Para entendemos com clareza mais esta parábola de Jesus Cristo precisamos contextualizá-la, assim teremos ideia do que motivou o senhor a dizer tais palavras. Desta forma, aqui iremos observar o conteúdo que vai do versículo 34 do capítulo 14, ao versículo 20 do capítulo 15 do evangelho de Mateus.
No momento em que Cristo disse esta afirmação estava em Genesaré, local onde estava realizando muitos milagres de cura, e por isso estava cercado por uma grande multidão (Mateus 14:34-36). E, igualmente ao que acontecia em muitos outros locais de Israel por onde passava fazendo milagres e prodígios, Jesus também foi questionado pelos fariseus e mestres da lei daquele lugar.
Mas, desta vez, Ele não foi abordado pelos milagres que realizou ou demônios que provavelmente expulsou, mas porque seus discípulos estavam desonrando a TRADIÇÃO dos líderes religiosos "não lavando as mãos antes de comer" (Mateus 15:1,2).
Os fariseus e mestres da Lei tentaram persuadir Jesus a achar que Ele estava desrespeitando regras dadas por Deus aos israelitas, e ensinando seus discípulos a fazerem o mesmo. No entanto, eles não conseguiram enganar Jesus, pois este sabia que a prática de lavar as mãos com água (sem sabão) antes de comer fora criada pelos fariseus, e que nada tinha a ver com os mandamentos que especificavam os rituais de purificação contidos na Torah.
Lembrando que higienizar as mãos antes de comer é uma prática correta, pois ela nos previne de adoecer com parasitoses e outros tipos de enfermidades. No entanto, no contexto que estamos estudando, a prática da lavagem das mãos com água antes de comer não estava sendo usada visando a manutenção da saúde, mas, sim, estava sendo usada como uma tradição ou ritual religioso.
Então, nessa passagem do Novo Testamento percebemos que, para aqueles homens religiosos, cumprir somente o que estava escrito na Lei mosaica era insuficiente. Na concepção deles era como se Deus tivesse esquecido algo e somente o cumprimento daquelas ordenanças não bastasse para purificar e guiar os indivíduos. E, por conseguinte, eles se aproveitavam da boa fé das pessoas e ensinavam nas sinagogas "novos costumes", como se fossem sagrados.
Sabendo dessa postura dos fariseus e mestres da lei, ao ser questionado por eles com relação ao descumprimento da tradição dos líderes, Jesus os confrontou com as seguintes palavras:
"Por que vocês transgridem o mandamento de Deus por causa da tradição de vocês? Pois Deus disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’ e ‘quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado’. Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é uma oferta dedicada a Deus’, ele não é obrigado a ‘honrar seu pai’ dessa forma. Assim vocês anulam a palavra de Deus por causa da tradição de vocês." (Mateus 15:3-6)
Dizendo isso, Jesus lembrou aqueles homens que eles estavam descumprindo OS MANDAMENTOS DA LEI e ensinando os outros a fazerem o mesmo, ao criarem as novas regras deles. Portanto, aqueles religiosos estavam sendo hipócritas, pois chamaram a atenção de Jesus por não honrar a tradição deles, enquanto eles mesmos estavam desonrando a Deus ao desconsiderarem as suas ordenanças (cujo objetivo era lembrar e manter o povo de Israel preparado para a vinda de seu Justificador, o Messias!).
A realidade era que os fariseus e mestres da Lei estavam totalmente alheios aos reais objetivos dos mandamentos dados por Deus ao povo de Israel, apesar de os saberem decor, e por esse motivo os transgrediam. E por mais que Cristo explicasse a eles onde estavam falhando, eles não queriam ouvir e entender, pois achando-se muito sábios e ignorando a motivação real da obediência às ordenanças da Lei mosaica, estavam com os corações endurecidos, cheios de soberba e bem afastados de Deus.
