente atendido, para a surpresa e espanto de todos à sua volta. Naquela época, pessoas deficientes, apesar de não serem tratadas da mesma forma como aquelas que tinham doenças contagiosas, estavam à margem da sociedade, por não terem condições de trabalhar, assim como os outros, e geralmente eram desdenhadas pela maioria.

Por isso, quando eles começaram a gritar por Jesus, imediatamente a multidão tentou impedi-los, pois imaginava estarem atrapalhando o momento.

Portanto, ao dar atenção aos dois cegos e ainda por cima curá-los, o Rei Jesus mostrou a todos que os princípios do Reino de Deus são totalmente diferentes daqueles operantes no mundo, e que onde ele se encontra estabelecido ou manifesto, independente de qual seja a condição em que o indivíduo esteja no mundo, há cura disponível e saúde plena para todos.


Texto: Miss. Oriana Costa 

Edição: Pr. Wendell Costa

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O Filho do homem não veio para ser servido

Durante o breve e intenso ministério de Cristo na terra, apesar dos sinais que deu de seu poder e autoridade, curando enfermos, ressuscitando mortos e fazendo muitos outros milagres e prodígios, poucas pessoas creram que Ele era o Messias. De fato, os judeus não entendiam o que deveria acontecer com o Messias, pois aguardavam um "rei conquistador" e não um "servo sofredor".

A passagem que vamos analisar aqui mostra bem essa situação.

Apesar de serem judeus e estarem crendo em seu mestre, os discípulos de Jesus e seus familiares não tinham entendimento pleno das escrituras e, espiritualmente, suas visões estavam obscurecidas, assim como o restante dos israelitas daquela época. Portanto, muito do que o Senhor lhes falava a seu próprio respeito era difícil de compreender.

Assim sendo, quando Cristo estava deixando a região do outro lado do Jordão – onde teve a conversa com o jovem rico –, indo em direção a Jerusalém, falou aos discípulos:

Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios para que zombem dele, o açoitem e o crucifiquem. No terceiro dia ele ressuscitará! (Mateus 20:18,19)

No entanto, apesar de ouvirem o próprio Jesus lhes dizer o que iria acontecer em breve, os discípulos não compreenderam a gravidade da situação e o porquê de tudo aquilo ter que acontecer daquela forma.

Então, aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu (Tiago e João) com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido. "O que você quer?", perguntou ele. Ela respondeu: "Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda". Disse-lhes Jesus: "Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu vou beber?", "Podemos", responderam eles. Jesus lhes disse: "Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai". (Mateus 20:20-23)

Os dois jovens filhos de Zebedeu, Tiago e João, que faziam parte dos doze discípulos de Jesus, estavam interessados em ficar ao lado dele quando iniciasse oficialmente Seu reinado; mas, como já sabemos, eles não tinham noção de como seria o processo para que isso acontecesse. Eles também não entendiam que a realidade e os valores do Reino de Deus são totalmente diferentes daqueles existentes nos reinos do mundo.

Por isso, a mãe desses dois discípulos chegou ao ponto de pedir ao Senhor que fizesse dos seus filhos os dois homens mais influentes de Seu Reino, pois pediu para que Jesus os colocasse um a sua direita e outro a sua esquerda. 

No entanto, o Mestre os advertiu que, para estar ao lado dele na eternidade, era preciso "beber do mesmo cálice" que Ele iria beber: ser preso, humilhado, afrontado, violentado e morto pelos inimigos de Deus, além de ter que aguardar com paciência todo o restante do tempo (que já completou 2.000 anos), depois de sua ressurreição, até que finalmente chegue o dia marcado para que seu governo seja estabelecido sobre todo o planeta, e não somente em Israel. 

Porém, eles não entenderam qual seria o tipo de cálice que precisariam beber. Provavelmente, estavam achando que Cristo salvaria Israel do poder do Império Romano de forma rápida, então subiria ao trono, após expulsar os romanos com o poder que o Pai lhe deu, operando milagres e prodígios.

É interessante notar que em conversas que Jesus teve com seus discípulos, pouco antes desse momento, Ele lhes falou o seguinte:

Por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. (Mateus 19:28)

Isso significa que aqueles discípulos – os quais, após a ressurreição do Senhor, seriam os fundadores do corpo de Cristo na terra –, no Dia do Juízo, iriam estar sentados à direita e à esquerda do Rei Jesus.

Contudo, eles também não compreenderam a recompensa que já lhes estava reservada. Por isso, vendo que seus discípulos ainda não tinham assimilado bem suas palavras, Cristo respondeu a todos que "o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não caberia a Ele conceder, e que esses lugares pertenciam àqueles para quem foram preparados pelo Pai".

Os outros dez discípulos, ao verem e ouvirem aquilo, se indignaram contra Tiago e João. Como eles foram capazes de pedir tal concessão ao Mestre, passando por cima dos outros? (Aqui se nota que nenhum dos doze discípulos tinha entendido claramente o que seu mestre havia lhes ensinado e avisado até aquele instante):

Quando os outros dez ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos. Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". (Mateus 20:24-28)

Para concluir, vemos que o Senhor Jesus, mais uma vez, explica que os valores de Seu Reino são diferentes dos valores do mundo. Enquanto nos reinos da terra os cargos de maior influência são conseguidos por indicação dos poderosos, no Reino dos céus, os lugares de maior autoridade são concedidos àqueles indivíduos que se empenham na anunciação da graça da salvação, bem como se oferecem a si mesmos como servos, assim imitando o próprio Cristo.


Texto: Miss. Oriana Costa 

Edição: Pr. Wendell Costa




quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A parábola dos trabalhadores na vinha

Nessa parábola contada por Cristo, acontece uma situação interessante, onde um proprietário de uma vinha vai contratando pessoas ao longo do dia. Aos primeiros ele diz que pagará um denário pelo dia de trabalho, e aos demais ele diz que pagará o que for justo. 

