quinta-feira, 28 de junho de 2018

Experiências ministeriais

Tudo começou há alguns anos atrás, quando eu e meu esposo entregamos nossas vidas a Jesus. Foi a melhor decisão de nossas vidas, nós realmente provamos do amor de Deus e estamos tendo experiências incríveis com o Senhor Jesus até agora.

Aconteceram muitas mudanças, muitas vezes nós fomos quebrantados, e de fato até hoje ainda estamos nos arrependendo dos erros que cometemos e aprendendo a ser mais parecidos com Cristo.

No decorrer desse processo de conversão das nossas almas, que se iniciou no momento em que deixamos Jesus entrar em nossos corações, iniciamos um crescimento no conhecimento do Reino de Deus e começamos a receber do Senhor muitas bençãos; também recebemos dons que nos ajudam a trabalhar na anunciação da mensagem de salvação e também a servir nos trabalhos eclesiásticos, colaborando na manutenção da fé verdadeira em Cristo Jesus entre os irmãos até sua volta.

No entanto, como nós não somos perfeitos e as demais pessoas que fazem parte da igreja também não são, muitas provas acontecem durante o percurso desse trabalho. Nós enfrentamos muitos desafios, situações difíceis e angustiantes; alguns sofrimentos foram tão pesados que nos levaram a diminuir ou parar algumas de nossas funções até que estivéssemos totalmente recuperados para continuar seguindo em frente.

Nós sabemos pelas escrituras bíblicas que ao entrarmos no Reino de Deus pela fé em Jesus Cristo nos tornamos herdeiros da vida eterna e, apesar de qualquer sofrimento que venhamos passar durante o tempo que estamos aqui, não temos mais nada a perder, pois não pertencemos mais a este mundo e TODAS AS COISAS  SEMPRE VÃO CONTRIBUIR PARA O NOSSO BEM. Isso quer dizer que, se o nosso coração não mais nos condena diante do nosso Criador (pois ainda que cometamos erros, há um arrependimento sincero e mudança de atitude que nos adequa à justiça do Reino do qual fazemos parte) o Senhor converte tudo em benção e vai nos conduzindo em paz.

Realmente, para aqueles que vivem a realidade da redenção, não há mais nada a perder neste mundo. Porém, apesar de estarmos cientes disso, sempre nos momentos de dificuldades acabamos esquecendo da perfeita realidade espiritual à qual pertencemos, e ficamos abatidos ou entristecidos, com a sensação de que estamos perdendo alguma coisa ou que não somos capazes de continuar o trabalho que começamos.

Nós ficamos entregues aos nossos sentimentos quando não lembramos o que Cristo fez por nós, em qual lugar habitamos espiritualmente e quem realmente somos agora. Nos primeiros anos do nosso processo de crescimento na fé, meu marido e eu passamos por esses momentos de vulnerabilidade diversas vezes; hoje, graças à firmeza que já alcançamos devido ao entendimento correto das escrituras concedido a nós pelo nosso amado Pai, não estamos mais tão vulneráveis.

Certamente Cristo sabe das nossas fraquezas e sonda nossos corações; ele conhece nossas limitações e sabe até onde nós podemos ir. De fato, ele não deseja nosso sofrimento, e sim quer que demos frutos provenientes da justiça de seu Reino; e esses frutos nós damos quando obedecemos a sua palavra e ao chamado dele para nossas vidas.

Uma das primeiras coisas que aprendemos na igreja é que ela é perfeita espiritualmente, mas fisicamente é formada de pessoas imperfeitas, e nem todas estão interessadas em ficar parecidas com Cristo ou se adequarem à justiça de seu Reino. E essa é uma realidade da qual participamos diariamente e não temos como fugir, e que nos obriga a aprender a paciencia e a pratica da pacificação, sem, no entanto, deixarmos de exortar nossos irmãos quando necessário e sermos também exortados por eles quando erramos em alguma coisa.

No início, achávamos que todos os crentes eram pessoas totalmente perfeitas e que especialmente os pastores eram infalíveis em seu procedimento. Nós ficávamos indignados quando víamos irmãos na fé ou as lideranças das congregações onde participávamos não se portarem sempre conforme aquilo que entendíamos ser o correto, segundo o conhecimento das escrituras que havíamos adquirido.

