sexta-feira, 20 de março de 2020

Série meditando no Salmo 119: versículos 71,72 e 73.

No versículo 71 no trecho dessa postagem, vemos repetir-se o mesmo raciocínio do versículo 67 deste mesmo salmo: sem o "castigo" de Deus não conseguimos viver plenamente sua reta justiça (leia a explicação de como se dá o castigo de Deus aqui no blog, no texto de título: "Série meditando no Salmo 119: versículos 67 e 68").

Muitas vezes precisamos ser confrontados pelo nosso Criador para entender que estamos errados, e, desta forma, finalmente enxergar que viver conforme a justiça dele é o melhor para nós, pois nos livra da ação da maldade e nos mantém em paz.

O salmista, nesse trecho, relata que para ele os decretos ou mandamentos de Deus (Sua Justiça) são mais valiosos que prata e ouro. E ele não diz isso à tôa: pois foi por esses decretos que Deus criou todas as coisas em nosso universo material, incluindo a prata, o ouro, e a nós mesmos.

Então, obviamente, a reta Justiça de Deus é muito mais valiosa do que tudo o que há no universo, visto que é por causa dela que ele existe e funciona.

E, existe ainda um detalhe sobre a Justiça de Deus, apontado também aqui nesse trecho do salmo 119, que talvez pouca gente tenha conseguido perceber: os "mandamentos" da Justiça de Deus aos quais o salmista está se referindo não são os "mandamentos que foram entregues a Moisés"! É isso mesmo que você está lendo!

Os mandamentos da Justiça de Deus são aqueles pelos quais Deus criou todas as coisas e que foram devidamente revelados por Cristo. Essas leis e regras são geradoras de vida, e não de condenação; do contrário, o apóstolo Paulo de Tarso não teria dito estas palavras:

"Sabemos que tudo o que a lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à lei, pois é mediante a lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado. Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem." (Romanos 3:19-22)

A Lei dada por Deus através de anjos a Moisés era para que o povo de Israel se mantivesse consciente, com passar do tempo, de que precisava de uma justificação (santificação) que só o seu Criador poderia lhe dar.

Logo no início dos evangelhos, no sermão da montanha, observarmos que Jesus Cristo expõe algumas diferenças entre os mandamentos da Lei de Moisés e os mandamentos da justiça eterna:

"Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado". "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos." (Mateus 5:38-45)

Então, para nós cristãos, é muito importante ter consciência dessa realidade, pois é de posse desse conhecimento que somos livrados de pensamentos equivocados acerca do nosso Criador e também somos capacitados a anunciar as boas novas de Seu Reino com clareza.

Missionária Oriana Costa.


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