Por esse motivo, Jesus falou o seguinte sobre eles:
"Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus 15:7-9)
"Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada. Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova." (Mateus 15:13,14)
Agora, vai aqui um alerta: essa situação descrita nos parágrafos anteriores está acontecendo da mesma maneira hoje, no meio cristão. Muitas pessoas tem sido enganadas por ensinos sutis (que o Apóstolo Paulo chama de doutrinas de demônios em sua primeira carta a Timóteo) provenientes de líderes e pregadores influentes que não enxergam ou não buscam entender o Reino de Deus através das escrituras.
Tais informações emitidas à igreja por essas pessoas famosas, na verdade, vão além daquelas passadas à igreja por Cristo ou simplesmente negam algumas partes do ensino de Cristo, fazendo com que os indivíduos que as recebem deixem de usufruir do fardo leve e do jugo suave da Justiça de Deus para se encherem de condenação e até de muitas dúvidas, ao honrarem preceitos criados por homens sem, no entanto, discernirem o que realmente estão fazendo.
Então, infelizmente, certas doutrinas que parecem vindas de Deus, na verdade estão fazendo as pessoas que alicerçam sua fé nelas pecarem contra o Criador, e atraírem para si o juízo previamente decretado por Ele sobre a operação da maldade, e que está devidamente exposto nas escrituras.
É muito importante que as pessoas que creram em Jesus pela anunciação da mensagem do evangelho entendam que o objetivo do ensino de Cristo para nós é nos tornar cientes do que é a maldade, sabendo onde ela está agindo e como discerní-la; dessa forma, teremos plenas condições de rejeitá-la e bloquear sua ação. Portanto, entender os princípios da Justiça de Deus através do ensino de Cristo e praticá-los é a única forma de andarmos neste mundo mal como verdadeiros filhos de Deus, e somente assim é que conseguimos anunciar o Seu Reino ao mundo com precisão, assim como o próprio Cristo o fez.
Retomando o raciocínio do nosso texto, logo após Cristo ter confrontado os fariseus, Ele pegou o gancho naquilo que tinha ouvido deles e se voltou para a multidão, ensinando às pessoas a seguinte parábola:
"E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi, e entendei: O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem." (Mateus 15:10,11)
Depois disso, conversando com o Senhor, seus discípulos lhe pediram que explicasse o significado daquelas palavras, ao que o Rei Jesus lhes disse:
"Até vós mesmos estais ainda sem entender? Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora? Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem." (Mateus 15:16-20)
Então, aqui o Rei Jesus nos mostra a diferença entre a realidade espiritual e a material, as quais nós, seres humanos, experimentamos diariamente e ao mesmo tempo: na material, os seres humanos se alimentam pela boca, depois os alimentos são processados pelo organismo e, em seguida, seus restos são lançados fora; na espiritual, os homens alimentam-se uns aos outros pelo conhecimento que sai de suas bocas, vindos de seus corações.
É importante lembrar que todo o conhecimento que recebemos, após entrar em nossas mentes especialmente por nossos olhos e ouvidos, desce aos nossos corações e passa a influenciar nossos pensamentos, sentimentos, os quais irão direcionar nossas ações.
Desta forma, se não renovarmos nossos entendimentos com o conhecimento da Justiça de Deus a fim de praticá-los, é o conhecimento da maldade, que já vem entrando sutilmente em nossos corações desde a nossa infância proveniente das circunstâncias do mundo, que vai influenciar nossos pensamentos e nossos desejos, pervertendo-os da verdade, e são estes que infelizmente vão embasar nossas ações.
Então, diante dessas duas realidades, o Senhor Jesus sempre dá ênfase à realidade espiritual, e com toda a razão: pois o homem foi criado a partir dela, e é a partir dela que ele é recompensado por viver de forma justa, ou recebe juízo por seus atos injustos. Portanto, espiritualmente, o que contamina os homens é o conhecimento da maldade que sai de suas bocas proveniente de seus corações.
Agora, depois de estudarmos o contexto do trecho bíblico que estamos focando, podemos entender o que estava acontecendo com os israelitas naquele momento do ministério de Jesus Cristo e porque Ele falou mais esta parábola: a maioria do povo estava sendo fortemente influenciada pelos fariseus e mestres da Lei nas sinagogas; aqueles líderes estavam contaminando as pessoas, alimentando-as espiritualmente com um conhecimento que aparentemente era bom, mas que fazia os indivíduos desobedeceram a Deus sem se darem conta.