Com o tempo começamos a perceber que nós mesmos somos falhos e que precisamos da ajuda do Senhor para poder deixar de agir conforme nossa carne e passar a agir pelo novo espírito recriado em Cristo que recebemos. Até hoje estamos sendo confrontados pela palavra por causa das nossas imperfeições e tendo que nos arrepender das nossas faltas perante o nosso Deus.

Um tempo depois que decidimos adequar nossas almas à justiça do Reino, começamos a entender que nossa carne não se converteria jamais à retidão desse maravilhoso lugar e que ela precisava ser mantida cativa pelo conhecimento dessa justiça, se realmente quiséssemos viver como verdadeiros cidadãos do Reino de Deus nesse mundo.

Aprendemos que a conversão das nossas almas na realidade material se dará durante toda a nossa permanência nela, e que muitas vezes vai se mostrar um processo dolorido. Mas, apesar de ser sofrida, a conversão à justiça do Reino de Deus é totalmente benéfica e necessária, conforme o Senhor nos ensina por sua palavra. É muito bom quando podemos enxergar onde estamos errando e podemos mudar nossas condutas, confirmando e tornando visível aos que nos rodeiam a graça da justificação que foi concedida à humanidade espiritualmente; e essa oportunidade única e preciosa nos foi dada pelo Pai através do incrível e incomparável sacrifício de Jesus. A honra e a glória sejam dadas a ele para sempre por essa graça tamanha.

Então, até aqui relatei de maneira superficial o que todas as experiências que passamos nas várias congregações evangélicas cristãs das quais participamos nos fizeram aprender. Ao contrário do que acontece com algumas pessoas, as dificuldades e sofrimentos nos impulsionaram a continuar buscando a Deus em vez de parar totalmente essa busca.

É claro que muitas vezes (falo por mim mesma) pensei em desistir de congregar diante das decepções que passei, mas, quando analisava minha vida percebia que o mundo não poderia mais me satisfazer como antes e que convivendo com meus irmãos na fé, ainda que eu soubesse que muitas vezes iria sofrer, tanto por causa de meus próprios defeitos e limitações como por causa dos outros, aquilo era o ideal par mim. Somente fazendo parte da igreja do Senhor Jesus eu sou realmente útil em sua obra, por causa dos dons que ele me deu para cumprir as tarefas para as quais ele mesmo me chamou.

Agora vou pontuar alguns casos que de uma forma ou de outra, serviram de alerta e de fator de aprendizado em alguma área das nossas vidas.

Nessas mais de duas décadas de caminhada com Jesus que vivenciamos, vimos irmãos das igrejas que congregamos entrarem em processos depressivos (no qual estão há muitos anos), desistirem de seus casamentos e também desistirem da fé.

Quando falo em irmãos que se entregaram à depressão, desistiram de seus casamentos e/ou abandonaram a fé cristã, não falo de pessoas que estavam nos bancos somente assistindo aos cultos, mas falo daquelas que PARECIAM ESTAR FIRMES NO CONHECIMENTO DA VERDADE QUE LIBERTA e que ministraram profundamente em nossas vidas, falo de indivíduos que nos impactaram e foram instrumentos preciosos nas mãos do Pai para auxiliar no nosso crescimento espiritual; pela forma como aquelas pessoas eram usadas, nós não poderíamos de maneira alguma imaginar que um dia elas se deixariam levar por crises emocionais, optariam por se separarem de seus cônjuges, ou mesmo deixariam o convívio com os irmãos para voltarem a viver longe de Deus.

Hoje percebemos que aquelas pessoas ainda não estavam firmes na fé como aparentavam e que precisavam conhecer mais ao Senhor e serem tradadas; foram líderes, ministros de louvor, diáconos, discipuladores, dentre outros que serviam de forma intensa no meio eclesiástico. Não sei como estão vivendo agora, mas, espero sinceramente que aqueles que caíram em estado depressivo se recuperem e voltem a trabalhar na obra dando o seu melhor, que aqueles que dividiram suas famílias possam se arrepender sinceramente e não voltem a fazer isso de novo (se deram início a outras), e aqueles que se afastaram da igreja e deixaram de perseverar na fé possam fazer as pazes com o Senhor novamente.

