quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A parábola do servo endividado - As consequências da falta de perdão

Perdoar é algo necessário para usufruirmos da plena realidade do Reino de Deus, que é paz, justiça e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17). No entanto, há casos em que pessoas que já seguem a Cristo preferem guardar a ofensa ao invés de liberarem o perdão para quem as ofendeu.

Se cremos na obra redentora de Jesus e o Espírito de Deus habita em nossos corações, antes de qualquer coisa, devemos lembrar que nossa justificação diante do Pai só foi possível porque ELE DECIDIU PERDOAR todas as nossas transgressões contra a sua Justiça, pagando com a vida de seu Filho Unigênito o valor do resgate da nossa dívida para com Ele.

Quem vive segundo os desejos de sua carne, quando é ofendido, escolhe não perdoar. Desta maneira, o sujeito nutre dentro de si sentimentos de indignação e ira, e ambos levam ao desejo de vingança (pagar o mal com o mal). E ao querer se vingar, por sua vez, o indivíduo vai sentir prazer em ver o outro sofrendo de alguma forma também, mesmo que não se vingue pessoalmente.

Procedendo dessa forma, indivíduos que servem a um Deus misericordioso estão transgredindo conscientemente a reta justiça d'Ele. Passado algum tempo, se após a transgressão dos estatutos do Reino não vier o convencimento do erro, seguido do arrependimento e da mudança de atitude, sobrevirá o juízo – e ele é executado sem misericórdia, porque Deus ODEIA A MALDADE. 

"Não se alegre quando o seu inimigo cair, nem exulte o seu coração quando ele tropeçar, para que o Senhor não veja isso, e se desagrade, e desvie dele a sua ira." (Provérbios 24:17,18)

Quando somos avaliados por Deus, em primeiro lugar, Ele considera os pensamentos, sentimentos e desejos que estão ocultos dentro de nós, e impulsionam nossas atitudes todo o tempo. Então, antes da execução do juízo, Ele trabalha para nos convencer dos nossos erros, falando aos nossos corações, pelo mover Seu Espírito. 

Assim, Ele nos confronta com a Sua Palavra, para que possamos nos arrepender de verdade, pois não deseja de forma alguma que Seus filhos sofram juízo, por não discernirem a operação da maldade.

"Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão?" (Mateus 5:44-46)

É por este motivo que o Senhor Jesus conta a parábola do servo endividado, onde compara a situação de uma pessoa que recebeu o perdão de Deus, e não perdoa o seu irmão, a um servo que devia a seu senhor e recebeu dele o perdão de sua dívida, contudo não perdoou a dívida de um conservo seu (Leia em Mateus 18:23-35).

Cristo, e em seguida os seus apóstolos, apontam, em seus ensinos, diversos preceitos da justiça de Deus que são diretamente quebrados quando dizemos que somos filhos dele, porém escolhemos não perdoar. Nos versos seguintes, podemos ler mais uma fala de Cristo, e outras duas do Apóstolo Paulo, acerca deste assunto:

"Quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no (...). Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados." (Marcos 11:25,26)

"Não retribuam a ninguém mal por mal. (...) Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor." (Romanos 12:17-19)

"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, (...) perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também." (Colossenses 3:12,13)

Por isso, para Deus, a falta de perdão é considerada crime, delito ou transgressão (pecado), digno de condenação e cujo juízo geralmente vem em forma de enfermidades no corpo ou na mente, que trazem grandes prejuízos, e que também pode se manifestar com a abreviação do tempo de vida (Leia 1Corintios 11:29-31).

A justiça de Deus não funciona com base na aparência da situação ou toma apenas um fato isolado como parâmetro de julgamento, mas leva em consideração TUDO o que estamos dizendo e fazendo, de modo que aqueles que não estão ignorantes em relação ao que Cristo ensina receberão um juízo mais severo, caso escolham não perdoar.

Texto: Mis. Oriana Costa

Revisão: Pr. Wendell Costa




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