Pois o Reino dos céus é como um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha. Por volta das noves hora da manhã, ele saiu e viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram. Saindo outra vez, por volta do meio dia e das três horas da tarde e nona, fez a mesma coisa. Saindo por volta da cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês estiveram aqui desocupados o dia todo?’ ‘Porque ninguém nos contratou’, responderam eles. Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha’" (Mateus 20:1-7)

Ora, o Senhor Jesus conta essa história para explicar o porquê de "muitos primeiros serem últimos e muitos últimos serem primeiros", frase que usou para finalizar o raciocínio de sua fala aos discípulos, no momento após a conversa com o jovem rico (Mateus 19:30).

O ponto principal dessa parábola é mostrar que parâmetros o nosso Criador irá usar como base para recompensar os que Ele chama para trabalhar na anunciação de Seu Reino. De acordo com o desenrolar da história, o Rei Jesus irá iniciar essa tarefa com os que foram chamados por último, ou seja, os que foram chamados próximos da sua segunda vinda:

Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros’. Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. (Mateus 20:8-10)

Enquanto falava aos discípulos, antes de começar a contar essa parábola, o Mestre disse o seguinte:

Digo-lhes a verdade: Por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna. Contudo, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros. (Mateus 19:28-30)

Assim sendo, o maior galardão oferecido no Reino de Deus para os que são chamados a anunciá-lo ao mundo é aquele prometido aos doze apóstolos, que iniciaram a Obra: se estabelecer para sempre ao lado do Rei Jesus para julgar todas as coisas, e isso também quer dizer que eles terão acesso às riquezas das quais o Senhor usufrui. 

Aos apóstolos (que eram israelitas) a promessa foi de que eles julgariam as doze tribos de Israel. Aos gentios, portanto, a promessa é similar, onde os eleitos irão julgar as pessoas de suas respectivas nações. Dessa maneira, a justiça de Deus, que se cumpre de acordo com o que de antemão foi estabelecido pelo Pai e não funciona baseada em aparências, será executada sem erro. Por isso, na parábola, a história se desenrola assim:

Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’. Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?’ Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos. (Mateus 20:11-16)

Agora, por que o Senhor irá começar recompensando os que foram chamados por último até chegar nos apóstolos? A resposta é que, quanto mais se passa o tempo, maior o grau de dificuldade de se professar a fé cristã, devido ao aumento da maldade sobre a face da Terra. A situação ficará num nível que será impossível a prática pública da fé genuína em todo o mundo.

O que já acontece hoje em determinados países, onde milhares de cristãos são perseguidos e muitos são assassinados por causa de sua fé, vai, aos poucos, se transformar na realidade de todo o planeta, à medida que se aproxima o dia da segunda volta de Jesus.

No entanto, essa circunstância que atingirá um ponto bem crítico para os cristãos em todo o mundo não durará muito, conforme predisse o Cristo, pois o Pai abreviará esse tempo:

Haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados. (Mateus 24:21,22)

Portanto, os que forem chamados no ápice da grande tribulação serão os primeiros a serem recompensados. Lembrando que essa recompensa é para os que atendem ao chamado feito pelo Pai para trabalhar na anunciação do Reino, assim como os Apóstolos fizeram, iniciando a igreja sobre a terra. Ele é justo, então quem não atende ao chamado não perde a salvação, porém fica de fora dessa lista de recompensa.

Obs.: O denário era a moeda romana que equivalia a 10 Asses (moeda israelita).


Texto: Miss. Oriana Costa

Edição: Pr. Wendell Costa

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Quer ser perfeito?

No trecho que vamos estudar aqui, veremos a conversa que um jovem judeu, de muitas posses, teve com Jesus e também as explicações que o Senhor dá em seguida sobre as consequências que o apego às coisas do mundo traz às pessoas.

Essa passagem tem sido usada como tema de muitas pregações até os dias de hoje, nos revelando informações importantes que precisamos considerar cuidadosamente.

De acordo com o mundo, onde normalmente os indivíduos não tem conhecimento de como funciona a justiça de Deus, é comum se pensar que podemos alcançar dele misericórdia (para os que acreditam que Ele existe) através de bons atos ou obras de caridade, independente da religião que professamos. 

O pensamento daquele jovem que abordou o Senhor, apesar de ser judeu, não era diferente:
Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: "Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?" Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos". "Quais?", perguntou ele. Jesus respondeu: "‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’ e ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo’". Disse-lhe o jovem: "A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?" (Mateus 19:16-20)
O rapaz não estava convencido de que somente cumprir os mandamentos era o suficiente para ter a vida eterna, por isso perguntou a Jesus o que poderia ser feito "a mais", de forma que Deus se agradasse dele. Talvez ele estivesse pensando que o fato de usar sua fortuna para fazer a caridade fosse compensar o peso dos seus pecados diante do Pai.

Porém, o Mestre lhe respondeu o seguinte:
Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me". Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. (Mateus 19:21,22)
O Senhor Jesus, portanto, mostrou àquele jovem o que realmente ele precisava fazer, não somente para herdar a vida eterna, mas, para SER PERFEITO aos olhos do Criador: se desapegar das coisas do mundo e seguir o Filho de Deus. Como o foco do rapaz estava nos bens materiais que possuía, então Cristo lhe aconselhou a trocar suas riquezas por aquelas que Deus nos reserva em Seu Reino.

Porém, o apego do jovem aos seus bens era maior do que sua fé em Deus. Ele se entristeceu, após ouvir a resposta do Mestre, pois não estava disposto a se desfazer do poder que as riquezas materiais lhe proporcionavam, a fim de seguir a Cristo.