Vimos também certos irmãos dando espaço para a operação de espíritos malignos ou aceitando doutrinas diabólicas como se fossem vindos de Deus. Isso nos indignou e nos entristeceu muito. Meu marido e eu, inclusive, pudemos experimentar o que é estar num ministério onde as lideranças aparentam serem tementes a Deus, mas, na verdade, estão distorcendo a palavra dele e seguindo suas próprias paixões.

No início não conseguíamos perceber o espírito de engano, por causa do nosso pouco conhecimento das escrituras, mas, meses depois de uma convivência intensa com tais pessoas (que gerou dúvidas e nos fez sentir uma certa instabilidade espiritual, de tal maneira que nos impulsionou a orar especificamente sobre isso), tivemos nossos olhos abertos pelo Senhor e nos arrependemos profundamente de termos concordado com algumas das perversões da justiça de Deus que eles nos estavam ensinando.

Por causa do nosso envolvimento com tal ministério, nosso casamento quase acabou. Esse sofrimento nos vacinou para que mais tarde pudéssemos discernir com rapidez trabalhos ou lideranças que se diziam cristãos, mas não estavam em aliança com Cristo. 

Enfim, no meio de tantas experiências, a que mais me marcou, e creio que marcou também toda a família, foi a experiência pastoral. Liderar duas igrejas em dois locais distintos do RN foi realmente algo desafiador e diferente de tudo o que já tínhamos passado até aquele momento; foram seis anos de muito aprendizado e crescimento em todas as áreas das nossas vidas.

Coisas que até então eu apenas sabia de ouvir falar, eu vi diante dos meus olhos. Conheci as rotinas de pessoas carentes; vi de perto o sofrimento delas, como percebi que assim como há soberba e egoísmo entre as pessoas de melhor condição financeira, também essas duas coisas existem nos corações de muitos daqueles que passam necessidade.

As igrejas que pastoreamos estavam em locais onde haviam pessoas de vários níveis sociais, mas a maioria dos frequentadores eram pessoas de baixa renda, até porque os locais onde estávamos estabelecidos não tinham muito conforto e beleza exterior: essa condição atraía o público mais carente.

Por sermos pastores, participávamos das vidas das pessoas mais ativamente; ficávamos sabendo de problemas pessoais e de muitas situações difíceis que as pessoas enfrentavam sem terem como resolvê-las a curto prazo. Nós sofríamos juntos com elas, e eu particularmente, pois, no início, não me acostumava com o fato de ver as pessoas necessitadas e somente orar por elas: eu tinha que fazer algo para ajudá-las, e quando eu não podia agir ficava profundamente entristecida. Tive que me acostumar com a realidade de que não poderia ajudar a todos, e entendi finalmente que o único que pode fazer isso é Deus.

Separamos brigas, fizemos reconciliação entre pessoas intrigadas umas com as outras, ajudamos casais a não desistirem de seus matrimônios, doamos roupas, alimentos, remédios e até dinheiro para pagar o gás e contas de água e luz vencidas dos irmãos. Aconselhamos muitos em situações difíceis a fim de ajudá-los a tomar decisões que protegessem suas vidas e preservassem a paz de seus lares; e vimos também alguns irmãos partirem para o merecido descanso do Senhor.

Muitas vezes precisamos chamar a atenção dos irmãos que agiam movidos por seus sentimentos ou viviam ao sabor das circunstâncias, em vez de atentarem para o que Cristo ensinou. Uns ouviam e consideravam, outros não. Presenciamos milagres maravilhosos de cura e provisão acontecerem, como também pessoas recebendo juízo sobre ações que cometeram insensatamente, sem atentarem para os conselhos e ensino que estavam recebendo à luz da palavra.

Considero que toda essa vivência foi uma faculdade especial que o Senhor nos ajudou a entrar e frequentar para que aprendêssemos coisas que fora dela jamais teríamos aprendido. Durante esse tempo de liderança corrigimos pessoas usando a palavra de Deus, como também fomos confrontados por ela. Não estávamos imunes ao quebrantamento, porque somos seres humanos falhos como qualquer outra pessoa; apesar de termos um pouco mais de conhecimento que as pessoas com as quais estávamos lidando, também tínhamos defeitos que precisavam ser corrigidos e só o Senhor poderia fazer esse trabalho, pois ele vê o que os outros não estão vendo e age de forma que os outros não podem agir: ele nos criou e é infinitamente sábio e poderoso.

