segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Quem perder a sua vida por minha causa a encontrará.

Esta famosa frase de Jesus se encontra na Bíblia sagrada cristã, no evangelho de Mateus, capítulo 10 verso 39.

E mais uma vez aqui Cristo parece dizer algo estranho, e que à primeira vista não parece ter muito sentido. Só que, nessa fala, o raciocínio do Rei Jesus está baseado em Seu Reino. Quem não entende o Reino de Deus, jamais entenderá o porquê dessa afirmação do Senhor.

Quem nasce espiritualmente dentro do Reino de Deus pela fé em Jesus Cristo automaticamente está abrindo mão das sugestões do mundo, ou está abdicando da maneira injusta de viver que o mundo nos ensina.

Logo, quem "perde a sua vida" no mundo por causa de Cristo, é porque creu na obra redentora dele e foi justificado diante de Deus por causa disso, renascendo no Reino de Deus. Isso lhe afilia novamente ao Deus Criador, e essa afiliação lhe dá o direito de herdar a condição de imortalidade ou vida eterna; e isso significa que ele "encontrará a sua vida".

E quem acha a sua vida no mundo, é porque está  achando melhor viver da forma injusta que a maldade que há nele propõe; dessa maneira, o indivíduo está negando a Cristo e escolhendo permanecer separado de Deus. Então, tal pessoa infelizmente perderá a oportunidade única de entrar no Reino de Deus e de herdar a vida para sempre, ou seja, "perderá a sua vida".

Missionária Oriana Costa




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Quem não toma sua cruz e não me segue não é digno de mim.

As frases de Jesus às vezes soam um tanto duras para nós. Depois de ler uma afirmação dessas, muitas pessoas podem achar que não são capazes de seguir a Cristo, apesar de crerem nele.

No entanto, o segredo dessa afirmação de Cristo está no entendimento que temos do AMOR ao qual Ele está se referindo. Isso mesmo!

A primeira vista, esse amor nos parece um sentimento, uma afeição, um apego. Desta forma, o primeiro pensamento que vem as nossas mentes ao nos depararmos com essas palavras de Jesus é que jamais conseguiríamos amar mais a Ele, que não vemos nem conhecemos pessoalmente, do que amar as pessoas que convivem conosco e cuidam de nós.

Mas, na verdade, o amor ao qual Cristo se refere aqui está ligado ao conhecimento e entendimento de Seu Reino e da Justiça de Deus, que são absolutamente perfeitos, imutáveis e infalíveis, e não a um sentimento humano, que pode existir agora e depois não existir mais devido às adversidades do mundo!

Através da compreensão da realidade do Reino do nosso Criador é que nós passamos a TEME-LO (CONSIDERÁ-LO ACIMA DE TUDO) e OBEDECE-LO de todo o coração, pois o nosso Criador, que existe antes de nós, é puro, bom, justo e perfeito em tudo o que faz; nós, e todas as pessoas que nos cercam, somos FALHOS e não temos o poder de dar vida a ninguém (lembrando que a concepção materna vem de Deus, foi Ele quem a criou). Então, é esse o amor que Jesus Cristo aponta.

Portanto, quem TEME ou OBEDECE mais as pessoas ou si mesmo do que a Cristo, não está concordando com Ele e sim com o mundo. Logo, não tem parte com Ele, por mais que diga que tem fé em Deus ou fé em Jesus!

Quem ignora o Reino de Deus e a Sua Justiça, no seu dia a dia, deixará de viver conforme a realidade desse lugar, e também deixará de anunciar o sacrifício feito por Cristo por toda a humanidade para que pudéssemos entrar lá. Dessa forma, o indivíduo não estará fazendo o bem verdadeiramente ao seu próximo como deveria, e será devidamente julgado por isso.

E para fechar nosso raciocínio: A cruz que temos que levar para seguir a Cristo é exatamente continuar perseverando em imitá-lo, em viver conforme a Justiça de Deus nesse mundo mal, em anunciar o Seu Reino, ainda que todos ao nosso redor nos rejeitem por não entenderem nossas posturas.

Então, cuide dos seus e ore por eles, ainda que eles não se importem com você; trabalhe para sustentar sua família, não abandone seu cônjuge e filhos. Obedeça aos seus pais, se ainda está sob a liderança deles, e se não estiver mais, visite-os e não os abandone na sua velhice; ajude seus amigos quando eles precisarem, mas, tendo o cuidado de jamais ceder às tentações dos sentimentos e desejos da sua carne para fazer o que as pessoas querem, ao invés de obedecer a reta Justiça de Deus.

Missionária Oriana Costa.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Não vim trazer paz à terra

Algumas coisas que Cristo falou parecem não fazer sentido, como esta afirmação na imagem acima: "não vim trazer paz à terra". Como Jesus Cristo não veio trazer paz à terra, se um dos títulos dele é "Príncipe da paz"?

No entanto, o que Ele diz é absolutamente verdadeiro! Ele realmente não veio trazer paz entre todas as pessoas do mundo, exatamente porque muitos não entendem a mensagem de salvação, e não aceitam que precisam de uma justificação eternamente, que unicamente Cristo pode lhes dar.

E, deste modo, infelizmente, aqueles que não compreendem a informação que estão recebendo se levantam contra os que se esforçam para anuncia-la, mesmo que tais pessoas sejam seus parentes ou amigos.

Como bem disse o Rei Jesus, a falta de entendimento da mensagem do evangelho pode acontecer dentro das nossas próprias famílias: "Pois vim para fazer que ‘o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família’. (Mateus 10:35,36)

O acordo ou aliança de paz que Cristo veio estabelecer sacrificando sua vida foi "entre Deus e os  homens", uma reconciliação entre Ele e cada ser humano individualmente, e não entre homens e homens.

Se alguém entende que precisa fazer as pazes com Deus para entrar em seu Reino, se alguém entende que precisa da justificação concedida pelo próprio Deus para ser cidadão de seu Reino assim como Adão era antes do pecado, então vai crer em Jesus e aderir a essa aliança de paz COM DEUS.

E, quem entra em aliança com o Criador pela fé em Jesus Cristo, portanto, começa a aprender através do ensino dele sobre a realidade de Seu Reino e sobre como funciona a Justiça de Deus: suas leis foram concebidas por Ele mesmo e estão em pleno funcionamento, regendo céus e terra, desde o princípio de toda a sua criação.

E só aprendendo essas coisas é que alguém buscará ser um pacificador onde estiver. De posse da informação correta o indivíduo vai ter forças para resistir e rejeitar a ação da maldade em si mesmo e ao seu redor; e terá forças para perseverar em orar, congregar, evangelizar, além de viver e levar a paz do Reino ao qual pertence aonde for. É assim que as coisas funcionam.

Quem rejeita a obra redentora de Cristo está negando reconciliar-se com seu Criador (ainda que não tenha consciência disso). Consequentemente, continuará sendo seu inimigo e não estará em paz com Ele, e exatamente por causa disso não vai se esforçar para viver em paz com o seu próximo, pois isso não lhe fará o menor sentido.