Após essa conversa com o jovem, e já se dirigindo aos seus discípulos, o Senhor explica que o apego ao dinheiro é o maior dos obstáculos a ser vencido dentro dos corações dos homens, para que estes entrem no Reino de Deus:
Então Jesus disse aos discípulos: "Digo-lhes a verdade: Dificilmente um rico entrará no Reino dos céus. E lhes digo ainda: é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". Ao ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: "Neste caso, quem pode ser salvo?" (Mateus 19:23-25)
A cobiça ao dinheiro é o pecado mais comum entre os seres humanos. Por isso, os discípulos perguntaram a Cristo, após ouvirem dele que é muito difícil um rico entrar no Reino dos céus, quem poderia ser salvo.

Em sua primeira carta a Timóteo, o apóstolo Paulo explica porque é tão difícil que uma pessoa apegada às riquezas do mundo se arrependa e alcance a salvação: porque o amor ao dinheiro É A RAIZ DE TODOS OS MALES E LEVA À APOSTASIA:
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. (1Timoteo 6:9,10)
Portanto, o apego às riquezas materiais cega as pessoas espiritualmente, impedindo-as de se aproximem de Deus (ou afastando-as de sua presença) e de conhecerem a Ele em verdade. Lembrando que Cristo disse que era "muito difícil" para um indivíduo apegado aos bens materiais ser salvo, e não algo totalmente impossível. O poder da maldade não é maior que o poder de Deus, que pode sondar os corações.

Um bom exemplo de um homem rico que teve um encontro especial com o Rei Jesus e alcançou salvação foi Zaqueu, o publicano:
Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: "Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais". Jesus lhe disse: "Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido". (Lucas 19:8-10)
Retomando nosso raciocínio, visto que os seres humanos estão presos por seus pecados e não tem como salvar-se a si mesmos, o Pai presenteou toda a humanidade com o único caminho que leva à vida eterna, que é Cristo. 

Então, mesmo cumprindo os mandamentos da Lei Mosaica, os judeus ainda não estão limpos de seus pecados diante do Pai, e também carecem de uma justificação para, enfim, acessarem o Reino, que só pode ser obtida através da fé genuína em Jesus.

Por isso, o Mestre respondeu aos discípulos que para os homens é impossível conseguir a justificação sozinhos, mas para Deus, há uma maneira de nos tornar justos, pois para Ele tudo é possível:
Jesus olhou para eles e respondeu: "Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis". (Mateus 19:26)
Depois disso, Pedro ainda questiona Jesus sobre o que aconteceria aos seus seguidores, pois tinham deixado tudo para estar com Ele. De fato, apesar de todas as coisas que já tinham visto e ouvido do Senhor, naquele momento, os seus discípulos ainda não tinham entendido que seu mestre era realmente o Messias e queriam ter certeza de que não estavam cometendo um erro:
Então Pedro lhe respondeu: "Nós deixamos tudo para seguir-te! Que será de nós?" - Jesus lhes disse: "Digo-lhes a verdade: Por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna. Contudo, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros. (Mateus 19:27-30)
Seguir corretamente pelo caminho da salvação envolve um desapego de tudo aquilo que nos impede de andar na reta justiça de Deus. Por isso, às vezes é preciso ir além da rejeição das obras da carne e da influência da maldade do mundo, especialmente por causa da perseguição que há sobre aqueles que professam a fé cristã, em determinados lugares do planeta.

Em certas situações, fica impossível para um cristão conciliar sua fé e a convivência com pessoas que não concordam com esta, pessoas tais que prosseguem nutrindo, dia após dia, o ódio por Cristo em seus corações. Nesses casos, muitas vezes os cristãos são obrigados a deixar seus familiares e bens, a fim de continuarem vivos, sem negar o Senhor.

Com relação aos discípulos de Cristo, a situação foi diferente: mesmo os casados tiveram que deixar seus trabalhos, o conforto de suas casas e o convívio com seus familiares e amigos durante os três intensos anos do ministério terreno de Jesus, a fim de seguir o Mestre e estar com Ele em todas as ocasiões, com o propósito de aprenderem dele e testemunharem seus feitos. Mas isso foi uma escolha deles, o Senhor não os obrigou a tomarem tal decisão.

O Rei Jesus garantiu aos discípulos que tudo o que estava registrado a Seu respeito, nas sagradas escrituras, estava se cumprindo, e que eles não perderiam nada, materialmente falando, muito pelo contrário.

Após a morte e ressurreição do Senhor, aqueles homens prosseguiram com suas vidas como antes, mas, desta vez, dando início à igreja cristã sobre a terra. Eles também estavam avisados de que seriam perseguidos até a morte, mesmo assim, seguiram em frente na anunciação do Reino.

No final de sua fala, quando o Senhor Jesus pontuou "muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros", ele se referia exatamente a essa dificuldade que muitos de seus seguidores teriam, com o passar do tempo, de continuarem professando sua fé por causa do ódio que o príncipe desse século tem de Cristo.

À medida que se aproxima o tempo da segunda volta de Jesus, a situação vai ficando mais difícil para os cristãos no planeta, por causa do aumento da maldade em todos os lugares. Isso torna ainda mais difícil abrir mão das propostas do mundo, como também aumenta a perseguição sobre aqueles que escolhem continuar na fé. Essa realidade vai igualar a situação que será experimentada pelos cristãos poucos anos antes da volta do Senhor com aquela vivida no início da igreja, pelos Apóstolos.

A forma que Deus julga as coisas não segue a lógica terrena, pois não se baseia na aparência. Portanto, o Mestre explica que serão recompensados primeiro aqueles que, na proximidade da sua volta, conseguirem dominar-se e rejeitar plenamente a operação da iniquidade que lhes cerca, ainda que em meio a grandes sofrimentos, a fim de se manterem firmes na fé e atenderem seus chamados.

Texto: Miss. Oriana Costa

Edição: Pr. Wendell Costa

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Deixem as crianças conhecerem Jesus.