Conforme as situações iam acontecendo, Cristo ia me apresentando detalhes da minha própria vida que eu desconhecia, e então passei a enxergar defeitos e limitações que não sabia ou não entendia que tinha. Quando chegou o tempo de encerrar o trabalho pastoral, em 2016, eu já estava exausta: e quem ao final de uma faculdade inteira não está? Então, foi penoso fechar aquelas duas congregações e encerrar os trabalhos naqueles dois locais em definitivo, mas, tivemos que fazê-lo, para o nosso próprio bem e para o bem daqueles que estavam debaixo das nossas lideranças.

Não tínhamos quem nos substituísse e especialmente eu necessitava parar naquele momento para buscar tratamento médico, pois minha saúde precisava de reparos devido à sobrecarga mental e emocional que enfrentei durante aqueles anos. Se continuássemos, muito provavelmente minha situação de saúde iria piorar e quando eu estivesse afastada precisando de cuidados, meu esposo também não ia poder pastorear devidamente; sem pastores presentes, os trabalhos teriam que ser parados por um longo tempo de qualquer forma e as pessoas iam precisar procurar outras congregações para não ficarem dispersas e esfriarem na fé.

De qualquer maneira, o próprio Deus nos deixou cientes que não reabriríamos as congregações, e que após meu tratamento retomaríamos o chamado itinerante que tínhamos antes de assumir o pastoreio das duas igrejas. Enfim, tudo acabou bem e cada um seguiu seu caminho, atendendo cada qual o chamado do Senhor para suas vidas. O trabalho foi intenso, desgastante, sofrido mesmo, mas valeu à pena. Vidas foram edificadas em Cristo, almas foram salvas e libertas da escravidão do pecado. Agradeço imensamente ao Senhor por tudo isso e peço que ele me capacite a continuar enfrentando os desafios da nova chamada ministerial. 

       


--------------------- continua em breve-----------------

terça-feira, 12 de junho de 2018

Já ouviu falar do Reino de Deus? - Parte 2

Na primeira parte desse texto informativo sobre o Reino de Deus observamos sua existência na dimensão eterna, suas características como nação independente e soberana sobre as demais nações que conhecemos na terra, e iniciamos uma explicação sobre como fazemos para adquirir a cidadania nesse lugar.

Agora vamos conhecer um pouco mais sobre a aquisição da cidadania no Reino observando outros pontos importantes, que vão proporcionar um maior entendimento no que se refere ao empoderamento de tal cidadania.

Como vimos no texto anterior, para ser um cidadão do Reino de Deus é preciso literalmente NASCER lá, e, inclusive, esta é a única forma de entrar lá. Em nosso mundo material, podemos sair e entrar de outros países apresentando um passaporte (em alguns casos com devida autorização: o visto), e adquirir cidadania em outras nações diferentes daquelas onde nascemos ao cumprirmos os requisitos estabelecidos pelas leis de cada uma. 

Porém, nascer dentro do melhor de todos os lugares (um evento chamado por Jesus de "nascer de novo", ou "novo nascimento") se tornou possível graças ao acordo especial firmado entre o Criador e toda a humanidade através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. 

A cidadania no Reino de Deus, após adquirida, passa a ser ANTERIOR à cidadania no mundo; ela é considerada a primeira cidadania de alguém, pois o Reino de Deus foi concebido antes da nossa realidade material ser criada - esse foi o lugar de onde o nosso universo e tudo quanto há nele vieram.

Seguindo um protocolo único e simples, mas necessário, podemos ser justificados e posteriormente nascer no Reino, ser afiliados ao Pai Criador e ser seus herdeiros ou "herdeiros da vida eterna".

A legalização da cidadania no Reino de Deus não exige nenhum pagamento em dinheiro, como também não vai exigir o pagamento de nenhum imposto ou taxa mensal para a manutenção do lugar. O Reino de Deus é mantido pela palavra do Criador, que se manifesta pelo poder de sua autoridade e soberania.