Missionária Oriana Costa.
No momento em que Cristo disse esta afirmação estava em Genesaré, local onde estava realizando muitos milagres de cura, e por isso estava cercado por uma grande multidão (Mateus 14:34-36). E, igualmente ao que acontecia em muitos outros locais de Israel por onde passava fazendo milagres e prodígios, Jesus também foi questionado pelos fariseus e mestres da lei daquele lugar.
Mas, desta vez, Ele não foi abordado pelos milagres que realizou ou demônios que provavelmente expulsou, mas porque seus discípulos estavam desonrando a TRADIÇÃO dos líderes religiosos "não lavando as mãos antes de comer" (Mateus 15:1,2).
Os fariseus e mestres da Lei tentaram persuadir Jesus a achar que Ele estava desrespeitando regras dadas por Deus aos israelitas, e ensinando seus discípulos a fazerem o mesmo. No entanto, eles não conseguiram enganar Jesus, pois este sabia que a prática de lavar as mãos com água (sem sabão) antes de comer fora criada pelos fariseus, e que nada tinha a ver com os mandamentos que especificavam os rituais de purificação contidos na Torah.
Lembrando que higienizar as mãos antes de comer é uma prática correta, pois ela nos previne de adoecer com parasitoses e outros tipos de enfermidades. No entanto, no contexto que estamos estudando, a prática da lavagem das mãos com água antes de comer não estava sendo usada visando a manutenção da saúde, mas, sim, estava sendo usada como uma tradição ou ritual religioso.
Então, nessa passagem do Novo Testamento percebemos que, para aqueles homens religiosos, cumprir somente o que estava escrito na Lei mosaica era insuficiente. Na concepção deles era como se Deus tivesse esquecido algo e somente o cumprimento daquelas ordenanças não bastasse para purificar e guiar os indivíduos. E, por conseguinte, eles se aproveitavam da boa fé das pessoas e ensinavam nas sinagogas "novos costumes", como se fossem sagrados.
Sabendo dessa postura dos fariseus e mestres da lei, ao ser questionado por eles com relação ao descumprimento da tradição dos líderes, Jesus os confrontou com as seguintes palavras:
"Por que vocês transgridem o mandamento de Deus por causa da tradição de vocês? Pois Deus disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’ e ‘quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado’. Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é uma oferta dedicada a Deus’, ele não é obrigado a ‘honrar seu pai’ dessa forma. Assim vocês anulam a palavra de Deus por causa da tradição de vocês." (Mateus 15:3-6)
Dizendo isso, Jesus lembrou aqueles homens que eles estavam descumprindo OS MANDAMENTOS DA LEI e ensinando os outros a fazerem o mesmo, ao criarem as novas regras deles. Portanto, aqueles religiosos estavam sendo hipócritas, pois chamaram a atenção de Jesus por não honrar a tradição deles, enquanto eles mesmos estavam desonrando a Deus ao desconsiderarem as suas ordenanças (cujo objetivo era lembrar e manter o povo de Israel preparado para a vinda de seu Justificador, o Messias!).
A realidade era que os fariseus e mestres da Lei estavam totalmente alheios aos reais objetivos dos mandamentos dados por Deus ao povo de Israel, apesar de os saberem decor, e por esse motivo os transgrediam. E por mais que Cristo explicasse a eles onde estavam falhando, eles não queriam ouvir e entender, pois achando-se muito sábios e ignorando a motivação real da obediência às ordenanças da Lei mosaica, estavam com os corações endurecidos, cheios de soberba e bem afastados de Deus.
Por esse motivo, Jesus falou o seguinte sobre eles:
"Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus 15:7-9)
"Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada. Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova." (Mateus 15:13,14)
Agora, vai aqui um alerta: essa situação descrita nos parágrafos anteriores está acontecendo da mesma maneira hoje, no meio cristão. Muitas pessoas tem sido enganadas por ensinos sutis (que o Apóstolo Paulo chama de doutrinas de demônios em sua primeira carta a Timóteo) provenientes de líderes e pregadores influentes que não enxergam ou não buscam entender o Reino de Deus através das escrituras.