No evangelho de Mateus 19:14, estando Jesus na Judéia, logo após ter sido abordado pelos fariseus daquele lugar, Ele ordena que os discípulos deveriam deixar vir a Ele as crianças.

No capítulo anterior, na passagem que vai do versículo primeiro ao décimo quarto, Jesus também fala acerca das crianças, no entanto de uma forma mais abrangente, enfatizando a fase inicial da fé (veja o texto "O cuidado de Cristo com os iniciantes na fé).

Aqui, porém, o Senhor explica de uma maneira mais resumida porque não devemos impedir as crianças de conhecê-lo. De fato, elas servem como exemplo prático de como uma pessoa que está iniciando na fé deve se comportar com relação a submissão ao Pai Criador.

Como vimos no início do capítulo 18, o Mestre diz o seguinte:

"(...) a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus." (Mateus 18:3)

As crianças, de uma maneira geral, aprendem a se submeter a autoridade dos pais e se mantém obedientes às regras por eles impostas, pois entendem que passar por cima delas pode levá-las a serem castigadas. Além disso, na fase inicial da vida as pessoas ainda não tem seus corações contaminados com a maldade que opera no mundo, apesar de que, na carne, ela já esteja presente e operante.

Por estes motivos Cristo explica que "o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". A situação que as crianças se encontram naturalmente, independente da cultura, religião ou condição social de onde estão inseridas, aponta para a maneira como um seguidor de Cristo deve se comportar, mantendo o seu coração limpo da maldade que opera no mundo e submisso à autoridade do Pai.

Muitas vezes, por falta de tempo ou por puro desinteresse, pais e responsáveis cristãos não se preocupam em apresentar Jesus e Sua obra redentora às crianças, e isso é um grande erro. Cristo deseja se revelar a elas e espera que os responsáveis por tais crianças façam o trabalho de apresentá-lo aos pequenos com clareza, tanto ensinando a palavra quanto lhes dando exemplo com suas próprias maneiras de viver.

Depois trouxeram crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam (...)." (Mateus 19:13,14)

Quando cuidadores (cristãos) são omissos em mostrar quem é Jesus às suas crianças, essas fatidicamente podem crescer sem nunca conhecerem ou experimentarem plenamente o Reino de Deus, e isso quer dizer que estão fadadas a sofrer com a operação da maldade que há no mundo por muito tempo ou por toda a vida.

E não somente isso, mas, ao deixarem de plantar a semente do Reino nos corações das crianças, essas pessoas também estão deixando de formar novos instrumentos que o Rei Jesus poderia usar para a anunciação da mensagem da salvação.

Ensinar a justiça de Deus aos pequenos, instruindo-lhes através da vida e obra redentora de Cristo, é de suma importância para que aprendam a não se contaminar com a maldade do mundo e também rejeitem com mais facilidade o mal que já está na carne. Os que se dedicam a esse trabalho certamente estão dando muitos frutos para Deus e serão grandemente recompensados.

Texto: Miss. Oriana Costa 

Edição: Pr. Wendell Costa




quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Casamento, divórcio e castidade

Quando lemos o capítulo 19 do evangelho de Mateus, vemos Jesus, mais uma vez, sendo posto à prova pelos fariseus, agora por aqueles que moravam na Judéia, do outro lado do Jordão. Movidos pela inveja que sentiam do Senhor, ao vê-lo atraindo as multidões para Si, eles não conseguiam enxergar o poder e a autoridade que fluíam de Jesus, por exemplo, quando curava os enfermos.

Na Judéia, os fariseus viram o Cristo curando muita gente. No entanto, aqueles homens resolveram lhe fazer uma pergunta capciosa, na tentativa de induzi-lo a contradizer as Escrituras publicamente. Porém, não somente os fariseus, mas também os seus discípulos e todos os que estavam próximos novamente testemunharam a sabedoria que o Mestre tinha.

Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?" Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe". Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora?" Jesus respondeu: "Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio." (Mateus 19:3-8)

Agora a pergunta se referia ao divórcio, e o Mestre, de maneira categórica, mais uma vez deixou-os sem palavras. Ao finalizar seu raciocínio, o Senhor lhes disse:

Todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério. (Mateus 19:9)

Na Lei Mosaica está escrito o seguinte:

Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora.(Deuteronômio 24:1)

Apesar de tal mandamento parecer estar abrindo espaço para outros motivos de divórcio, Cristo afirma que a única circunstância pela qual um homem (judeu) deve se divorciar de sua mulher é a imoralidade sexual, ou seja, se ele percebe que sua esposa está sendo sensual fora do casamento, atraindo a atenção dos outros homens propositalmente, ainda que não esteja tendo um relacionamento extraconjugal.

Quem realmente estava buscando a Deus de todo o coração deveria entender que o mandamento não estava dando ocasião para que os maridos deixassem suas esposas por qualquer motivo, porém somente se fosse o caso de "imoralidade sexual".

A pergunta que os fariseus fizeram a Cristo foi exatamente em cima dessa possível brecha de interpretação nesse mandamento da Lei: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher POR QUALQUER MOTIVO?" (Mateus 19:3)

De fato, muitos homens (judeus) se respaldavam nesse estatuto para deixarem suas esposas por motivos quaisquer, por isso o Senhor falou:

Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. (Mateus 19:8)

Dessa maneira, Jesus estava mostrando ali que o mandamento sobre a carta de divórcio estava sendo usado como uma desculpa para que os homens cometessem adultério, e isso acabava tornando as mulheres adúlteras também (Mateus 5:31-32), assim contrariando os princípios da justiça de Deus.

Apesar de, segundo a Lei Mosaica, Deus considerar maldade o divórcio que acontece por qualquer outro motivo que não seja por imoralidade sexual, ao dar seu parecer da situação do ponto de vista da graça, o Apóstolo Paulo explica bem a questão do divórcio, especialmente quando se trata de um relacionamento entre uma pessoa crente e outra descrente. Leia mais sobre isso em 1 Coríntios 7.