Ao nascermos no Reino de Deus, automaticamente nós passamos a ser seus representantes enquanto estamos na terra, e sabendo que a realidade desse lugar é totalmente diferente da nossa realidade terrena. Porém, sendo cidadãos do Reino, devemos estar submissos às suas leis em primeiro lugar, e isso significa obedecer às ordens e instruções do Rei Jesus no que se refere à maneira como devemos nos comportar entre nossos concidadãos e também entre aqueles que não fazem parte do Reino, para que especialmente os que não conhecem o lugar saibam que realmente agora pertencemos a essa maravilhosa nação, e que ela é sim tão REAL quanto todo o nosso universo físico.

O protocolo para se nascer no Reino de Deus consiste em declarar, na presença de uma ou mais testemunhas (que já sejam cidadãs do Reino de Deus) a fé no Senhor Jesus Cristo, aceitando o seu governo sobre si e aceitando também a justificação disponibilizada por ele a toda humanidade, acordo este que limpa totalmente a quem a ele aderir de toda transgressão à justiça de Deus. Portanto, é o cumprimento desse requisito que nos faz nascer ali.

Essa declaração falada deve em seguida ser confirmada com um rápido mergulho em água (em qualquer lugar que tenha água onde se possa mergulhar e submergir em segurança). No entanto, essa parte do protocolo, se não puder ser cumprida por motivo de força maior, não invalida a declaração falada diante de uma ou mais testemunhas, que é o principal ponto a se cumprir.

Após essa declaração e confirmação de fé, o indivíduo deve sempre lembrar que aderiu a esse acordo participando de uma ceia junto com outros cidadãos do Reino de Deus (chamados também de irmãos em Cristo). A ceia é um ato simbólico (executada com um pequeno pedaço de pão e um pouco de suco de uva), que não é uma refeição: apenas serve para confirmar que foi estabelecido um acordo eterno através da morte e ressurreição de Cristo, até que Ele retorne e seja visto pelas nações da terra, assim como prometeu.

O mandamento da ceia não deve ser quebrado para a nossa própria proteção, pois ele está sempre nos trazendo à memória a realidade eterna à qual pertencemos e ainda não estamos vendo com nossos olhos naturais; por não podermos vê-la ainda, somos sempre levados a esquecer dela pelos entretenimentos da vida na terra, e assim, ficarmos à mercê das situações ao nosso redor, deixando de usufruir da boa, agradável e perfeita vontade de Deus para nós. 

É importante que a ceia (também chamada de "Santa ceia") seja feita pelo menos uma vez por mês, pois através dela trazemos à memória a validade e o cumprimento desse acordo ou aliança, até que o tempo da permanência dos cidadãos do Reino de Deus na terra termine e todos sejam levados de volta definitivamente para seu lugar de origem (esse evento é chamado também de "arrebatamento").

Existem muitos ajuntamentos de pessoas que decidiram se tornar cidadãs do Reino de Deus, cada um com um nome em particular (dentre cristãos católicos e evangélicos) de acordo com os costumes locais e também de acordo com o entendimento que possuem das escrituras bíblicas. Então, quando alguém entende a mensagem do Reino de Deus e decide se tornar um cidadão de lá, deve procurar um desses ajuntamentos e aderir ao acordo com Deus publicamente.

Também é importante que o ajuntamento de pessoas procurado esteja obedecendo fielmente ao protocolo para a legalização da cidadania no Reino de Deus citado acima, ou tais pessoas não estarão em unidade com o Rei Jesus Cristo; não estar em unidade com Cristo implica numa grave transgressão contra a justiça de Deus, o que levará essas pessoas a serem julgadas por suas obras, e isso é condenação certa!

É bom lembrar que mesmo após aceitar a Cristo como seu único e suficiente salvador, o indivíduo ainda pode pecar involuntariamente, por  não conseguir impedir o tempo todo a influência de sua carne, que ainda está separada de Deus. E, por isso, se alguém não tiver a justificação dada gratuitamente por Cristo e for julgado por suas obras, será fatidicamente condenado, e perderá o direito à entrada no Reino por descumprir os mandamentos imutáveis e perfeitos da justiça de Deus.

As informações sobre o Reino de Deus contidas neste texto são verdadeiras e confiáveis; elas estão acessíveis para todos no Novo Testamento da Bíblia Sagrada cristã.

Missionária Oriana Costa

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Você já tem Jesus no coração?

(Testo repostado!)