Tais informações emitidas à igreja por essas pessoas famosas, na verdade, vão além daquelas passadas à igreja por Cristo ou simplesmente negam algumas partes do ensino de Cristo, fazendo com que os indivíduos que as recebem deixem de usufruir do fardo leve e do jugo suave da Justiça de Deus para se encherem de condenação e até de muitas dúvidas, ao honrarem preceitos criados por homens sem, no entanto, discernirem o que realmente estão fazendo.
Então, infelizmente, certas doutrinas que parecem vindas de Deus, na verdade estão fazendo as pessoas que alicerçam sua fé nelas pecarem contra o Criador, e atraírem para si o juízo previamente decretado por Ele sobre a operação da maldade, e que está devidamente exposto nas escrituras.
É muito importante que as pessoas que creram em Jesus pela anunciação da mensagem do evangelho entendam que o objetivo do ensino de Cristo para nós é nos tornar cientes do que é a maldade, sabendo onde ela está agindo e como discerní-la; dessa forma, teremos plenas condições de rejeitá-la e bloquear sua ação. Portanto, entender os princípios da Justiça de Deus através do ensino de Cristo e praticá-los é a única forma de andarmos neste mundo mal como verdadeiros filhos de Deus, e somente assim é que conseguimos anunciar o Seu Reino ao mundo com precisão, assim como o próprio Cristo o fez.
Retomando o raciocínio do nosso texto, logo após Cristo ter confrontado os fariseus, Ele pegou o gancho naquilo que tinha ouvido deles e se voltou para a multidão, ensinando às pessoas a seguinte parábola:
"E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi, e entendei: O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem." (Mateus 15:10,11)
Depois disso, conversando com o Senhor, seus discípulos lhe pediram que explicasse o significado daquelas palavras, ao que o Rei Jesus lhes disse:
"Até vós mesmos estais ainda sem entender? Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora? Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem." (Mateus 15:16-20)
Então, aqui o Rei Jesus nos mostra a diferença entre a realidade espiritual e a material, as quais nós, seres humanos, experimentamos diariamente e ao mesmo tempo: na material, os seres humanos se alimentam pela boca, depois os alimentos são processados pelo organismo e, em seguida, seus restos são lançados fora; na espiritual, os homens alimentam-se uns aos outros pelo conhecimento que sai de suas bocas, vindos de seus corações.
É importante lembrar que todo o conhecimento que recebemos, após entrar em nossas mentes especialmente por nossos olhos e ouvidos, desce aos nossos corações e passa a influenciar nossos pensamentos, sentimentos, os quais irão direcionar nossas ações.
Desta forma, se não renovarmos nossos entendimentos com o conhecimento da Justiça de Deus a fim de praticá-los, é o conhecimento da maldade, que já vem entrando sutilmente em nossos corações desde a nossa infância proveniente das circunstâncias do mundo, que vai influenciar nossos pensamentos e nossos desejos, pervertendo-os da verdade, e são estes que infelizmente vão embasar nossas ações.
Então, diante dessas duas realidades, o Senhor Jesus sempre dá ênfase à realidade espiritual, e com toda a razão: pois o homem foi criado a partir dela, e é a partir dela que ele é recompensado por viver de forma justa, ou recebe juízo por seus atos injustos. Portanto, espiritualmente, o que contamina os homens é o conhecimento da maldade que sai de suas bocas proveniente de seus corações.
Agora, depois de estudarmos o contexto do trecho bíblico que estamos focando, podemos entender o que estava acontecendo com os israelitas naquele momento do ministério de Jesus Cristo e porque Ele falou mais esta parábola: a maioria do povo estava sendo fortemente influenciada pelos fariseus e mestres da Lei nas sinagogas; aqueles líderes estavam contaminando as pessoas, alimentando-as espiritualmente com um conhecimento que aparentemente era bom, mas que fazia os indivíduos desobedeceram a Deus sem se darem conta.
Missionária Oriana Costa.