Como já sabemos, antes de odiar o divórcio (Malaquias 2:16) Deus odeia a maldade (Habacuque 1:13) e exerce severo juízo sobre ela.

A afirmação de Cristo sobre o que realmente deveria motivar um divórcio, segundo a justiça de Deus, fez os discípulos acharem que seria melhor não casar. No entanto, Jesus ensina-lhes que ficar solteiro, sem se relacionar afetivamente com alguém, é algo para poucos, e que essa forma de viver exige do indivíduo uma motivação maior, que lhe proporcione continuar assim sem que isso lhe perturbe.

A palavra eunuco, que é usada pelo Senhor nessa passagem, onde Ele se refere a homens que não se casam, fala sobre aqueles que escolhem não terem relações sexuais, por terem sido castrados ou nascido com deficiência no órgão sexual. Naquele tempo, era comum a existência de casamentos poligâmicos, cujas esposas viviam em locais especiais denominados harens e permaneciam ali sendo vigiadas e cuidadas por eunucos.

O Mestre diz ainda que há apenas três condições que levam as pessoas à castidade: a primeira é que o indivíduo tenha nascido com deficiência que afete a área sexual; a segunda é que tenha sofrido castração, ou que esta condição lhe seja imposta por motivo de força maior; e a terceira é que tenha decidido permanecer solteiro e casto (ainda que não tenha nenhum problema na área sexual), para se dedicar inteiramente à anunciação do Reino de Deus.

Os discípulos lhe disseram: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar". Jesus respondeu: "Nem todos têm condições de aceitar esta palavra; somente aqueles a quem isso é dado. Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite". (Mateus 19:10-12)

O Senhor Jesus, por exemplo, se enquadra nessa terceira situação. Ele era um homem normal e não tinha qualquer problema na área sexual, mas escolheu não constituir família e permanecer casto por causa da missão para a qual fora enviado. O Apóstolo Paulo também fala acerca dessa questão em sua carta aos cristãos coríntios:

Irmãos, cada um deve permanecer diante de Deus na condição em que foi chamado. Quanto às pessoas virgens, não tenho mandamento do Senhor, mas dou meu parecer como alguém que, pela misericórdia de Deus, é digno de confiança. Por causa dos problemas atuais, penso que é melhor o homem permanecer como está. Você está casado? Não procure separar-se. Está solteiro? Não procure esposa. Mas, se vier a casar-se, não comete pecado; e, se uma virgem se casar, também não comete pecado. Mas aqueles que se casarem enfrentarão muitas dificuldades na vida, e eu gostaria de poupá-los disso. (1Corintios 7:24-28)

Paulo deixa claro que a melhor situação para quem está trabalhando na obra de Deus seria permanecer solteiro, pois assim o indivíduo se dedicaria melhor ao seu trabalho (1Corintios 7:32-34). Contudo, na primeira carta dele a Timóteo, há uma recomendação especial para aqueles que trabalham atendendo aos chamados de pastor ou diácono e são casados ou desejam casar-se:

É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher (...). Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? (1Timóteo 3:2-5)

O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa. (1Timóteo 3:12)

Como Cristo falou, permanecer solteiro atendendo ao chamado do Senhor não é para todos, apenas uma minoria consegue estar assim. A maioria das pessoas prefere estar casado na obra de Deus, por causa dos desejos da carne, e sobre isso também o Apóstolo Paulo comenta:

Quanto aos assuntos sobre os quais vocês escreveram, é bom que o homem não toque em mulher, mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido. (1Corintios 7:1,2)

(...) é bom que permaneçam como eu. Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo. (1Corintios 7:8,9)

É errado alguém que se declara seguidor de Cristo se relacionar sexualmente com outra pessoa fora do compromisso matrimonial. Algumas pessoas, por não conseguirem se conter nessa área, após adquirirem sua cidadania no Reino de Deus, decidem continuar atendendo os desejos da carne às escondidas, sem atentarem que essa prática lhes trará um sério juízo, além de trazer escândalo para a igreja e ser um mau testemunho para o mundo, dificultando a pregação e a aceitação do evangelho. 

Por esses motivos, os servos de Deus devem estar dispostos a seguirem as regras determinadas por Deus para essa área, especialmente aqueles que estão à frente de um trabalho eclesiástico, pois só assim conseguirão êxito na anunciação do Reino de Deus e poderão usufruir plenamente da realidade perfeita desse lugar.


Texto: Miss. Oriana Costa

Edição: Pr. Wendell Costa.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A parábola do servo endividado - As consequências da falta de perdão

Perdoar é algo necessário para usufruirmos da plena realidade do Reino de Deus, que é paz, justiça e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17). No entanto, há casos em que pessoas que já seguem a Cristo preferem guardar a ofensa ao invés de liberarem o perdão para quem as ofendeu.

Se cremos na obra redentora de Jesus e o Espírito de Deus habita em nossos corações, antes de qualquer coisa, devemos lembrar que nossa justificação diante do Pai só foi possível porque ELE DECIDIU PERDOAR todas as nossas transgressões contra a sua Justiça, pagando com a vida de seu Filho Unigênito o valor do resgate da nossa dívida para com Ele.

Quem vive segundo os desejos de sua carne, quando é ofendido, escolhe não perdoar. Desta maneira, o sujeito nutre dentro de si sentimentos de indignação e ira, e ambos levam ao desejo de vingança (pagar o mal com o mal). E ao querer se vingar, por sua vez, o indivíduo vai sentir prazer em ver o outro sofrendo de alguma forma também, mesmo que não se vingue pessoalmente.