Então, atentem para este detalhe importante: mesmo quem diz ter crido em Jesus Cristo, tendo-o confessado publicamente como seu Senhor e suficiente Salvador, se não buscar saber do que se trata o Reino de Deus nem buscar compreender a Justiça dele, jamais entenderá que precisa se esforçar para viver em paz com o seu próximo e que só assim fará a diferença neste mundo mal, a fim de que a mensagem de justificação seja recebida e entendida pelos outros.

É por este motivo que tantos cristãos estão se comportando como pessoas impiedosas neste tempo; vão as suas igrejas, participam de suas reuniões e eventos religiosos, mas não buscam entender a que lugar pertencem espiritualmente nem buscam entender como funciona a legislação eterna, que Cristo praticamente escancarou diante de nós em seu ensino.

E isso é algo muito grave, pois faz com que a verdadeira anunciação do Reino de Deus NÃO SEJA FEITA COMO DEVERIA! São poucos os que atualmente divulgam com clareza a mensagem do evangelho, pois são poucos os que buscam em primeiro lugar entender o Reino de Deus e a sua Justiça, assim como Cristo orientou que fizéssemos.

O que muito se ouve em nossos dias são mensagens positivistas de impacto, com algum embasamento no conteúdo bíblico e que no momento trazem grande animação, mas depois deixam as pessoas confusas com relação a quem é Deus, ao seu agir e sua perfeita vontade.

Sem o conhecimento real do Reino e da Justiça de Deus a mensagem de fé em Jesus Cristo FICA SEM SENTIDO e, por conseguinte, também fica sem a manifestação plena do seu poder. Por conta disso, muitas pessoas acabam abandonando a fé em Deus, decepcionadas com o que vivenciam sem entender.

É sempre bom lembrar que Jesus Cristo morreu e ressuscitou para que pudéssemos ENTRAR EM SEU REINO gratuitamente, e não perder mais os nossos lugares lá. Ele não fez isso tudo para que nossas vidas aqui no mundo se transformassem num mar de rosas, mas fez para que pudéssemos ter uma chance de sermos livrados de ficar fora de seu Reino para sempre.

O Reino de Deus é o lugar onde o nosso Criador deseja que nós estejamos, o lugar onde a maldade que tem assolado este mundo não existe e não entrará lá de forma alguma. Deus realmente deseja que possamos usufruir da realidade desse lugar plenamente: Ele não quer nosso sofrimento nem a nossa morte para sempre. É esse o conhecimento que leva as pessoas ao arrependimento genuíno em seus corações, e motiva à mudança sincera de atitude delas.

Quando a mensagem do Reino é bem entendida, traz às pessoas curas de enfermidades, libertações diversas, livramentos e provisões inesperadas, e operações de muitos outros milagres, pois a glória desse lugar começa a se manifestar materialmente na vida dos indivíduos de uma forma espetacular, dia após dia. E além de tudo isso, faz com que haja mais frutos de salvação de almas, que é aquilo que o nosso Pai espera receber de nós, que nos esforçamos para imitar a Cristo.

E, para fechar: se o Rei Jesus, que era perfeito, sofreu, foi incompreendido e rejeitado pelos que deveriam tê-lo recebido, quanto mais nós que somos imperfeitos! Por isso, que nós nos esforcemos para viver e anunciar a fé em Jesus Cristo, mas sem expectativas de que todas as outras pessoas vão querer ficar em paz conosco porque o imitamos. As trevas odeiam a Luz.

Missionária Oriana Costa.



domingo, 16 de fevereiro de 2020

Basta ao discípulo ser como o seu mestre


As palavras de Cristo no trecho bíblico na imagem não se referem à importância que um discípulo ou um servo dele terá na terra ao imitá-lo. De fato, aqui Jesus está se referindo às situações difíceis que poderemos passar ao anunciar o Reino e a Justiça de Deus ao mundo.

Dando uma olhada nos versículos anteriores e posteriores a essa fala do Senhor, temos certeza de que Ele está dando um alerta aos que trabalham na sua obra a não temerem ou se assustarem por causa das dificuldades que encontrarão em seus caminhos, que não serão poucas. 

Certamente que Cristo não iria deixar seus discípulos desavisados do que teriam de enfrentar, pois, sem esse aviso, todos desistiriam de anunciar a verdade do evangelho por causa das aflições que iriam passar.

Simão Pedro, antes mesmo de iniciar seu ministério apóstolico, sentiu medo de confessar publicamente que seguia a Cristo, ao assistir tudo o que estava acontecendo com seu mestre. E percebam que Pedro fez isso tendo desacreditado do Senhor Jesus quando este lhe avisara sobre o episódio da "negação" (quando ele negou Jesus três vezes). Porém, após a ressurreição de Cristo, e depois de ter entendido claramente a mensagem do Reino, Pedro perdeu esse medo e prosseguiu em seu chamado seguro da fidelidade de Seu Salvador e Rei.

Vejamos a seguir as orientações do Rei Jesus:

"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; e sereis conduzidos até à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios. (...) E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão. E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; (...) Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?" (Mateus 10:16-25)

Portanto, Deus não deixa ninguém desavisado. Antes que as situações aconteçam, Ele dá o alerta. Quem anuncia a mensagem de salvação muitas vezes será incompreendido, assim como o Rei Jesus foi, e sofrerá angústias até mesmo dentro de suas próprias famílias.

Também é importante saber que Deus não quer que seus Filhos sejam mortos ao anunciarem o evangelho da salvação. Cristo adverte que, se não estivermos sendo aceitos e sofrermos muita perseguição e risco de sermos exterminados em um determinado lugar, podemos fugir para outro e continuar com a nossa missão.

Mas, uma das coisas mais importantes que Ele diz é sobre o que pode vir a acontecers as nossas vidas: muitos dos que estão atendendo seus chamados vão ser mortos em determinados lugares onde a perseguição religiosa é ferrenha; porém, a palavra dada é para que não tenhamos medo das ameaças e da possibilidade de sermos alvos dos que odeiam a verdade, pois o nosso Criador está a par de tudo, e tudo será devidamente julgado.

E assim prossegue Cristo:

Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se. O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados. E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos. (Mateus 10:26-31)

Com essas palavras, Jesus Cristo está nos lembrando que a morte física não é o nosso fim, tampouco é o fim daqueles que odeiam o evangelho. Se assim fosse, não existiria um julgamento posterior a tal evento. Ele nos lembra sobre isso, pois nossa tendência natural é esquecer a realidade eterna na qual fomos concebidos e ter medo de morrer ou de perder nossos parentes dessa maneira, assim como aconteceu com o Apóstolo Pedro, que negou Jesus por medo de ser julgado e condenado à morte. 

E quem, após ter recebido a revelação do Reino de Deus e de sua Justiça, recua diante das resistências que enfrenta ao anunciar ao mundo essa verdade e desiste do seu trabalho e da fé em Deus movido pelo medo do que terá de enfrentar, está negando a Cristo.