Nesses 23 anos de caminhada na fé, enquanto evangelizo, tenho ouvido muito a frase "já tenho Jesus no meu coração", quando pergunto se a pessoa deseja aceitar Jesus Cristo como seu Senhor e suficiente salvador, depois que a palavra de Deus e as boas novas do Reino são anunciadas.

O Brasil é considerado um país cristão, pois a maioria dos habitantes se declara católica ou evangélica. Contudo, dizer que é católico ou evangélico não confirma que Cristo está mesmo dentro do coração de alguém. 

A maioria das pessoas que dizem "já tenho Jesus em meu coração" não o conhecem de fato; e isso é bem simples de notar, pois uma boa parte delas nem sequer sabe realmente porque Jesus teve que morrer crucificado e ressuscitar em seguida, quando abordadas sobre o assunto, por exemplo.

De fato, muitos são cristãos por causa da tradição cultural, e nem sequer acreditam que o conteúdo bíblico é verdadeiro e que Jesus Cristo realmente EXISTE

Muitos desconhecem que Deus é UMA PESSOA e ESTÁ VIVO, algo que está claramente expresso nas escrituras (leia Jó 19:25 e Atos 10:38-43); desconhecem também que para Ele estar dentro do coração de alguém, ou fazer parte da vida de alguém, é necessário seguir um "protocolo". Ele é simples, contudo, se não for feito, de maneira alguma Jesus Cristo poderá entrar no coração de um indivíduo. Este importante protocolo está devidamente publicado nas escrituras bíblicas e falarei sobre ele a seguir.

Precisamos ter o conhecimento de que Deus não trabalha aleatoriamente, ou movido por aparências e sentimentos. Ele estabeleceu alianças ou acordos com os homens, que tem como base leis e regras para cada caso dentro desses "contratos", e estas leis e regras são cumpridas à risca por Ele. De fato, Ele não age sem cumprí-las. Foi assim na Antiga Aliança (ou Antigo Testamento), e está sendo assim na Nova (Novo Testamento).

E é aí onde mora o problema! A maioria das pessoas que dizem ter Jesus dentro de seus corações não conhecem estes acordos e nem cumprem nenhum deles; elas são apenas SIMPATIZANTES de Jesus Cristo, e não SALVAS/REMIDAS por Ele e SUBMISSAS a Ele, ou ainda, não são HERDEIRAS DA VIDA ETERNA.

Segundo a nova aliança estabelecida entre Deus e os homens, o Senhor Jesus Cristo só se encontra nos corações das pessoas que o aceitaram como Rei (ou Único Senhor, ou Principal Governo) sobre suas vidas e como Salvador (ou redentor/justificador) diante do Pai, tendo declarado conscientemente essa condição perante alguma testemunha ou em público!

Claro, que, podem acontecer situações onde o sujeito não declarou Jesus Cristo seu Senhor e Salvador diante de testemunhas físicas, mas, ACREDITOU n'Ele e fez isso em pensamento após ter tido contato com a mensagem de salvação antes de morrer, por exemplo, num leito de hospital ou em uma outra condição onde não tivesse como falar com alguém, ou não pudesse falar. Nesse caso, as testemunhas são o Espírito de Deus e os anjos d'Ele. O Pai leva isso em consideração também, e aceita a confissão, se for feita de todo o coração.

O primeiro acordo estabelecido por Deus com os homens (chamado de Antiga Aliança) foi feito entre Deus e Abrão, e a adesão a esta primeira aliança exigia o cumprimento do seguinte protocolo:

"Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade o Senhor lhe apareceu e disse: Eu sou o Deus Todo-poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro. (...) Não será mais chamado Abrão; seu nome será Abraão, porque eu o constituí pai de muitas nações.(...) Esta é a minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês. Da sua geração em diante, todo menino de oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem descendentes de vocês. Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que ser circuncidados. Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança perpétua. Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido circuncidado, será eliminado do meio do seu povo." (Gênesis 17:1-14, NVI)

Deus só fez esta aliança com Abrão por que este ACREDITOU n'Ele, quando o Senhor disse que daria a Abrão uma grande descedência MIRACULOSAMENTE, visto que Abrão e Sarai já eram idosos e não podiam mais ter filhos (e, antes de ser idosa, Sarai era também estéril!):