Procedendo dessa forma, indivíduos que servem a um Deus misericordioso estão transgredindo conscientemente a reta justiça d'Ele. Passado algum tempo, se após a transgressão dos estatutos do Reino não vier o convencimento do erro, seguido do arrependimento e da mudança de atitude, sobrevirá o juízo – e ele é executado sem misericórdia, porque Deus ODEIA A MALDADE. 

"Não se alegre quando o seu inimigo cair, nem exulte o seu coração quando ele tropeçar, para que o Senhor não veja isso, e se desagrade, e desvie dele a sua ira." (Provérbios 24:17,18)

Quando somos avaliados por Deus, em primeiro lugar, Ele considera os pensamentos, sentimentos e desejos que estão ocultos dentro de nós, e impulsionam nossas atitudes todo o tempo. Então, antes da execução do juízo, Ele trabalha para nos convencer dos nossos erros, falando aos nossos corações, pelo mover Seu Espírito. 

Assim, Ele nos confronta com a Sua Palavra, para que possamos nos arrepender de verdade, pois não deseja de forma alguma que Seus filhos sofram juízo, por não discernirem a operação da maldade.

"Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão?" (Mateus 5:44-46)

É por este motivo que o Senhor Jesus conta a parábola do servo endividado, onde compara a situação de uma pessoa que recebeu o perdão de Deus, e não perdoa o seu irmão, a um servo que devia a seu senhor e recebeu dele o perdão de sua dívida, contudo não perdoou a dívida de um conservo seu (Leia em Mateus 18:23-35).

Cristo, e em seguida os seus apóstolos, apontam, em seus ensinos, diversos preceitos da justiça de Deus que são diretamente quebrados quando dizemos que somos filhos dele, porém escolhemos não perdoar. Nos versos seguintes, podemos ler mais uma fala de Cristo, e outras duas do Apóstolo Paulo, acerca deste assunto:

"Quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no (...). Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados." (Marcos 11:25,26)

"Não retribuam a ninguém mal por mal. (...) Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor." (Romanos 12:17-19)

"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, (...) perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também." (Colossenses 3:12,13)

Por isso, para Deus, a falta de perdão é considerada crime, delito ou transgressão (pecado), digno de condenação e cujo juízo geralmente vem em forma de enfermidades no corpo ou na mente, que trazem grandes prejuízos, e que também pode se manifestar com a abreviação do tempo de vida (Leia 1Corintios 11:29-31).

A justiça de Deus não funciona com base na aparência da situação ou toma apenas um fato isolado como parâmetro de julgamento, mas leva em consideração TUDO o que estamos dizendo e fazendo, de modo que aqueles que não estão ignorantes em relação ao que Cristo ensina receberão um juízo mais severo, caso escolham não perdoar.

Texto: Mis. Oriana Costa

Revisão: Pr. Wendell Costa




terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Se o seu irmão pecar contra você...

Dentro do corpo de Cristo na terra não há ninguém perfeito ainda. Todos estão seguindo para o alvo, que é atingir a maturidade no conhecimento da justiça de Deus. No entanto, não basta só ter o conhecimento, é preciso colocá-lo em prática, pois sentimentos e desejos provenientes da carne precisam ser dominados em todo o tempo, para que uma pessoa alcance a maturidade na fé.

Então, apesar dos nossos esforços, vez ou outra podemos falhar e pecar contra alguém, ou alguém pode pecar contra nós, pois nem sempre conseguimos dominar a carne como gostaríamos. Porém, o Senhor Jesus não nos deixa sem instrução com relação a isso:

"Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’." (Mateus 18:15,16)

No trecho acima, Cristo alerta sobre a necessidade do arrependimento quando ofendemos nossos irmãos de alguma forma. O ensino de Cristo vale para todos, pois ninguém é melhor do que ninguém, e todos somos passíveis de cometer erros a qualquer momento.

Então o Senhor nos mostra que se algum ato de um irmão na fé está nos gerando algum desconforto, ou é algo recorrente, e que nos incomoda diretamente, a princípio devemos chamar a atenção desse indivíduo, com educação e em particular, apresentando-lhe os preceitos da justiça de Deus, para que haja arrependimento sincero.

O ideal seria que tal indivíduo se arrependesse nessa primeira conversa, mas isso pode não acontecer. E caso o sujeito não nos considere e continue a incomodar, o Senhor Jesus orienta que devemos fazer uma segunda tentativa de levar a pessoa ao arrependimento, conversando com ela na presença de mais uma ou duas pessoas de confiança.

Se mesmo assim, a pessoa que está sendo chamada à atenção ainda não considerar os fatos, o Mestre orienta que o caso deve ser exposto à congregação para que ela julgue a situação, e o irmão ou irmã seja admoestado(a) por todos. E se ainda assim, ele ou ela não se envergonhar nem se arrepender, deve ser tratado(a) por todos como uma pessoa descrente.

"Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano." (Mateus 18:17)

Esse conselho de Cristo é exclusivamente para os que estão congregando e prosseguindo em conhecer o Reino de Deus, portanto, não se aplica a descrentes ou simpatizantes da fé cristã que por ventura estejam frequentando as reuniões dos irmãos.

Assim sendo, se o comportamento de alguém, que se diz seguidor de Cristo, está transgredindo os princípios da justiça de Deus e incomodando ou ofendendo um ou mais irmãos dentro da congregação, tal pessoa é digna de ser confrontada e deve sim ser chamada à atenção, assim como o Senhor orienta, para que se arrependa e não atraia juízo sobre si.

"Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu." (Mateus 18:18)

Quando Jesus diz que tudo o que ligarmos ou desligarmos na terra terá sido ligado ou desligado nos Céus, Ele está mostrando que Deus nos dá autoridade para julgar. Se somos um com Cristo, e o Espírito Santo habita em nós, e estamos agindo de acordo com a reta justiça de Deus, então temos plena autoridade para julgar situações contrárias aos seus estatutos e, se for o caso, executar juízo sobre alguém.