É por isso que após dar todas essas instruções aos seus discípulos, Ele diz:

"Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus." (Mateus 10:32,33)

Missionária Oriana Costa













sábado, 8 de fevereiro de 2020

Falsos profetas - quem são eles?

Afinal, quem são esses falsos profetas aos quais Cristo se refere nesse trecho do evangelho?

Ele segue sua fala revelando como podemos reconhecê-los: "Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!" (Mateus 7:16-20)

E o Apóstolo Pedro dá detalhes de quem são esses falsos mestres e que tipo de frutos eles estão dando:

"No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda. (...) eles difamam o que desconhecem e são como criaturas irracionais, guiadas pelo instinto, nascidas para serem capturadas e destruídas; serão corrompidos pela sua própria corrupção! Eles receberão retribuição pela injustiça que causaram. Consideram prazer entregar-se à devassidão em plena luz do dia. São nódoas e manchas, regalando-se em seus prazeres, quando participam das festas de vocês. Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração exercitado na ganância. (...) eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro. Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é escravo daquilo que o domina. Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no princípio. Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido.(2Pedro 2:1-21)

Então, de acordo com o registro das escrituras bíblicas, antes de sair acreditando e aceitando tudo o que lemos ou ouvimos sobre Deus de outras pessoas, devemos prestar atenção no tipo de obra que essas pessoas estão fazendo.

Quando Cristo fala de frutos bons e frutos ruins, Ele está se referindo a anunciação do Seu Reino. Quem anuncia o Reino de Deus claramente, e ensina sobre a Justiça de Deus conforme está nas escrituras bíblicas, está fazendo a boa obra ou dando bons frutos. Quem, no entanto, perverte ou distorce a mensagem de anunciação do Reino de Deus e prossegue divulgando informações equivocadas sobre a Justiça eterna, está fazendo uma obra má, está dando frutos ruins.

Por isso, é de suma importância que os cristãos verdadeiros, que são aqueles que acreditam na obra redentora de Cristo, compreendam o Reino de Deus e a sua justiça perfeitamente: assim terão condições de discernir as boas e as más obras às quais o Rei Jesus se refere, recebendo o livramento de serem enganados por esses indivíduos mal intencionados.

Observando o segundo capítulo da carta do Apóstolo Pedro aos cristãos de sua época, cujos trechos foram citados aqui em nosso texto há pouco, encontramos alguns aspectos apontados por ele sobre o comportamento dos falsos profetas:

- Eles vão introduzindo sutilmente entre os cristãos um conhecimento contrário à Justiça de Deus, capaz de matar a fé das pessoas na obra redentora de Jesus Cristo (heresias destruidoras).
- Eles recebem juízo rápido por causa de seus atos (atraem para si mesmos destruição repentina)
- Os falsos mestres costumam explorar as pessoas usando histórias inventadas por eles, movidos por sua cobiça.
- Acham prazeroso entregar-se à devassidão em plena luz do dia.
- Se aproveitam da boa vontade dos outros ao participarem de eventos cristãos.
- São adúlteros e não se arrependem disso.
- Costumam iludir aqueles que ainda não se firmaram na verdadeira fé em Deus
- São extremamente gananciosos.
- São pessoas que a princípio creem na obra justificadora de Jesus, mas depois abandonam a fé, a fim de se satisfazerem materialmente.
- São pessoas arrogantes e que com seus discursos cheios de vaidade provocam nos outros os desejos libertinos da carne, e conseguem seduzir pessoas para que desistam de se desapegarem do mundo.
- Prometem liberdade aos outros instigando-lhes a seguir pelo caminho mais fácil, que é contrariando ou corrompendo a reta justiça de Deus.

Indo mais adiante nas cartas dos apóstolos, encontramos um trecho onde o Apóstolo João também mostra como se discerne um falso profeta:

"Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus; mas todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo. Filhinhos, vocês são de Deus e os venceram, porque aquele que está em vocês é maior do que aquele que está no mundo. Eles vêm do mundo. Por isso o que falam procede do mundo, e o mundo os ouve." (1João 4:1-5)

É interessante que João mostra primeiro como se discerne o que vem de Deus, para em seguida apontar como reconhecer o que não vem dele. E Deus não nega a si mesmo. Ele não contraria a legislação eterna que Ele mesmo estabeleceu. Portanto, quem fala em nome de Jesus, concorda com sua obra redentora, o que quer dizer que esse alguém afirmará que "Jesus Cristo veio em carne".

A expressão "Jesus Cristo veio em carne" significa que o Deus Criador enviou ao mundo sua justiça na forma humana, para dar a toda a humanidade a oportunidade única de ser justificada gratuitamente de suas transgressões contra a Justiça de Deus, e com isso disponibilizar a todos os que creem o direito à herança da vida eterna (em concordância com João 3:16).

É importante observar que quando o Apóstolo João fala "não creiam em qualquer espírito", ele não está dizendo que temos que lidar corriqueiramente com espíritos, como anjos, com Satanás ou um demônio, ou com o Espírito de Deus de forma visível ou manifestada materialmente.

De fato, geralmente nós temos que lidar com pessoas de carne e osso como nós mesmos somos, todos os dias; portanto, quando ele diz "espíritos", nesse caso, está se referindo à motivação que leva uma pessoa a ensinar, pregar ou divulgar certas informações. Se alguém está motivado pelo mundo, divulgará aos outros um conhecimento contrário ao Reino e à Justiça de Deus; se alguém está motivado por Cristo ou pelo Espírito de Deus, ensinará sobre e a favor do Reino de Deus e de Sua Justiça.

E para enriquecer ainda mais este texto explicativo sobre falsos profetas, não poderia também deixar de citar aqui o episódio onde os Apóstolos Paulo e Barnabé se encontram com um falso profeta, em uma das cidades que passaram evangelizando:

"Chegando em Salamina, proclamaram a palavra de Deus nas sinagogas judaicas. João estava com eles como auxiliar. Viajaram por toda a ilha, até que chegaram a Pafos. Ali encontraram um judeu, chamado Barjesus, que praticava magia e era falso profeta. Ele era assessor do procônsul Sérgio Paulo. O procônsul, sendo homem culto, mandou chamar Barnabé e Saulo, porque queria ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o mágico (esse é o significado do seu nome) opôs-se a eles e tentava desviar da fé o procônsul. Então Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, olhou firmemente para Elimas e disse: "Filho do diabo e inimigo de tudo o que é justo! Você está cheio de toda espécie de engano e maldade. Quando é que vai parar de perverter os retos caminhos do Senhor? Saiba agora que a mão do Senhor está contra você, e você ficará cego e incapaz de ver a luz do sol durante algum tempo". Imediatamente vieram sobre ele névoa e escuridão, e ele, tateando, procurava quem o guiasse pela mão. O procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, profundamente impressionado com o ensino do Senhor. (Atos 13:5-12)

O fato curioso aqui é que o falso profeta Barjesus era um judeu e não um cristão; provavelmente ele ouviu a mensagem do evangelho da salvação e creu, mas depois renunciou a fé para ganhar dinheiro com a prática da magia. E o pior é que, além de ter desprezado a mensagem de salvação, sendo ele judeu, também estava desprezando a Lei, que deveria saber e obedecer: um de seus mandamentos condena a prática de feitiçaria, magia e adivinhação (leia Deuteronômio 18:9-13)

Após ser desmascarado na frente do procônsul, o falso profeta foi imediatamente julgado e punido ali mesmo onde estava, por causa de sua conduta maligna. E, graças à segurança que aqueles homens tinham pelo conhecimento da verdade e à ousadia deles, mais uma alma creu na mensagem do Reino de Deus.