"O Senhor falou a Abrão numa visão: 'Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa!' Mas Abrão perguntou: 'Ó Soberano Senhor, que me darás, se continuo sem filhos e o herdeiro do que possuo é Eliézer de Damasco?' E acrescentou: 'Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será o meu herdeiro!' Então o Senhor deu-lhe a seguinte resposta: 'Seu herdeiro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro'. Levando-o para fora da tenda, disse-lhe: 'Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las'. E prosseguiu: 'Assim será a sua descendência'. Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça." (Gênesis 15:1-6, NVI)

O segundo acordo que Deus fez com os homens (chamado de Nova Aliança), que logicamente, substitui o primeiro, pois, foi feito entre Deus e toda a humanidade (pois o desejo de Deus não é somente salvar algumas pessoas, mas a todos que crerem e se submeterem as leis deste novo acordo de todo o coração), obedece ao seguinte protocolo:

  • Crer que Jesus Cristo homem, ou o Filho do homem, foi feito Filho unigênito de Deus na condição de ser humano sem pecado para ser morto em sacrifício a fim de pagar o preço pelas transgressões de toda a humanidade diante do Pai (Leia João 1:14João 3:16-18Romanos 5:8-9);
  • Crer que Jesus Cristo homem tomou posse da autoridade sobre toda a terra ao ressuscitar (ou tomou posse do domínio que Adão perdeu ao pecar contra Deus e que foi entregue a Satanás), tornando-se governo supremo eternamente sobre tudo e todos, o que lhe dá o título de Rei Soberano ou de Senhor Soberano, tornando-o único mediador entre Deus e os homens, ou o único caminho para que um indivíduo se reconcilie com seu Criador e se torne herdeiro da vida eterna (Leia 2Coríntios 5:18Filipenses 2:9-111Timóteo 2:4-6Tito 3:7)
  • Declarar publicamente esta fé, na presença de testemunhas (salvo as condições citadas no sexto parágrafo deste texto), batizando-se nas águas (Leia Romanos 10:9,10Mateus 28:19).

Lembrando que a Bíblia mostra uma exceção no cumprimento das condições deste novo acordo, que encontra-se no trecho a seguir:

"Havia uma inscrição acima dele, que dizia: ESTE É O REI DOS JUDEUS. Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: 'Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!' Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: 'Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal'. Então ele disse: 'Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino'. Jesus lhe respondeu: 'Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso'." (Lucas 23:38-43, NVI)

Dá para perceber que bastou apenas o criminoso deixar claro com suas palavras que acreditava que aquele homem crucificado ao seu lado era o justificador dele diante do Pai e era o Senhor, na presença do outro que escarneceu a Cristo, dos guardas e outras pessoas que ali estavam, que imediatamente recebeu d'Ele o perdão de seus pecados e a herança da vida eterna.

Aquele homem não teve tempo de se batizar nas águas e tampouco de se juntar aos que creram, a fim de cultuar ao Senhor, ou participar da Santa Ceia, pois morreu pouco tempo depois de sua confissão. Isso não quer dizer, absolutamente, que podemos viver como quisermos depois que recebemos Jesus Cristo como Senhor e Salvador das nossas vidas; se estamos ainda neste mundo, teremos que congregar com pessoas que professem a mesma fé (Leia Mateus 18:20Hebreus 10:23-25), confirmar a confissão de fé com o batismo nas águas e celebrar a Santa Ceia (1Coríntios 11:23-26) conforme o Senhor Jesus Cristo ordenou.    

Então, temos liberdade de acreditar em Deus a nossa maneira e de dizer que Jesus está dentro dos nossos corações, contudo, isso não quer dizer que somos submissos a Ele e somos herdeiros da vida eterna que Ele promete dar. Não é Deus quem tem de se adaptar as nossas condições, e sim, nós as d'Ele, se realmente quizermos estar com Ele aqui e na eternidade, para sempre.

Uma curiosidade: quando Jesus falou as palavras abaixo, Ele não estava se dirigindo a pessoas que não acreditavam n'Ele, e sim, para uma igreja chamada Laodicéia!

"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." (Apocalipse 3:20)


Missionária Oriana Costa

quarta-feira, 6 de junho de 2018

JÁ OUVIU FALAR DO REINO DE DEUS?

Para quem ainda não sabe, o Reino de Deus é um lugar tão real quanto qualquer outro lugar que conhecemos no universo.