No caso apontado aqui por Jesus, por exemplo, o juízo aplicado será "tratar a pessoa como um pagão ou publicano", caso ela não dê ouvidos e não se arrependa após a terceira admoestação. Pagãos e publicanos são considerados pessoas "descrentes" ou  que estão "fora da fé" em relação ao Reino de Deus, por isso Cristo dá essa orientação.

Lembrando que isso não significa que devemos ser indiferentes ou mal educados com os que não creem em Deus. Tratar a todos com educação e gentileza faz parte do fruto do espírito e é indispensável para testemunharmos corretamente o Reino a qualquer momento.

Cristo também diz:

"Se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus." (Mateus 18:19)

Dentro deste contexto, o verso acima nos mostra que, caso necessário, o Pai poderá executar um julgamento sobre alguma situação difícil pela qual a congregação irá apresentá-la a Deus, a fim de que Ele tome as devidas providências em tempo oportuno.

No livro de Atos dos apóstolos, uma situação chama a atenção quando falamos de julgamento e execução de juízo dentro da igreja do Senhor: o caso de Ananias e Safira. O casal vendeu um imóvel e decidiu entregar como oferta aos apóstolos somente uma parte do valor que haviam recebido, mas afirmando que era o valor total.

O problema foi que aquela mentira ofendia profundamente todos os irmãos, além de ofender o Senhor diretamente. Então, quando Pedro confrontou Ananias no momento em que recebia a oferta, ele e os outros apóstolos já estavam sabendo por quanto o imóvel havia sido vendido. Assim, por causa da gravidade da situação, o casal foi direta e rapidamente julgado pelo Pai, que estava sondando seus corações e não viu arrependimento neles.

Então, para concluir, o Senhor Jesus nos lembra que se apenas duas pessoas estiverem juntas e unidas em Nome dele em qualquer lugar, Ele estará ali com elas em espírito (veja em Mateus 18:20).

Com isso, Ele está advertindo que, por causa da presença dele, nossos atos serão julgados com mais rapidez e também com maior rigor. O apóstolo Paulo lembra essa situação em sua primeira carta aos cristãos de Corinto, quando fala sobre a ceia do Senhor (leia 1Corintios 11:23-32). 

Saber e entender estes princípios é de crucial importância para que nossas atitudes sempre gerem louvor ao Pai em qualquer ocasião, especialmente quando convivemos uns com os outros por causa da fé.

Texto: Missionária Oriana Costa

Revisão: Pr. Wendell Costa





quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

O cuidado de Cristo com os iniciantes na fé.

No início do capítulo 18 do evangelho de Mateus, Cristo estava em sua casa com seus discípulos, em Carfanaum. Este é o momento que se segue logo após a conversa sobre o pagamento do imposto do templo, que finaliza o capítulo 17.

No trecho que vai do versículo primeiro ao décimo quarto, o Senhor Jesus Cristo ensina coisas importantes sobre como Deus trata pessoas que ainda estão no início da fé, as quais são, também, chamadas de "neófitos" pelo Apóstolo Paulo, em sua primeira carta dirigida a Timóteo (1Tm 3:6). 

Ao longo do texto, Cristo expõe quatro situações importantes: a primeira é que no Reino de Deus não há e não entra MALDADE; por isso, quem deseja fazer parte desse lugar precisa estar totalmente limpo (ou justificado) da presença do mal.

Lembrando que "maldade" (ou injustiça), segundo a realidade do Reino, é todo o conhecimento ou informação contrária aos preceitos da justiça de Deus, e que dentro do coração do homem tem a capacidade de fazê-lo transgredir tais preceitos. 

Enquanto crianças, os corações das pessoas geralmente estão ainda limpos com relação à maldade que opera no mundo (ainda que na carne ela já esteja presente). Então, eis aqui também mais um motivo pelo qual o Senhor falou aos seus discípulos que, para poder entrar em Seu Reino, é necessária uma "conversão" que leve as pessoas a serem como crianças.

Portanto, o Mestre explica, usando uma criança como exemplo, que quem deseja fazer parte do Reino de Deus precisa rejeitar todo o conhecimento advindo da maldade ao seu redor e também dentro de si, até que seu coração esteja como o de uma criancinha, que ainda não recebeu as informações que pervertem a justiça de Deus provenientes do mundo.

Ele diz: "...a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus."

A rejeição do conhecimento do bem e do mal (maldade) faz parte do processo da renovação do entendimento ou da mente, sobre o qual também o apóstolo Paulo explica em sua carta aos cristãos de Roma (Leia Romanos 12:2).

No entanto, esse processo só acontece de fato em quem experimenta o novo nascimento pela fé em Cristo Jesus. Quem não está verdadeiramente justificado (ou quem não é nascido dentro do Reino de Deus) jamais consegue rejeitar a operação da maldade, pois não conhece nem entende os princípios da justiça de Deus revelada por Cristo, tampouco compreende o poder e a autoridade provenientes dessa justiça perfeita.

O segundo ponto do ensino de Cristo é que no Reino de Deus há uma hierarquia entre as pessoas. Ele mostra que lá existe "alguém maior" e "alguém menor", em se tratando de poderio ou autoridade. E quem possui maior autoridade no Reino são aqueles que, enquanto estiveram na terra, foram pessoas HUMILDES.

Porém esta humildade sobre a qual o Senhor está falando não se trata de um status econômico, ou seja, não se refere à pobreza financeira, mas significa que o indivíduo esteve sempre disponível para servir os outros e para aprender e, especialmente, entendeu e se manteve submisso à autoridade de Deus.

Durante a infância, as pessoas normalmente estão mais abertas para serem corrigidas e para aprender e normalmente são submissas aos seus superiores (pais ou responsáveis). Foi por este motivo que Cristo disse que "o maior no Reino dos céus é quem se faz humilde como uma criança".