E encerrando este pequeno estudo, vamos ler o julgamento e a condenação que aguarda os falsos mestres, e que serão feitos pelo Rei Jesus Cristo:

"Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? ’Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! ’" (Mateus 7:21-23)

Percebam que muito provavelmente, de acordo com o que o Rei Jesus ensina, os falsos cristãos são pessoas influentes que estão ensinando, profetizando, expulsando  demônios e realizando milagres EM NOME DELE; e assim muitos estarão admirando o trabalho desses indivíduos e acreditando neles por isso!

No entanto, o Rei alerta para avaliarmos o conteúdo da mensagem e o rastro que tais pessoas estão deixando por onde passam, pois suas obras más estarão misturadas com as práticas que julgamos ser provenientes de Deus. Eles agem como quem faz a boa obra, mas, concomitantemente, vão se aproveitar da boa vontade das pessoas para abusarem delas financeiramente, socialmente (buscando poder e status) e sexualmente.

Lembrem-se: os falsos mestres e falsos profetas, apesar de falarem que "só Jesus salva" e de fazerem seus trabalhos "em nome de Jesus Cristo", com muita sutileza VÃO NEGAR A OBRA REDENTORA DO SENHOR, e, portanto, negarão em vários pontos a Justiça de Deus: por isso é muito importante que tenhamos o domínio desse conhecimento. Milagres e outros acontecimentos sobrenaturais são muito bons, mas não são eles que trazem a fé genuína em Deus: essa fé vem do entendimento claro do Reino e da Justiça dele.

Portanto, palavras que revelam nossos passados e futuros, e outros eventos e manifestações sobrenaturais, por mais maravilhosos que sejam, por si sós não são suficientes para manterem as pessoas firmes na fé salvadora. Em alguns momentos eles são necessários, mas servem apenas para confirmar que a mensagem de anunciação do Reino de Deus é verdadeira, e também confirmar a justificação que Deus disponibiliza a todos nós eternamente. Fiquem atentos!

Missionária Oriana Costa.






sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Reino de Deus - o lugar da vida eterna


Sim, somos eternos!

O que você tem buscado? O que você tem desejado? Aquilo que você desejar, aquilo que você buscar, certamente achará.

Se você procurar as coisas deste mundo, você irá achá-las. E se você procurar as coisas eternas, elas também estarão acessíveis.

No entanto, ninguém permanece no mundo para sempre. Chegará um momento em que a realidade eterna tomará totalmente o seu lugar em nossas existências, pois fomos concebidos nela.

Mesmo sabendo disso, muitas vezes nos deixamos levar pela aparência passageira desse mundo e esquecemos que não somos somente matéria: também somos espíritos.

E então vivemos como se tudo se resumisse a este planeta. A maioria de nós passa os dias como se nunca fosse morrer fisicamente; outros até têm consciência de seu tempo de permanência no mundo, mas, levados pelo que veem, agem como se a morte física fosse o fim de suas existências para sempre.

Porém, se também somos espíritos, e estes não se degradam como a matéria, seremos tratados de forma diferenciada por causa de nossa condição - uma parte de nós é material, e a outra, espiritual.

E, para que estas duas partes de nós coexistam de forma organizada e equilibrada, há leis perfeitas regendo-as todo o tempo. Ampliando aqui este entendimento,  percebemos que há leis regendo todo o universo material, para que ele funcione adequadamente, como também existem leis regendo a eternidade, a fim de que ambas não entrem num caos e não se autodestruam.

Contudo, de acordo com o conteúdo das escrituras bíblicas, só existe uma legislação regendo a dimensão física porque antes já existia uma para reger a dimensão espiritual. Isto significa que todas as leis que mantém nosso universo funcionando perfeitamente dependem de leis eternas para serem executadas.

Quando essas leis perfeitas são contrariadas, certamente haverá um juízo infalível sobre toda a transgressão.

Então há tempo e julgamento para todas as coisas, nada pode fugir ao alcance das Leis Eternas. Chegará o momento em que tudo o que se encontra fora daquilo que já foi estabelecido na Criação será julgado definitivamente, conforme consta nos registros bíblicos.

Portanto, quem não estiver de acordo com a legislação eterna, estará condenado à destruição para sempre. O problema é que a destruição na dimensão espiritual não tem fim! Não é como acontece aqui em nosso mundo material. Quem é condenado à morte, no espírito, vai sofrê-la para sempre, pois espíritos existem para sempre.

Vida e morte na eternidade

Na realidade eterna, as coisas acontecem de uma forma totalmente diferente do nosso mundo. Talvez isso seja um tanto difícil de entender à princípio, mas, lendo as escrituras bíblicas e meditando em seu conteúdo, aos poucos vamos tendo uma noção de como as coisas acontecem por lá.

É especificamente da morte eterna ou morte espiritual que o Criador dos céus e da terra deseja nos livrar! Foi para nos livrar da condenação à destruição na eternidade que Cristo veio até nós, se entregando para sofrer em seu corpo o castigo pelas transgressões de toda a humanidade. Em seguida, Ele foi ressuscitado pelo Pai, que lhe deu toda a autoridade sobre a Terra - autoridade esta que Deus tinha dado no princípio a Adão -, e também lhe deu toda a autoridade na dimensão espiritual (Céus), a fim de julgar nas duas realidades, física e eterna.

É importante que todos saibam que pecar contra a justiça de Deus ou contrariá-la em qualquer ponto dela nos torna Seus inimigos, dignos de condenação à morte para sempre, segundo o que já foi estabelecido pelo próprio Criador antes de nos dar vida. Portanto, não há como alguém se justificar de suas transgressões diante de Deus de si mesmo, fazendo obras de caridade e outras boas ações, pois, concomitantemente ao bem que praticar, também continuará ofendendo a Deus, pela ação do mal que está dentro de si.

No entanto, há uma boa notícia para todos nós: Deus não quer a nossa destruição, mesmo sabendo que nossa situação é condenatória! Assim sendo, o nosso Criador nos deu uma chance única de conseguirmos uma justificação diante dele, para que, no momento em que passarmos para a eternidade, não sejamos destruídos para sempre. Por conseguinte, é crendo que Jesus Cristo morreu em nosso lugar, a fim de nos redimir de nossas transgressões espiritualmente, que passamos a ser justos diante do Pai e adquirimos o direito de herdar A VIDA ETERNA.