Ele é uma nação situada na dimensão eterna, e funciona semelhantemente as nações da terra; assim como os demais países que conhecemos, esse lugar possui governo, território delimitado, ar, água, terra, flora, fauna, clima, riquezas, população, habitações, ruas, meios de transporte, exércitos, a mais alta tecnologia, uma constituição, uma cultura e uma língua.

Lá não há maldade de nenhuma espécie. Lá também não existem hospitais ou clínicas, escolas ou universidades, bancos, comércio, cemitérios, penitenciárias, igrejas e as mídias e meios de comunicação comuns que conhecemos em nosso mundo, pois não há necessidade deles.

O regime de governo do Reino de Deus, como o próprio nome já declara, é monárquico absolutista e atualmente é exercido por um HOMEM(!) perfeito, o Rei Jesus Cristo, juntamente a outras duas pessoas: o Pai Criador e o Espírito Santo, para sempre(!) - pois como lá não há morte, Cristo assumiu esse trabalho perpetuamente.

O Reino de Deus já existia antes do nosso universo material ser criado, e seu primeiro embaixador e representante na terra foi Adão. Por causa do crime (inafiançável) que ele cometeu, perdeu sua cidadania nesse lugar e foi banido de lá (condenado à morte eterna), bem como toda a sua descendência gerada a partir do dia de seu delito até hoje. No entanto, Cristo nunca desejou a morte dos seres humanos.

Dessa forma, ele e o Pai criaram um acordo ou aliança onde qualquer pessoa pode ser justificada da herança desse crime cometido por Adão e livrada da condenação à morte na eternidade. Aderindo a esse acordo qualquer indivíduo pode ser devidamente justificado e NASCER dentro do Reino de Deus (essa é a única forma de entrar lá!), e assim adquire a cidadania nessa maravilhosa nação para sempre.

Como o Rei Jesus Cristo inicialmente não era um ser humano como nós, e não existe na terra nenhum ser humano que não carregue consigo a culpa de Adão, (pois todos somos seus descendentes) ele então precisou ser transformado em uma pessoa de carne e osso para assim fazer esse novo acordo com os homens ser válido, pois nosso universo está numa dimensão diferente daquela onde o Reino de Deus se encontra.

O Pai permitiu que Cristo obedecesse a todo o protocolo estabelecido na criação do mundo para que alguém seja um cidadão de Seu Reino: foi concebido e gerado no útero de uma mulher, tomou a forma humana e cresceu como um ser humano normal, porém, sem cometer nenhum crime contra a justiça de Deus.

Chegado o tempo de estabelecer o acordo em definitivo, Jesus designou doze pessoas (os mais novos representantes e ministros do Reino de Deus na terra, chamados de apóstolos) as quais instruiu devidamente acerca do Reino por três anos; em seguida, Cristo assinou junto com o Pai Criador a mais importante aliança de todos os tempos com uma caneta muito especial: a estrutura da caneta foi seu próprio corpo e a tinta dela o seu próprio sangue. Ninguém jamais assinou um documento dessa maneira!

Segundo os requisitos necessários para a justificação do crime contra a justiça de Deus, Jesus precisava se manter totalmente íntegro e depois entregar sua vida por completo em sacrifício para estabelecer esse novo acordo; passados três dias de seu sepultamento sem que seu corpo tenha sofrido degeneração, o Pai Criador validou a aliança na dimensão eterna ressuscitando a Jesus e levando-o de volta para lá, entregando-lhe todo o poder nos céus e na terra. Em particular, o poder que foi dado a Cristo na terra foi o mesmo dado a Adão no início - Adão reinava sobre a terra com toda a soberania, e assim esse mesmo empoderamento foi dado ao Filho do Homem.

Agora, um ser humano, que é Jesus homem, está novamente representando toda a humanidade DENTRO DO REINO DE DEUS, garantindo o cumprimento do acordo gratuito de justificação para todos que o ACEITAREM.

As informações sobre o Reino de Deus contidas neste texto são verdadeiras e confiáveis; elas estão acessíveis para todos no Novo Testamento da Bíblia Sagrada cristã.

miss. Oriana Costa


Antes de escolher os Apóstolos - Parte 3.1 - O Sermão da montanha

Neste estudo vamos iniciar a análise de um dos momentos em que o Senhor Jesus começa a explicar com mais detalhes alguns princípios importan...