O Senhor Jesus aponta também uma terceira questão: receber uma criança que vem em nome dele é o mesmo que recebê-lo. Com isso, Ele está expondo duas situações especiais relacionadas ao início da fé cristã: a primeira é com relação às crianças que já creem em Jesus, e a segunda se relaciona a pessoas que somente depois da infância vieram a ter um encontro com Cristo, e ainda não entendem bem o Reino de Deus.

Os indivíduos que se encontram nesses estágios são vulneráveis à ação de pessoas mal intencionadas, pois ainda não têm maturidade no entendimento da justiça de Deus, podendo ser facilmente levados a receber doutrinas falsas, como se fossem vindas de Cristo. Infelizmente, sabemos que no meio do povo de Deus existem muitas pessoas que fingem estar na fé cristã, mas cujo propósito não é atrair as pessoas para Cristo e sim para si mesmas.

O Senhor Jesus avisa que todos os que fizerem tropeçar qualquer um desses, que ainda estão iniciando na fé receberão um juízo bem pesado, pois diz "melhor seria que amarrasse uma pedra de moinho ao pescoço e se afogasse nas profundezas do mar". O Mestre deixa claro que quem fizer mal a alguém que vem em Seu Nome, especialmente se forem neófitos, está ofendendo diretamente a Ele e é digno de um severo juízo.

Em outras traduções da Bíblia também pode ser achada a expressão "causar escândalo" ou a palavra "escandalizar" em vez de "fazer tropeçar". Ambas as proposições estão se referindo à mesma situação, que é afastar as pessoas de Deus, impedindo-as de conhecer e entender o Seu Reino, com ensinamentos que contrariam os princípios de sua reta justiça. Pessoas que agem dessa forma tanto estão tropeçando como também fazem os outros tropeçar, por não entenderem o Reino de Deus e a sua justiça.

Cristo diz, no entanto, que falsos mestres podem chegar a se arrepender de suas práticas, se alcançarem o entendimento do Reino de Deus de fato. Ele diz que, quando isso acontece, tais indivíduos precisarão abdicar daquilo que lhes alimenta o ego ou das coisas que satisfazem suas vaidades. Assim, o Senhor compara todas as motivações que levam os falsos mestres a agir com os membros de seus próprios corpos, como as mãos, os pés ou os olhos:

"Se a sua mão ou o seu pé o fizerem tropeçar, corte-os e jogue-os fora. É melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, ser lançado no fogo eterno. E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno." (Mateus 18:8-9)

Não é que, literalmente, um indivíduo que se arrependeu de atrair as pessoas para si tenha que tirar fora a mão ou o pé ou o olho; porém, o fato desse alguém confessar o seu pecado e abdicar da fama, do sucesso, do dinheiro e do poder que conseguiu enganando as pessoas – e aos quais já estava muito acostumado –, pode lhe fazer sofrer tanto quanto se tivesse arrancando um dos membros do seu corpo.

No versículo 10, Cristo toca em um quarto ponto que finaliza seu raciocínio: que estes pequeninos aos quais Ele se refere NÃO DEVEM SER DESPREZADOS. Como já vimos, os pequeninos são todos os indivíduos que ainda estão no início de sua fé e que não têm entendimento do Reino de Deus e da Sua justiça. Por causa disso, tais pessoas tanto podem ser facilmente enganadas como também podem se decepcionar facilmente com quaisquer situações, deixando de congregar.

Muitas vezes acontece desses indivíduos se afastarem e serem esquecidos ou desdenhados por aqueles que lideram as congregações. Os que se afastam, geralmente, são pessoas que adoecem ou estão se sentindo diminuídas por causa de algum pecado que não conseguem deixar de praticar; elas também podem estar tristes ou cansadas por causa de alguma tribulação que estejam passando, ou até magoadas ou indignadas, ou mesmo assustadas com alguma coisa que viram ou ouviram no meio eclesiástico, e então resolvem deixar de ir à igreja.

Ao deixarem de congregar, por estarem ainda sem o entendimento pleno do Reino de Deus e enfraquecidas na fé, tais pessoas voltam às suas antigas práticas mundanas ou se enveredam em novas situações que podem prendê-las nas trevas ainda mais do que antes. 

Então, o Senhor Jesus explica, através da parábola das cem ovelhas, que aqueles que estão responsáveis de cuidar desses indivíduos devem procurá-los e fazer o possível para reaproximá-los do convívio com seus irmãos, para que continuem aprendendo a Justiça de Deus e crescendo na fé verdadeira. 

Quem faz o trabalho pastoral deve ter em mente que as pessoas que ainda estão iniciando na fé precisam de um cuidado maior do que aquelas que já entendem bem o Reino. Deus as ama muito e não quer que nenhuma delas deixe de usufruir da perfeita realidade que Ele oferece a todos gratuitamente.

É claro que o nosso Criador conhece a situação de todas as lideranças. Certamente, Ele sabe quando alguém tem condições de resgatar um pequenino, mas não vai, e quando a situação não permitiria fazê-lo, ainda que, caso o fizesse, faria de bom grado.

Deus sabe todas as coisas e é justo para com todos. Ainda que os pastores de uma congregação não cheguem até às ovelhas feridas, em momentos de dificuldade, seja qual motivo for, o próprio Jesus irá ao encontro delas para socorrê-las e resgatá-las. No entanto, quem se omite de fazer sua parte tendo plenas condições de fazê-la, e não se arrepende disso a fim de corrigir seu erro, sofrerá as consequências de seus atos depois. 

Todos os que creem em Jesus são importantes para Ele, sem diferença. 


Texto: Missionária Oriana Costa

Revisão: Pr. Wendell Costa

Antes de escolher os Apóstolos - Parte 3.1 - O Sermão da montanha

Neste estudo vamos iniciar a análise de um dos momentos em que o Senhor Jesus começa a explicar com mais detalhes alguns princípios importan...