A vida eterna

Muito pouco se discute sobre a vida eterna, mas é essencial que também tenhamos o entendimento do que seja VIVER PARA SEMPRE.

Tanto a morte quanto a vida, na eternidade, estão ligadas a um lugar especial: o Reino de Deus. Este Reino pode ser percebido de duas formas: como lugar e como um sistema de governo perfeito. E, ao contrário do que muita gente imagina, o Reino de Deus não são as igrejas cristãs! Isso mesmo!

As igrejas cristãs são apenas os locais terrenos onde se reúnem aqueles que entenderam e aceitaram que todos os seres humanos precisam de uma justificação diante do Pai, para fazerem parte de seu Reino; e estas mesmas pessoas estão se dispondo a anunciar isto aos que ainda não entenderam essa necessidade. Os que dão crédito à sua mensagem se juntam a eles.

É por este motivo que nunca existiu nem existirá igrejas perfeitas na terra, pois, apesar de estarem justificadas de suas transgressões por causa da fé que têm no sacrifício de Jesus para lhes redimir, todas as pessoas que fazem parte delas continuam imperfeitas e ainda podem pecar, por causa da influência de suas próprias carnes.

As mudanças de atitudes benéficas oriundas da verdadeira conversão são geradas pela renovação dos nossos entendimentos, quando passamos a buscar pelo conhecimento da realidade do Reino de Deus e pelo entendimento da ação de sua justiça; e tais mudanças levam todo o tempo de nossas permanências neste mundo, o que significa que nesse percurso ainda poderemos errar muitas vezes.

Pelo ensino de Cristo sabemos que, se cremos nele como nosso salvador, nossos espíritos nascem de novo dentro de Seu Reino. Por esse motivo, os que nascem de novo espiritualmente são chamados de "novas criaturas" no Novo Testamento. Apesar de tal "novo nascimento", nossos corpos continuam os mesmos, aguardando para serem transformados, a fim de se adequarem plenamente à Justiça eterna.

Assim sendo, quem realmente crê na obra redentora de Cristo automaticamente se coloca debaixo de Seu governo, e, por isso, deve buscar, antes de qualquer outra coisa, entender o REINO e a Justiça de Deus assim como Jesus orienta em seu ensino, para que possa ter consciência e convicção de onde seu espírito está no momento. Através dessa certeza é que o indivíduo se torna capaz de dominar os desejos contrários à retidão de Deus, que são provenientes de sua alma e seu corpo, e também se torna capaz de resistir às sugestões contrárias vindas do mundo que lhe cerca.

Resistir e renunciar aos desejos e sentimentos contrários à justiça de Deus, provenientes do mundo e da nossa carne, não nos torna perfeitos todo o tempo, pois em um momento ou outro nós vamos falhar; mas, dentre outros benefícios, escolher resistir e renunciar à operação da maldade nos livra de sermos atingidos pelo juízo decretado por Deus sobre ela, bem como nos leva a fazer a diferença neste mundo tão cheio de maldades e injustiças.

No momento, o Reino de Deus - enquanto lugar - não pode ser visualizado entre nós, pois ele foi desligado do nosso planeta durante o evento do Dilúvio. 

Quando o Pai retirou o homem de seu Reino após o julgamento pelo pecado, este lugar ainda continuou sendo visto na terra. Depois de um tempo, a fim de cumprir o plano de salvação para a humanidade, o nosso Criador precisou separar o Reino do mundo, literalmente arrancando-o da face da terra (lembre que ele foi PLANTADO no planeta: leia Gênesis 2:8). 

Por isso, Deus precisou modificar a face da terra para que ela continuasse a funcionar separada da sua presença; e foi a partir do Dilúvio que o Reino de Deus foi desligado do mundo e permanece ocultado para a humanidade, somente podendo ser visto na região espiritual ou eterna, ou discernido através do conhecimento da Justiça de Deus revelado por Cristo.

Após estabelecer o acordo de paz com os homens, Deus está permitindo a todos provarem de Seu Reino no âmbito governamental; essa experiência se traduz na manifestação da glória do reinado de Cristo entre nós. O governo do Rei Jesus é perfeito, infalível, justo, isento de maldade.

Quando a glória do Reino de Deus se manifesta entre as pessoas, geralmente ocorrem o que conhecemos como "milagres" e "prodígios". Esses acontecimentos, portanto, nada mais são do que a interação da realidade do Reino de Deus com a nossa realidade material, servindo para confirmar sua existência e funcionalidade. Um dos eventos ligados a essa interação, e que acontece com maior frequência, são as curas de enfermidades; e Jesus Cristo demonstrou isso repetidas vezes, durante o tempo que passou anunciando pessoalmente o Seu Reino entre nós, porque nesse lugar não há doenças nem sofrimento de nenhuma espécie. 

Retomando o raciocínio do nosso texto, vida e morte, na eternidade, estão ligadas diretamente ao Reino de Deus porque representam onde o indivíduo se encontrará eternamente, que é dentro ou fora desse lugar. Espiritualmente, portanto, estar vivo quer dizer estar dentro do Reino, e estar morto significa estar fora dele.

O novo nascimento e a fé genuína

Na Bíblia, como vimos na sessão anterior deste texto, somos informados de que se crermos na obra redentora de Jesus Cristo, aceitando o perdão das nossas transgressões contra a justiça de Deus disponibilizado gratuitamente para a toda a humanidade, nós NASCEMOS ESPIRITUALMENTE DENTRO DE SEU REINO. Este perdão foi comprado por Jesus para nós através de sua morte na cruz, que satisfez a exigência feita pela Justiça eterna para que um transgressor da Lei possa ser justificado. O sacrifício de Jesus por nós, portanto, é o que estabelece o acordo de paz entre o Criador e toda a humanidade. Quem adere a este acordo está legalmente justificado diante do Pai ou está "salvo".

Ao nascer novamente dentro do Reino nós recuperamos a filiação com o nosso Criador, que foi perdida no momento em que Adão foi expulso dali quando contrariou a Justiça eterna. E, sendo filhos de Deus, adquirimos o direito de herdar a vida eterna. Então, o Criador fez com que tivéssemos apenas uma opção de adquirir a vida na eternidade, que é HERDANDO-A, através da adesão ao "acordo de paz" estabelecido por Ele.

E, como vemos, essa herança precisa ser POR FILIAÇÃO; quem não é filho de Deus legitimamente, assim como Jesus Cristo o é, não pode herdar a vida eterna. Portanto, a única maneira de nos afiliarmos a Deus com legitimidade é através da aceitação e credibilidade que damos à informação de que Cristo foi sacrificado para justificar a humanidade, que, na Bíblia, se trata da tão falada "fé em Deus".

Muitas pessoas dizem que tem fé em Deus, porém, é bom prestar atenção neste detalhe: fé genuína em Deus é aquela que nos leva a crer em Jesus como nosso justificador diante do Pai, aceitando seu governo sobre nós sem resistência, pois ela acontece mediante um arrependimento consciente da nossa situação de transgressores da justiça de Deus.

