Pois o Reino dos céus é como um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha. Por volta das noves hora da manhã, ele saiu e viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram. Saindo outra vez, por volta do meio dia e das três horas da tarde e nona, fez a mesma coisa. Saindo por volta da cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês estiveram aqui desocupados o dia todo?’ ‘Porque ninguém nos contratou’, responderam eles. Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha’" (Mateus 20:1-7)
Ora, o Senhor Jesus conta essa história para explicar o porquê de "muitos primeiros serem últimos e muitos últimos serem primeiros", frase que usou para finalizar o raciocínio de sua fala aos discípulos, no momento após a conversa com o jovem rico (Mateus 19:30).
O ponto principal dessa parábola é mostrar que parâmetros o nosso Criador irá usar como base para recompensar os que Ele chama para trabalhar na anunciação de Seu Reino. De acordo com o desenrolar da história, o Rei Jesus irá iniciar essa tarefa com os que foram chamados por último, ou seja, os que foram chamados próximos da sua segunda vinda:
Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros’. Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. (Mateus 20:8-10)
Enquanto falava aos discípulos, antes de começar a contar essa parábola, o Mestre disse o seguinte:
Digo-lhes a verdade: Por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna. Contudo, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros. (Mateus 19:28-30)
Assim sendo, o maior galardão oferecido no Reino de Deus para os que são chamados a anunciá-lo ao mundo é aquele prometido aos doze apóstolos, que iniciaram a Obra: se estabelecer para sempre ao lado do Rei Jesus para julgar todas as coisas, e isso também quer dizer que eles terão acesso às riquezas das quais o Senhor usufrui.
Aos apóstolos (que eram israelitas) a promessa foi de que eles julgariam as doze tribos de Israel. Aos gentios, portanto, a promessa é similar, onde os eleitos irão julgar as pessoas de suas respectivas nações. Dessa maneira, a justiça de Deus, que se cumpre de acordo com o que de antemão foi estabelecido pelo Pai e não funciona baseada em aparências, será executada sem erro. Por isso, na parábola, a história se desenrola assim:
Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’. Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?’ Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos. (Mateus 20:11-16)
Agora, por que o Senhor irá começar recompensando os que foram chamados por último até chegar nos apóstolos? A resposta é que, quanto mais se passa o tempo, maior o grau de dificuldade de se professar a fé cristã, devido ao aumento da maldade sobre a face da Terra. A situação ficará num nível que será impossível a prática pública da fé genuína em todo o mundo.
O que já acontece hoje em determinados países, onde milhares de cristãos são perseguidos e muitos são assassinados por causa de sua fé, vai, aos poucos, se transformar na realidade de todo o planeta, à medida que se aproxima o dia da segunda volta de Jesus.
No entanto, essa circunstância que atingirá um ponto bem crítico para os cristãos em todo o mundo não durará muito, conforme predisse o Cristo, pois o Pai abreviará esse tempo:
Haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. Se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados. (Mateus 24:21,22)
Portanto, os que forem chamados no ápice da grande tribulação serão os primeiros a serem recompensados. Lembrando que essa recompensa é para os que atendem ao chamado feito pelo Pai para trabalhar na anunciação do Reino, assim como os Apóstolos fizeram, iniciando a igreja sobre a terra. Ele é justo, então quem não atende ao chamado não perde a salvação, porém fica de fora dessa lista de recompensa.
Obs.: O denário era a moeda romana que equivalia a 10 Asses (moeda israelita).
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