De manhã cedo, quando voltava para a cidade, Jesus teve fome. Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser folhas. Então lhe disse: "Nunca mais dê frutos!" Imediatamente a árvore secou. Ao verem isso, os discípulos ficaram espantados e perguntaram: "Como a figueira secou tão depressa?" Jesus respondeu: "Eu lhes asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e assim será feito. E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão". (Mateus 21:18-22)
O fato de Jesus ter ordenado à figueira que ela não mais frutificasse não foi algo aleatório, simplesmente porque o Mestre se chateou por não encontrar figos para seu café da manhã. A situação era um sinal e se referia ao cumprimento do juízo que estava para vir sobre a nação de Israel:
Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor. ‘Como vocês podem dizer "Somos sábios, pois temos a lei do Senhor", quando na verdade a pena mentirosa dos escribas a transformou em mentira? Os sábios serão envergonhados; ficarão amedrontados e serão pegos na armadilha. Visto que rejeitaram a palavra do Senhor, que sabedoria é essa que eles têm? (...). Desde o menor até o maior, todos são gananciosos; tanto os sacerdotes como os profetas, todos praticam a falsidades. (...). Ficaram eles envergonhados de sua conduta detestável? Não, eles não sentem vergonha, nem mesmo sabem corar. Portanto, cairão entre os que caem; serão humilhados quando eu os castigar, declara o Senhor. ‘Eu quis recolher a colheita deles, declara o Senhor. Mas não há uvas na videira nem figos na figueira; as folhas estão secas. O que lhes dei será tomado deles’. (Jeremias 8:7-13)
No dia anterior, quando o Cristo estava em Jerusalém, ao entrar no templo, encontrou o pátio cheio de comerciantes. Eles não deviam estar ali, pois aquele era um local reservado apenas para se buscar a Deus. No entanto, os encarregados de cuidar dos serviços templários, que eram os sacerdotes e levitas, ao invés de honrarem o nome do Senhor, empenhando-se em cumprir os mandamentos da Lei, permitiram o comércio na entrada do templo, a fim de participarem dos lucros das vendas.
Aquela situação era um grande insulto a Deus e mostrava o descaso que aqueles líderes tinham em relação ao Criador. Para eles, era muito mais importante lucrar financeiramente do que agradar a Deus. E essa situação deixou o Cristo bem incomodado, a ponto de expulsar os vendedores e cambistas dali. (Leia Mateus 21:12-13).
Sem contar que, quando Jesus estava expulsando os negociantes, Ele o fez na presença dos chefes dos sacerdotes e mestres da Lei que estavam no templo naquele momento, e eles não se envergonharam do acontecido.
Então, voltando para o raciocínio do nosso texto, quando os discípulos presenciaram o evento da figueira, eles não entenderam que se tratava de um sinal. De fato, eles se admiraram da rapidez com a qual aquela grande árvore havia secado e perguntaram ao Mestre como aquilo era possível.
A resposta de Jesus aos seus discípulos foi que, para fazer coisas daquele tipo acontecerem, era preciso ter fé, e que não houvessem dúvidas, ou seja: a fé é uma certeza apoiada sobre um conhecimento verdadeiro e infalível, digno de plena confiança.
Como sabemos, a maldição que Jesus lançou sobre a árvore não foi aleatória, mas fundada em algo instituído pelo Pai, que estava publicado nas Escrituras. Portanto, e como Ele era o Messias, daquela forma, sinalizou que o juízo decretado sobre Israel estava próximo.
Assim sendo, somente a fé embasada no conhecimento da justiça de Deus pode gerar autoridade para que ações diferenciadas e sobrenaturais sejam executadas. Isto também vale para as petições feitas em oração, para que possam ser atendidas pelo Pai.
Essa era a fé que Jesus tinha, pois mesmo sendo o Filho de Deus, Ele precisava conhecer, profundamente, e acreditar no que estava escrito sobre Ele mesmo, sendo movido pela Palavra de Deus.
Quando oramos pelos enfermos, usando a imposição de mãos, por exemplo, eles serão curados, não pela nossa própria virtude humana, mas pelo fato de isso ser uma promessa que está estabelecida nas Escrituras (Marcos 16:17-18).
Portanto, era sobre isso que Cristo estava falando. A confiança d'Ele estava naquilo que o Pai havia decretado por Sua Palavra, sendo daí que vinha a autoridade do Filho do homem para realizar milagres e prodígios.
Texto: Miss. Oriana Costa
Edição: Pr. Wendell Costa
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