E isso é algo tão sério, que ao aceitarmos o perdão de Deus crendo em Jesus, nossos nomes passam a constar em um documento oficial, que nas escrituras bíblicas é chamado de "Livro da vida". Quem realmente se afiliou a Deus, portanto, tem seu nome escrito nesse livro. O nosso Deus Criador é muito organizado e metódico, e eu diria até "legalista" (no bom sentido da palavra, é claro), pois Ele jamais age fora daquilo que já instituiu eternamente.

A morte na eternidade

A morte eterna, ao contrário da vida na eternidade, é estar fora do Reino de Deus. E estarão nessa condição para sempre todos aqueles que não nascerem espiritualmente dentro de Seu Reino e não estiverem afiliados ao Pai pelo processo de justificação.

Assim sendo, quem nega ou não dá credibilidade à mensagem de salvação, que nos alerta a receber a justificação que é dada gratuitamente pelo Criador a toda a humanidade, pelo sacrifício voluntário de Seu Filho Jesus Cristo, NÃO TEM A FÉ GENUÍNA EM DEUS, está morto na dimensão eterna e, obviamente, não tem seu nome escrito no livro da vida.

E encontrar-se nessa situação é algo muito grave, pois significa que o sujeito está negando se reconciliar com o Seu Criador e não quer estar em paz com Ele.

A consciência de que precisamos de uma justificação eternamente só vem às nossas mentes no momento em que aceitamos ser confrontados pelo conhecimento da reta Justiça de Deus; ela nos faz enxergar o fato de que NÃO SOMOS PLENAMENTE BONS assim como Deus o é, por mais que nos esforcemos muito fazendo boas obras.

Se vivermos somente de acordo com o que sentimos e desejamos no mundo, estaremos contrariando a Justiça de Deus todo o tempo sem nos darmos conta disso; e não há como parar de transgredi-la sem aceitarmos a ajuda do nosso Criador!

Por isso precisamos ter fé em Deus de fato, procurando conhecer a realidade do Reino de Deus e como funciona a Justiça eterna, para que nos adaptemos a elas e possamos usufruir, na Terra, da boa, agradável e perfeita vontade do Pai, assim como ela acontece nos Céus. 

A Bíblia é verdadeira, sendo documento original, digno de credibilidade. Todas as informações contidas neste texto são embasadas nela. Quem entende bem o seu conteúdo encontra o tesouro mais precioso de todos: o conhecimento da verdade.

Missionária Oriana Costa.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Série meditando no Salmo 119: versículos 67 e 68

Mais uma vez, parece que estamos lendo frases contraditórias. Como é que um indivíduo é "castigado" por alguém e ao mesmo tempo diz que essa pessoa é boa, sem sentir por ela nenhuma raiva?

Muitas pessoas entendem o castigo de Deus conforme a realidade do mundo, que ensina os indivíduos a agirem com maldade uns com os outros, especialmente quando se trata de aplicar castigos. Alguns pais, por exemplo, movidos pela raiva que sentem no momento, acabam maltratando, sendo injustos e violentos na hora de castigarem seus filhos. Porém, o castigo de Deus é uma correção baseada na sua justiça, que é separada da maldade do mundo, e por isso jamais é feito de forma violenta ou destruidora.

Quando Deus castiga um filho seu, é com o propósito de trazê-lo de volta à vereda da sua Justiça e não de maltratá-lo. É por essa razão que o salmista diz que só passou a obedecer à palavra de Deus após ser corrigido por Ele.

Portanto, Deus jamais irá disciplinar seus filhos com enfermidades, ou com prejuízos, ou com destruição e morte, se o que Ele deseja para seus filhos É BOM PARA ELES. Assim sendo, Ele corrige seus filhos FALANDO DIRETAMENTE COM ELES, confrontando-os com seus erros e lembrando-lhes o que está escrito.

Em Gênesis, muito antes da Lei de Moisés ser instituída, vemos um bom exemplo de como realmente é o castigo de Deus. No capítulo 4, observamos como foi que Deus castigou Caim por causa de suas maldades: ELE NÃO ACEITOU A CONDUTA DE CAIM E NEM A SUA OFERTA, e dessa forma o confrontou com os seus erros. No entanto, Caim não aceitou o castigo de Deus e se ofendeu, ao invés de se corrigir. Deus o advertiu segunda vez para dominar a carne e se alinhar a sua justiça, mas Caim não o ouviu e agiu movido pela inveja e pela raiva que sentia, matando seu irmão. (Gênesis 4:3-8)

Quem se lembra como Jesus "castigou" seus discípulos? Ele alguma vez colocou neles enfermidades, ou tirou deles alguma coisa? Jesus por acaso açoitou seus discípulos quando viu seus erros? NÃO!!! No entanto, Cristo castigou seus discípulos CONFRONTANDO-OS com a Justiça de Deus; alguns deles não aceitaram a disciplina e deixaram de segui-lo por isso.

Na passagem a seguir vemos um desses momentos de correção: "(...) Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: "Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la?" Sabendo em seu íntimo que os seus discípulos estavam se queixando do que ouviram, Jesus lhes disse: "Isso os escandaliza? Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir para onde estava antes! O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida. Contudo, há alguns de vocês que não crêem". Pois Jesus sabia desde o princípio quais deles não criam e quem o iria trair. E prosseguiu: "É por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai". Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo. Jesus perguntou aos Doze: "Vocês também não querem ir?" Simão Pedro lhe respondeu: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus". Então Jesus respondeu: "Não fui eu que os escolhi, os Doze? Todavia, um de vocês é um diabo! " (Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, que, embora fosse um dos Doze, mais tarde haveria de traí-lo.)" (João 6:60-71)

É por isso que o salmista diz que foi castigado por Deus, mas que Ele é bom E QUE TUDO O QUE ELE FAZ É BOM: e isso inclui, obviamente, a disciplina que Ele aplica aos que dela estão precisando!

É importante entender que é impossível que alguém ande de acordo com a justiça de Deus sem nunca ser corrigido por Ele, pois o conhecimento do bem e do mal (maldade), que está entranhado em nossa carne, nos influencia diariamente a transgredir as leis justas e eternas estabelecidas pelo nosso Criador.

Por este motivo, o apóstolo Paulo fala: "Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado." (Romanos 7:18-25)

A correção, que também é chamada na Bíblia de castigo de Deus, portanto, é necessária para que não permaneçamos pecando o tempo todo contra Ele. É também dessa maneira que nos alinhamos à realidade de Seu Reino, e podemos usufruir de todas as maravilhosas dádivas desse lugar.

Outra coisa que precisamos entender é que o castigo de Deus e o juízo dele são duas coisas diferentes. O castigo ou a correção é feito para confrontar alguém com seus erros, a fim de gerar arrependimento e alinhamento com a Justiça de Deus. Já o juízo eterno é uma sentença emitida definitivamente sobre aqueles que não aceitaram a correção, e que também está embasado nas leis da Justiça de Deus.

Também é importante lembrar que quem não aceita a correção de Deus fica vulnerável a ação de Satanás, sem poder discerní-lo e sem poder resistí-lo. Assim, o que Deus deseja ao nos confrontar não é nos humilhar ou nos maltratar, mas sim nos livrar de ser atingidos pelo Maligno, cuja intenção é sempre matar, roubar e destruir.

Por causa disso, lemos também esta fala de Cristo: "Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se." (Apocalipse 3:19)

Se alguém deseja realmente conhecer a Deus, o seu Reino e a sua Justiça, deve olhar para Cristo, pois Ele foi enviado ao mundo para revelar a todos quem realmente o Criador é e como Ele age. Quem toma por base especialmente o conteúdo do Antigo Testamento para entender quem Deus é vai ter um entendimento equivocado sobre Ele.

O conteúdo do Antigo Testamento é imprescindível para entendermos que precisamos de salvação; ele nos aponta desde o início a entrada do pecado no mundo pela decisão do homem, e o que Deus precisou fazer, antes de enviar Seu Filho, para impedir que a humanidade se perdesse para sempre. Ao enviar Cristo, o nosso Criador finalmente deixou bem claro para o mundo quem Ele é: Ele é BOM em todo o tempo.

Deus sempre será cuidadoso e compassivo com seus filhos. A vontade dele para nós sempre será boa, agradável e perfeita.

Missionária Oriana Costa


Deus está lhe dando oportunidades.

Já ouvi algumas pessoas reclamarem que em suas congregações não são chamadas para trazer uma palavra ou cantar um louvor durante o evento do culto.

Elas reclamam "na minha igreja não me dão oportunidade". Acontece que essa oportunidade que as pessoas estão querendo é a de FALAR OU CANTAR NA SUA CONGREGAÇÃO para serem prestigiadas pelos que estão ali, e não PARA ANUNCIAR O REINO DE DEUS!

É isso mesmo! E esse desejo vem da carne e não do espírito! Quem realmente conhece O REINO DE DEUS já sabe que todos os dias terá oportunidades de falar dele EM QUALQUER LUGAR, seja entre seus irmãos na fé seja entre pessoas que ainda desconhecem o Reino. Quando se trata de anunciar o Reino de Deus e Sua Justiça, não devemos limitar o lugar, a hora ou para quais pessoas vamos falar dele.

A limitação vem da falta de conhecimento das escrituras bíblicas. Quem lê e entende o que está escrito, imitará Cristo: Ele anunciou o Seu Reino nos lugares por onde passava, e não somente nas sinagogas. E na maior parte das vezes, o Senhor Jesus não era convidado para falar: Ele simplesmente aproveitava momentos em que estava conversando com as pessoas enquanto estava fazendo alguma refeição, ou visitando alguém, por exemplo, e começava a ensinar a Justiça de Deus, e também a dar provas da veracidade do que dizia através da operação de milagres. E enquanto Ele ia falando, outras pessoas iam se aproximando para ouvi-lo.

Então, quem reclama que não tem oportunidade, ainda precisa entender de que se trata o Reino de Deus e a Sua Justiça. A vontade de Deus para nós sempre será BOA, AGRADÁVEL E PERFEITA. Aproveite para conhecê-la!

Em um culto a Deus TODOS TEM A OPORTUNIDADE DE ADORÁ-LO,  de falar com Ele e de ouví-lo, pois é esta a finalidade maior de prestarmos culto ao nosso Pai Criador. Já para ensinar sobre a Justiça de Deus é preciso a habilidade dada por Ele a quem está sendo chamado para esta missão, que requer dedicação em estudar as escrituras bíblicas, e meditação profunda em seu conteúdo diariamente; esta tarefa não é para todos, assim como nem todos são músicos numa igreja, por exemplo.

E aqui vai um alerta para os que querem "ser usados por Deus" musicalmente: a música cristã pode ser usada para duas finalidades - como um dos meios de se ADORAR A DEUS em espírito e em verdade, e também para atrair a atenção das pessoas a fim de que elas ESCUTEM O QUE ALGUÉM TEM A DIZER SOBRE DEUS.

Pois é, o Reino de Deus e a Justiça dele não podem ser anunciados com clareza somente com canções. É preciso explicá-lo claramente assim como CRISTO FAZIA, e isso requer UM ENSINO anterior ou posterior à execução do trabalho musical.

Missionária Oriana Costa.




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Peçam, e lhes será dado.

Muitos leem esse ensinamento de Cristo e, em suas orações, começam a pedir o que precisam a Deus, insistindo em oração, na expectativa de receber dele aquilo que pedem. Mas, passando o tempo, e não vendo suas orações atendidas, se desanimam e acham que Deus não as ouviu, ou simplesmente não quis atender suas orações.

Apresentar nossas necessidades a Deus em oração é algo importante, e numa das cartas escritas pelo apóstolo Paulo de Tarso recebemos um incentivo de sua parte sobre isso: "Não andem ansiosos por coisa alguma mas, em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus." (Filipenses 4: 6,7)

Então, apresentar nossas necessidades a Deus manterá nossas mentes e nossos corações em paz, visto que nossa confiança estará n'Ele e não em nossas próprias forças.

Porém, o que o Senhor está querendo dizer, na passagem que estamos analisando, tem um raciocínio que se segue: "Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, DARÁ COISAS BOAS aos que lhe pedirem! Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas." (Mateus 7:9-12)

Se observarmos atentamente os versículos posteriores, veremos que o Senhor Jesus está falando que o Pai está pronto para atender as petições de seus filhos, no entanto, de filhos que se submetem a Ele, que entendem a Sua justiça e se esforçam para andar nela.

E onde vemos Cristo falar essas coisas? No trecho a seguir:
Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas. Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. (Mateus 7:12,13)
Portanto, o que Cristo está nos dizendo é que seremos prontamente atendidos pelo Pai, quando lhe pedirmos alguma coisa, se agirmos com os outros da mesma forma que gostaríamos que eles agissem conosco. Isso equivale ao mandamento "ame ao seu próximo como a si mesmo". E atenção: Ele explica em seguida que isso é o ENTRAR PELA PORTA ESTREITA!

Cristo realmente tratou as pessoas como gostaria de ser tratado! Ainda que Ele mesmo sabia que tratando com bondade os outros e dizendo-lhes a verdade, seria maltratado por muitos deles. No entanto, saber disso não O desanimou de obedecer ao Pai e andar em Sua reta Justiça.

Devemos atentar para o fato de que esse ensino é válido para TODAS AS ÁREAS DAS NOSSAS VIDAS, pois toca especificamente na área que mexe com todas as outras: RELACIONAMENTOS! E seja relacionamento fraternal ou matrimonial, entre pais e filhos, de trabalho ou quaisquer outros.

Geralmente, o que a maldade do mundo ensina às pessoas a fazerem é que elas exijam ser bem tratadas pelos outros, sem ter a obrigação de tratarem os outros da mesma forma. Cristo aponta que é esse o tal "caminho amplo e a porta larga", que leva as pessoas à perdição e que caracteriza um comportamento que Deus desaprova totalmente, pois contraria a sua justiça.

No evangelho de João, observarmos dois trechos onde o Senhor Jesus nos dá uma orientação similar:
Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai. E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei. Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. (João 14:11-15)
Aqui observamos perfeitamente que a condição para termos nossas petições atendidas é IMITAR A CRISTO, SEGUI-LO, OU REALIZAR AS MESMAS OBRAS DELE.
Naquele dia vocês não me perguntarão mais nada. Eu lhes asseguro que meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome. Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa. (João 16:23,24)
Neste trecho, vemos outra parte da instrução de Cristo, onde Ele fala que nossas petições serão atendidas se pedirmos ao Pai em Nome d'Ele.

O interessante aqui é exatamente a parte de "pedir em nome de Jesus". Muitas pessoas confundem esse ensino, interpretando-o literalmente, ou seja, dirigindo-se ao Pai usando a frase "em nome de Jesus". E usar essa frase não é errado, mas o problema é que o Pai vê o coração e os caminhos de quem lhe pede alguma coisa.

O que acontece aqui pode ser comparado a seguinte situação: uma criança chega na mercearia que sua família costuma comprar sempre e, sem dinheiro, pede ao vendedor alguma coisa; o vendedor prontamente atende o pedido da criança sem questioná-la, pois conhece seus pais, que são clientes antigos do estabelecimento e são pessoas honestas. Em seguida, o vendedor coloca o valor do objeto que entregou a criança na conta da família, que será paga posteriormente.

Então, se o Pai não reconhece Cristo naquele que pede, a petição não está sendo feita em nome do Seu Filho e, consequentemente, não será atendida.

Outro ponto importante no que se refere à petições é o seguinte: Cristo fala neste trecho:
(...) se vocês tiverem fé e não duvidarem, (...) tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão. (Mateus 21:21,22)
A fé que não duvida é aquela gerada do conhecimento da Justiça de Deus, revelado a todos nós pelo ensino de Cristo. Quem conhece o Reino de Deus e a sua justiça, buscando praticar o que conhece, está imitando Cristo, dessa forma, tem convicção de que será prontamente atendido quando pedir alguma coisa a Deus.

Para encerrar este texto, há, também, uma outra passagem bíblica que complementa todas as outras informações acima, onde o apóstolo João fala muito bem sobre esse assunto:
Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos. (1João 5:14,15)
Aqui o apóstolo João diz claramente que, ao pedirmos alguma coisa a Deus, seremos atendidos se estivermos pedindo de acordo COM A VONTADE DO PAI. E como saber qual é a vontade do Pai? Entendendo a Justiça dele!

Em suma: vamos buscar? Vamos pedir a Deus? Vamos bater na porta dele? Então, nossas orações e petições serão prontamente atendidas se o Pai enxergar Cristo, o nosso Salvador e Rei, em nossos corações e em nossas atitudes. Assim sendo, certifique-se de estar alinhado(a) com a realidade do Reino de Deus, antes de achar que Ele não lhe ouviu ou que Ele não quer lhe atender. Deus não age fora de sua palavra, Ele não age fora de sua Justiça!

Missionária Oriana Costa


sábado, 1 de fevereiro de 2020

O perigo de entendermos errado a vontade de Deus

Este conselho da palavra de Deus nos chama a atenção para um detalhe: assim como uma arma de fogo em mãos erradas pode levar a um terrível acidente, o conhecimento da Justiça de Deus sem o entendimento correto pode ser muito danoso, tanto para quem passa como para quem recebe.

Uma pessoa bêbada que segura um ramo de espinhos tanto vai se ferir como vai ferir quem estiver perto dela. É para este perigo que a sabedoria da palavra de Deus está nos alertando.

E este alerta também é feito por um motivo importante: a falta de entendimento da Justiça de Deus é que abre as conhecidas "brechas" em nossas vidas para que o Maligno nos ataque, ou use nossas vidas para atacar outras pessoas, sabendo que nem nós nem os outros vamos lhe oferecer qualquer resistência.

Sem a iluminação do conhecimento da justiça de Deus é impossível discernir e resistir às sugestões e sutilezas do Maligno.

Por exemplo: se ao lermos algum trecho da palavra de Deus interpretarmos que "Deus é quem tira a vida das pessoas quando Ele deseja", sem observar o contexto em que  o tal trecho se insere, e desconhecendo todo o restante das informações contidas sobre a Justiça de Deus nas escrituras bíblicas, o Maligno encontra em nós uma brecha para NOS ATACAR a qualquer momento, ou atacar as vidas dos que estão perto de nós quando ele bem quiser, e nós não vamos perceber que é ele quem está agindo: e assim, não vamos lhe oferecer nenhuma resistência.

No entanto, a palavra de Deus nos ensina que Deus é bom, que Ele é Luz, e que podemos sim resistir as obras Maligno (que são morte, roubo e destruição - leia João 10:10) nos revestindo da armadura de Deus (leia Efésios 6:11-18).

Não é tarefa de Deus resistir às sutilezas e obras do Maligno: essa tarefa é nossa. E Jesus Cristo deixou isso bem claro no momento final de seu jejum, quando estava fisicamente fraco: o Diabo se aproveitou da ocasião para tentá-lo o máximo possível, sabendo quem Ele era e o motivo pelo qual estava entre nós; no entanto, Cristo resistiu à ação de Satanás COM O CONHECIMENTO DA JUSTIÇA DE DEUS. Observe que Jesus homem não orou ao Pai pedindo para ser livrado do Diabo, mas o confrontou frente a frente, resistindo-o e vencendo-o.

Então, é  bom estarmos conscientes de que a tarefa de Deus é nos fornecer os meios para discernir, rejeitar e vencer o mal, que obviamente não está vindo dele.

Então, por causa de um conhecimento equivocado da vontade de Deus, nós mesmos vamos perecendo ou vendo nossos familiares e amigos perecerem, achando que foi "Deus quem quis assim" (quando a pessoa nasce deficiente, por exemplo) ou foi "Deus quem levou" (quando as pessoas morrem), e que devemos nos resignar a isso.

A palavra de Deus nos avisa que é pela falta de entendimento da verdade que o Maligno oprime as pessoas. E a opressão não é a vontade de Deus para nós, definitivamente! Ele deseja que nós saibamos o que realmente ocorre quando alguém morre, quando sofremos, adoecemos e temos grandes perdas e prejuízos, e que possamos usar o conhecimento correto da sua Justiça para nos proteger da ação do mal, resistí-la e vencê-la.

Foi por causa disso que Jesus falou: "Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!"(Mateus 22:29), e é também por causa disso que no Antigo Testamento encontramos mais este alerta: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento." (Oséias 4:6)

Missionária Oriana Costa


Antes de escolher os Apóstolos - Parte 3.1 - O Sermão da montanha

Neste estudo vamos iniciar a análise de um dos momentos em que o Senhor Jesus começa a explicar com mais detalhes alguns princípios importan...